Osnin vai novamente em direção a estrada em que Aisha tentou fugir pela primeira vez e ao chegar lá a jovem não estava, o que o deixou extremamente preocupado e furioso. Em sua mente se pegasse Aisha naquele momento ele era capaz de cometer uma loucura!
Osnin ficava e imaginar como iria justificar a ação de Aisha e a sua ao conselho religioso, quando retornasse a aquele culto, já que os dois saíram em meio a cerimônia, algo que era totalmente proibido naquele local.
Então, minutos depois, ele nota Aisha a caminhar em uma rua próxima ao começo da estrada. Ele liga o carro novamente e quando percebe que Aisha chegou na estrada, em um local muito próximo ao que ele a pegou da última vez, ele anda com o carro vagarosamente ao seu lado de novo, assustando intensamente aquela jovem pela segunda vez. Quando ela decide que dessa vez não entraria naquele carro para ser castigada novamente, que se Osnin quisesse pegá-la que ele teria que fazer isso a força.
Esse talvez tenha sido uma das piores escolhas de sua vida. Aisha caminhava cada vez mais rápido ao lado de Osnin que ordenava insistentemente que ela entrasse naquele carro. Ela simplesmente fingia não escutar os seus pedidos, quando Osnin furioso arranca o carro chegando um pouco a frente, para o carro, o desliga e desce dele, parando na frente de Aisha, que naquele momento descobre que havia cometido um equivoco enorme.
Ele então ordena de forma extremamente severa e ameaçadora:
- Entre nesse carro agora. Ou quem vai te denunciar a aquele conselho religioso sou eu e lutarei para que eles te prendam e ainda te punam publicamente com o maior número de chibatadas possíveis, porque depois de tudo que tem feito é isso que você merece Aisha!
Aquela fala assombra Aisha profundamente. Ela jamais imaginava que Osnin pudesse chegar a uma fúria tão intensa a ponto de ameaçá-la com algo tão terrível daquela forma. Ela então responde, tremendo imensamente de medo:
- Eu vou entrar senhor, mas por favor não me denuncie ao conselho e nem me bata muito. Eu amo o senhor e o senhor sabe disso.
- Eu posso pensar nessa hipótese se me contar a verdade do porque está a tentar fugir mesmo depois de eu lhe tratar tão bem Aisha. Depois que me contar eu verei se a sua resposta é plausível a ponto de eu cessar as suas punições, que depois das várias afrontas de hoje serão diárias.
Aisha sente o seu corpo a tremer ainda mais intensamente depois daquela fala do seu esposo. Ela não suportaria ser punida diariamente com o seu esposo sendo tão severo. Ela precisaria dizer a verdade, mas a verdade poderia a levar a uma condenação ainda mais terrível: a morte e uma morte violenta e tenebrosa.
- Eu vou lhe contar meu senhor. No futuro eu prometo que farei isso. Mas, no momento eu ainda infelizmente não posso. Diz Aisha a chorar em meio as suas palavras.
- Entre no carro imediatamente. Se não pode me contar é porque é muito sério o que você fez e de qualquer forma merece ser castigada. Portanto, a partir de hoje se prepare, eu serei enérgico com você como nunca fui em minha vida Aisha. Você não merece todo o amor que eu te dei. Você não é digna de confiança. Você não merece nada. Diz aquele senhor de forma severa ao entrar naquele carro e ver que Aisha também entrou.
Ele então arranca aquele carro em velocidade em direção a sua casa. Aisha era só desespero e choro sentada no banco ao lado de seu esposo, olhando para ao seu semblante extremamente carregado de ódio, imaginando como seria terrivelmente castigada ao chegar em casa.
Ao chegar em frente a casa, Osnin ordena que ele entre. Aisha sai do carro já a tremer de tanto medo que se encontrava naquele momento. Ele ordena de forma fria que ela o acompanhe, sobe as escadas, chega no quarto de Aisha, retira a chave que ficava por dentro de sua porta e diz:
- Hoje eu não vou castigar você Aisha. Se fizesse isso com a raiva que eu estou, não sei se você conseguiria sobreviver. Como um líder religioso eu não posso perder a cabeça, devo castigá-la quando tiver condições de fazer isso, de cabeça fria. Hoje você não sai do quarto e não fará nenhuma refeição como castigo. Amanhã começam as suas punições. Cheguei a conclusão de que te castigar severamente e esperar que você se recupere não está resolvendo. Farei como o meu pai, lhe mostrarei todos os dias que deve me respeitar na minha presença ou quando eu não estiver aqui. Todos os dias lhe darei uma surra de 10 golpes de vara, até que você me conte a verdade ou eu saiba que aprendeu a me respeitar. Se cometer erros daqui pra frente ou tentar nova fuga eu dobro o seu castigo, e se cometer de novo, eu dobro de novo, até que aprenda que eu sou seu marido e você deve se submeter as minhas ordens.
Aquelas falas de Osnin entram na mente de Aisha e ela sente um desespero enorme pela severidade do marido em sua forma de falar. Ela tenta acalmar Osnin, dizendo para ele de forma carinhosa:
- Perdão meu marido. Eu ainda te amo muito! Responde Aisha.
- Quem ama não mente, confia. Quem ama não descumpre o que prometeu. Você disse ontem mesmo que estaria sempre ao meu lado e que jamais fugiria novamente. Quem ama cuida Aisha, assim como eu estava a fazer com você. Mas, você para mim é ilusão. Acho que eu percebi isso tarde demais, mesmo com tantas tentativas da minha mãe de me mostrar quem você era de verdade. Diz Osnin a fechar aquela porta abruptamente e trancando-a pelo lado de fora, deixando aquela jovem presa.
Tudo que Aisha faz após o seu marido partir e chorar deitada naquela cama. Pelas palavras duras de Osnin, dessa vez sim, estava claro que ele não iria mais lhe perdoar depois dela o enganar mais uma vez e tentar fugir.
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Casamento forçado e abusivo
General FictionAisha era uma menina que morava em um pequeno vilarejo no norte do Afeganistão. A população de sua região era muito conservadora e extremamente religiosa. Ao chegar na pré-adolescência, ela conheceu um jovem garoto de sua escola, o qual começou a g...