Casamento forçado e abusivo

06 de dezembro de 2001

A quinta-feira amanhece e as preocupações de Johnson continuam. Mentalmente ele sofria muitas pressões. Por um lado ele tinha a pressão de tirar aquela jovem da situação em que ele a havia colocado, por outro lado ele sofria uma pressão enorme em atender os desejos de sua família que era levar Aisha com ele para a Inglaterra. Ele estava decido, sem Aisha ele não retornaria. Ele não mediria esforços para levá-la, pois já havia prometido a sua esposa, sua filha e a própria Aisha que ela iria para a Inglaterra com ele.

Ele toma o seu café como de costume e vê o seu telefone chamar. Era o comandante Inglês daquela operação, ligando da cidade de Cabul. Então ele atende o telefone:

- Olá senhor comandante, tudo bem?

- Tudo bem Johnson. Eu tenho boas notícias, você conseguirá ir para casa antes do natal como deseja.

- É sério senhor? Que ótima notícia! Diz Johnson feliz naquele momento.

- Conseguimos um comboio que virá do Oeste do país e passará na sua cidade para que você possa ir para a cidade de Mazar-e-Sharif com eles. Lá chegará um avião militar no dia 08, sábado, para levar esses militares até a Turquia, de lá você consegue pegar um vôo comercial e ir para a Inglaterra, o que acha?

- Eu acho ótimo senhor. Que bom que o senhor conseguiu isso!

- Eu já estou enviando um grupo de soldados para a sua cidade. Entre eles há um comandante tático para te substituir, agora eu quero saber de você Johnson, em dois dias você consegue fazer a transição de todas as informações importantes para esse comandante?

- As coisas estão muito tranquilas aqui senhor. Parece que nem teve uma mudança de regime. Aqui não acontece nada a semanas. Não tem ameaça. Pela forma que está aqui eu não vou precisar de mais de 3 horas para passar todas as informações a esse novo comandante.

- Tem certeza Johnson? Nenhuma ameaça? Eu não quero perder a minha missão!

- Claro que não senhor. Pode confiar em mim. Sem chance de qualquer conflito nos próximos dias, tenho monitorado tudo com helicópteros, não há nada aqui em volta e nem movimentação de grupos inimigos. Está tudo na mais perfeita paz.

- Eu confio em você Johnson. Então está tudo resolvido, dia 08, no sábado, você parte logo pela manhã daí. Por volta de 1 hora da tarde a aeronave deve chegar em Mazar-e-Sharif e de lá você parte em direção a Turquia. Tudo bem?

- Tudo bem senhor. Eu agradeço imensamente pela a ajuda. Eu preciso muito voltar para a minha família.

- Eu sei disso. Um grande abraço Johnson, nos vemos em breve na Inglaterra. Você realizou ótimos trabalhos aqui e lhe agradeço por isso.

- Eu que agradeço pela compreensão e confiança senhor. Muito obrigado por tudo. Nos vemos em breve na Inglaterra.

- Nos vemos em breve. Um abraço Johnson.

- Abraço para o senhor também comandante. Então eles deligam aquele telefone.

Johnson estava muito feliz com a informação que recebeu. Agora tinha que agir contra o tempo para levar Aisha daquele local. Como ele iria fazer isso é que ele estava a tentar articular naquele momento, mas ele precisava planejar isso de forma rápida. Em pouco mais de dois dias ele iria embora daquela cidade.

No hospital, novamente pela manhã, Wilian ministra os remédios em Aisha, que estava novamente feliz e tranquila em suas ações. Um pouco mais tarde, aqueles dois oficiais da Aliança do Norte aparecem no hospital, insistindo para ver Aisha:

- Bom dia senhor Wilian! Nós queremos ver Aisha!

- Eu não tenho uma boa notícia para os senhores. Diz Wilian.