O almoço

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Osnin desce para o almoço demonstrando ainda intenso nervosismo. Assim que ele se senta na mesa todos estavam sérios e preocupados. Os filhos estava com intenso pavor naquele momento ao ver a violência extrema que o seu pai havia tido com sua esposa.

Quando Osnin questiona:

- Vocês vão ficar todos com essa cara de paisagem na minha frente?

- Não senhor. Só estamos um pouco surpresas com tudo o que aconteceu. Responde Sonya.

- Para mim não foi surpresa nenhuma. Diz Marian, quando continua: - Eu conheço mulheres como Aisha, cedo ou tarde ela iria demonstrar que não era digna de confiança e eu tentei te mostrar isso muitas vezes meu filho. Mas, você estava enfeitiçado.

- É minha mãe. A senhora estava certa. Aisha não é mesmo digna de confiança. Eu peço perdão por não ter escutado a senhora. Diz Osnin de forma triste.

- E ela disse para onde ia e porque tentou fugir? Questiona Marian tentando provocar Osnin ainda mais, reascendendo aquela chama de ódio que estava em seu coração.

- Não... Mas ela vai me dizer. Esses dias estou muito ocupado e não gosto muito de surrar as minhas mulheres durante a noite, porque todos escutam e ficam comentando pelas esquinas. Podem achar que elas não são boas esposas, que merecem ser castigadas constantemente. Durante o dia é melhor, porque em meio ao movimento, ninguém percebe. Mas, no decorrer dos próximos dias, Aisha terá que me contar o que deu na cabeça dela para ela tentar fugir mais uma vez do casamento. Diz aquele senhor em tom furioso. Quando todos começam a se servir e almoçar assustados.

Mais ao final do almoço, as esposas foram cuidar dos seus filhos e lavar os utensílios domésticos, quando Marian, questiona reservadamente ao filho:

- E como estão os negócios meu filho?

- Já fazem quase duas semanas que não vendo nada minha mãe, estou muito preocupado. A guerra se intensificou muito e os Americanos tomaram algumas cidades importante e estão cortando o fluxo de alimentos, remédios e combustível, eu não sei o que será do nosso futuro.

- O magnifico saberá o que fazer. Sabe que merecemos o melhor e nos dará isso. Aqui ou durante a eternidade. E o conselho religioso nacional, como tem reagido a tudo isso? Questiona Marian.

- Tem sido enérgico minha mãe. Tem pedido para que organizemos em guerrilha nas cidades que estamos. Ordenou que fossem convocados todos os homens, caso a guerra chegasse as redondezas e nos deu poder supremo nas decisões. A partir de hoje as condenações a morte, por exemplo, não precisarão mais passar por um juiz. Se o conselho religioso decidir a pena é aplicada. Entramos em um estado de guerra. É muito mais responsabilidade para nós conselheiros.

Essa informação deixa Marian ainda mais animada. Agora ela poderia infernizar ainda mais Aisha com as suas ameças. Afinal de contas, em caso de condenação a pena seria aplicada imediatamente. Ela fica presa aos seus pensamentos, quando o filho diz que precisa ir:

- Eu preciso ir agora minha mãe, eu não sei que horas volto, tenho muitas reuniões hoje. O conselho vai se reunir sem hora para decidir tudo que precisa. Mais tarde eu chego. Diz ele ao se despedir da mãe.

- Vá com o magnifico meu filho. Diz aquela senhora se despedindo de Osnin. 

Casamento forçado e abusivoOnde histórias criam vida. Descubra agora