A segunda-feira

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No outro dia, Aisha acorda pela manhã com uma intensa fome, por ter realizado apenas uma refeição no dia anterior. Osnin vai até o seu quarto e abre a porta, enquanto ela estava acabando de sair do banheiro após fazer a sua higiene pessoal. Ele olha para ela com um semblante totalmente fechado e se retira sem dizer uma palavra, demonstrando intensa revolta em suas ações. Aisha ao ver as reações do esposo também prefere não dizer nada.

Mesmo em meio a aquela intensa fome, ela espera por um tempo e prefere descer apenas depois que o marido havia ido trabalhar. Ao chegar na parte de baixo da casa, felizmente quem tinha preparado o café para o marido era Sonya, pois a sua sogra estava a arrumar algumas coisas no seu quarto, o que deixa Aisha mais a vontade para comer intensamente e saciar um pouco da fome que estava a sentir.

Sonya prepara então mais coisas para que Aisha possa se alimentar ao ver que ela no dia anterior não havia comido nada e que estava com uma fome muito extrema. Depois de alguns minutos, Aisha percebe que Marian estava a descer as escadas, então ela come mais vagarosamente e já satisfeita, assim que acaba aquele café da manhã, vai lavar os utensílios utilizados.

Enquanto ela estava a lavar aquelas peças, Marian começa a falar com ela:

- Você tem muita sorte pelo marido que tem viu Aisha. Desde o dia do seu casamento que eu te digo isso. Se eu fosse o seu marido, você não estaria mais hoje aqui para contar a história. Já teria dado um fim em você a muito tempo.

Aisha apenas olha para aquela senhora e continua fazendo as suas ações sem dizer uma só palavra. Quando Marian continua:

- Não vai dizer nada, menina insolente?

- Eu não senhora, seja lá o que eu diga a senhora não irá gostar e como estou em suas mãos é melhor que eu não a contrarie. A senhora tem toda a razão, Osnin é um ótimo marido e eu o amo por isso. Continuarei o amando mesmo que ele me castigue pelos meus erros. Diz Aisha de forma direta. Deixando aquela senhora ainda mais revoltada com aquela fala.

- Aisha, você está a me provocar?

- Imagina senhora, longe de mim! Eu só disse a verdade. Responde ela em tom irônico.

- Você não perde por esperar Aisha. Acho que as minhas ações estão muito brandas com você! Eu vou acabar com a sua vida! Diz aquela senhora em tom furioso.

Aisha então não responde mais nada. Ela estava a tremer de tanto ódio naquele momento. A vontade de Aisha era pular no pescoço daquela senhora e a matar ali mesmo com as suas próprias mãos. Mas, ela sabia que se fizesse isso Sonya não deixaria que ela terminasse aquele ato e, aí sim, Osnin iria a castigar até que não suportasse mais. Ao pensar no terrível castigo que poderia sofrer de seu marido caso agredisse efetivamente a sua sogra, Aisha então se controla e prefere ficar quieta e não dizer mais nada.

Assim que terminou de lavar parte daquelas louças, ela sobe e vai arrumar a parte de cima da casa. Aisha gostava muito de ficar naquele pavimento, pois lá ela ficava sozinha e não tinha que enfrentar a sua sogra, que normalmente ficava na parte de baixo da casa. Em meio aos seus pensamentos, ela conseguia se lembrar de momentos bons de sua vida, especialmente enquanto morava com seu pai, o que lhe dava uma esperança de um futuro melhor e uma certa alegria de viver. Entretanto, quando ia chegando a hora do almoço o seu coração apertava, pois ela teria que ver Osnin em fúria novamente, o que a deixava intensamente receosa de como seria a sua punição na parte da noite.

No almoço Osnin chegou com poucas palavras e um olhar extremamente ameaçador para Aisha. O que assustava aquela jovem a todo o momento. O medo estava estampado no rosto daquela jovem e isso trazia um prazer enorme a Parisa e Marian.

Casamento forçado e abusivoOnde histórias criam vida. Descubra agora