Amanhece a quinta-feira, dia 08 de novembro de 2001. Logo ao acordar Osnin vai para o hospital para visitar a sua mãe e aproveitar e receber inúmeros soldados feridos da batalha de Mazar-e-Sharif. A batalha naquela cidade estava para finalizar e mais do 90% daquele território já havia sido dominado pelos rebeldes, já naquela manhã. As perdas para o exército defensor era algo extremamente impressionante, muitos soldados morreram naquela cidade.
Na cidade em que Osnin morava a preocupação era em saber quais seriam os próximos passos do exército invasor, quando eles dominassem aquela importante cidade. O exército invasor teria duas opções, ou ir para leste rumo a uma outra cidade grande que é a de Poche de Kunduz, no norte do país, ou partir para o domínio a Oeste, onde era a cidade mais próxima, a que morava Osnin. Dependendo da escolha os dias daquele regime naquela cidade seriam maiores ou menores, porque a aquela altura, com o avançar da guerra e a demonstração e poder dos rebeldes com ajuda da OTAN, já estava claro que era uma questão de tempo para a queda completa daquele regime.
Quando encontrou com a sua mãe, ele viu que ela estava bem melhor e quase totalmente recuperada. Pelo fato de o hospital estar muito cheio de feridos advindos da guerra na cidade vizinha, o médico disse que não era bom que a sua mãe ficasse naquele espaço, pois ela já estava bem. Ele complementou a sua fala dizendo que hoje anoite mesmo a daria alta, pois tudo que ela precisaria era cuidar para não sofrer emoções fortes e tomar os remédios corretamente. Osnin e sua mãe concordam. Aquela senhora já estava quase normal, conseguindo caminhar e fazer todas as suas atividades do dia-a-dia.
Osnin prepara então para as suas atividades normais do dia, orientando as atividades dos militares. Depois disso ele passa em sua loja e nesse dia ele decide que teria mesmo que fechar as portas. Há muitos dias ele não vendia nenhum produto, estava retirando muito dinheiro de suas contas para manter a loja aberta e pagar os funcionários, com a guerra intensificando e a ameaça de ela chegar rapidamente a cidade, as pessoas iriam economizar cada vez mais dinheiro, não fazendo sentido ele manter aquele loja aberta.
Ele iria colocar um aplaca de vende-se, para ver se conseguiria algum comprador no decorrer dos próximos dias. Naquela altura, ninguém fazia investimento nenhum naquele país, pois poucos tinham dinheiro e coragem de investir em negócios, que naquele momento, representavam um altíssimo risco. O único que tinha muitos recursos naquele momento e estava a comprar os negócios da cidade, aproveitando-se dos preços baixos era Harry, o maior desafeto de Osnin.
Na parte da tarde, Osnin participou da reunião do Conselho Religioso, o qual novas execuções foram autorizadas por maioria dos votos daqueles conselheiros. As execuções foram realizadas pela polícia local, naquele mesmo dia.
Após aquela densa reunião, resolvendo muitos assuntos importantes, inclusive, os passos a tomar caso a guerra fosse mesmo deslocada para aquela cidade após a tomada que parecia inevitável de Mazar-e-Sharif, Osnin vai até o hospital para pegar a sua mãe e a levá-la para casa. Ao chegar ao hospital, ele fica impressionado com a quantidade de soldados gravemente feridos que já estavam naquele local e outros inúmeros que já estavam chegando durante o tempo em que ele ficou naquele lugar. A perda da batalha estava acontecendo de forma ainda mais rápida, concluiu aquele homem. Osnin estava muito preocupado, as informações repassadas pelas pessoas que estavam na cidade, era que mais de 99% daquela cidade já havia sido tomada pelos rebeldes e pelo exército americano. Era questão de pouco tempo e aquela cidade estaria totalmente dominada.
Osnin pega a sua mãe e a leva para casa. Ao chegar em casa, aquela senhora é abraçada por todos, inclusive por Aisha. Assim que ela entrou em seu quarto andando vagarosamente, Osnin a deixou um tempo descansando e depois foi ao quarto de Aisha para conversar com ela:
- Aisha eu quero que você vá agora mesmo ao quarto de minha mãe pedir perdão a ela pelo que você fez.
Aisha vendo que não teria alternativas, responde imediatamente:
- Sim senhor. Eu estou indo agora mesmo.
- Então vamos! Ordena Osnin. Eles batem naquela porta, e aquela senhora diz que podem entrar. Eles então entram e Osnin diz:
- Aisha veio aqui minha mãe, porque quer falar com a senhora. Aquela senhora observa Aisha com um olhar de desdém, quando Aisha se ajoelha e diz:
- Senhora, eu sei que o que fiz foi muito errado e gostaria de lhe pedir perdão pelo que fiz. Se eu soubesse que isso poderia ocorrer eu jamais teria feito aquilo. Perdão senhora! Diz Aisha ainda ajoelhada em respeito a aquela senhora e ao seu esposo.
- Eu te perdoo Aisha. Diz aquela senhora demonstrando não guardar nenhuma mágoa daquela jovem em frente ao seu filho. Mas, por dentro, remoendo o seu coração e querendo vingança contra aquela jovem. Quando Osnin diz:
- Pode se levantar Aisha. A minha mãe tem um coração muito bom. Por isso terá vida longa. Esse coraçãozinho é de ouro minha mãe! Diz ele, enquanto aquela senhora sorri e Aisha se levanta e diz:
- Muito obrigado por me perdoar senhora. Eu prometo que daqui pra frente a respeitarei e serei a melhor nora que a senhora pode ter. De coração muito puro, Aisha estava a dizer tudo com sinceridade naquele momento, ela encontrava-se realmente arrependida pela situação que causou a aquela senhora. Com toda a raiva que tinha juntado durante aquele tempo em que estava casada, Aisha não queria que a sua ação fizesse tão mal a Marian.
Aquela senhora então diz:
- O magnifico manda a gente perdoar. E eu faço isso de todo o coração Aisha e meu filho Osnin. Diz aquela senhora a sorrir, demonstrando credibilidade.
- Eu fico impressionado como o seu coração é nobre minha mãe. Diz Osnin demonstrando intensa felicidade. Quando complementa: - Agora que já está tudo certo, vamos indo Aisha, vamos deixar a minha mãe descansar.
Então eles dois se levantam e saem daquele quarto, indo Aisha para o seu e Osnin para o quarto dele.
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Casamento forçado e abusivo
Narrativa generaleAisha era uma menina que morava em um pequeno vilarejo no norte do Afeganistão. A população de sua região era muito conservadora e extremamente religiosa. Ao chegar na pré-adolescência, ela conheceu um jovem garoto de sua escola, o qual começou a g...