Depois do convite do presidente daquele hospital. O líder religioso vai até aquele local para saber a situação daquele espaço e a sua capacidade de receber novos feridos. Ele fica impressionado com a quantidade de soldados que se encontravam feridos naquele espaço e entende que aquele hospital precisava se organizar o mais rápido possível para receber novos feridos do conflito que provavelmente estava para chegar.
Ele vai conversar com o presidente do hospital primeiramente para saber informações sobre o caso específico de Aisha:
- Olá presidente.
- Olá líder religioso. Que honra te receber aqui no nosso hospital.
- O prazer é todo meu. Eu dei uma volta por aqui e estou impressionado com o número de feridos dessa guerra que nem aqui chegou ainda direito.
- Muitos deles são da batalha de Mazar-e-Sharif senhor, nós tivemos que recebê-los, pois a região do hospital de lá havia sido dominada pelos rebeldes.
- Malditos rebeldes, estão mesmo a atacar o nosso regime com ferocidade.
- Infelizmente as notícias não tem sido boas para o nosso regime não é senhor?
- Infelizmente não. Estamos perdendo muitas batalhas. Está difícil parar esses rebeldes pois eles estão muito bem armados com o apoio dos americanos.
- Malditos americanos.
- Mas eu vim aqui para tratar o assunto Aisha. Como ela está?
- Estamos recebendo muitas pressões para que ela seja liberada senhor. Osnin está movendo ceus e terras para que isso aconteça. Os médicos estão muito chateados, porque Wilian não que deixar ela receber alta.
- É só esperar o plantão dele acabar e qualquer um pode dar alta pra ela.
- O problema é que Wilian sismou que vai emendar o seus plantões e não sai daqui fazem cinco dias. E hoje mesmo ele me disse que ficará mais cinco ou dez se for necessário para salvar vidas.
- Mas ele não pode fazer isso, pode?
- Tecnicamente, sim e não. Não há nada que o impeça, mas não é bom ele trabalhar tão cansado. Apesar de descansar durante a noite na sala dos médicos, não é a mesma coisa de que se ele estivesse em casa.
- O que deu nesse homem para ele defender Aisha tanto assim. Será que também foi enfeitiçado por essa menina? É impressionante, parece que ela consegue dominar a todos que olha? Temos que condená-la de uma vez por todas para acabar com isso.
- Ele quando viu o corpo de Aisha ficou muito impressionado com as marcas de violência deixadas por Osnin. Então ele jurou que iria fazer tudo para que ela não caísse nas mãos dele de novo.
- Mas Osnin fez o certo. Ela não a respeitava. Eu mesmo o recomendei que fizesse isso várias vezes. Quanto mais enérgico ele fosse com ela, mais ela tenderia a respeitá-lo. Diz aquele líder.
- Acho que Wilian não concorda muito com isso senhor.
- Esses Ocidentais! Chegam aqui e acham que podem nos ensinar como tratar as nossas mulheres? Diz aquele senhor demonstrando uma certa irritação.
- Eles tem uma cultura muito diferente da nossa senhor. Muito estranha. Lá as mulheres podem quase tudo que os homens podem. Onde já se viu! Isso é uma aberração. Responde o presidente daquele hospital.
- É por isso que o mundo deles está do jeito que está. Cheio de libertinagem! Não respeitam a moral e os bons costumes. E depois querem vir aqui dizer para nós o que devemos fazer. Se ele não fosse tão bom e estivesse salvando tantas vidas eu o mandaria embora ou prenderia ele.
- O pior é que ele é realmente muito bom. Ele é o melhor que temos e no momento precisamos dele mais do que nunca.
- E o que ele quer?
- Quer uma garantia de que Osnin vai cuidar de Aisha e a manter viva.
- E como ele quer que eu faça isso?
- Não sei. Talvez quer que o senhor converse com Osnin e o convença a cuidar bem de Aisha.
- Acho que eu posso fazer isso e acabar com esse imbróglio de uma vez. Eu também estou sofrendo muitas pressões com relação a esse caso.
- Se puder fazer isso senhor eu ficaria muito agradecido.
- Chame o Wilian por favor. Foi um prazer falar com o senhor. Diz aquele líder, quando os dois se cumprimentam.
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Casamento forçado e abusivo
General FictionAisha era uma menina que morava em um pequeno vilarejo no norte do Afeganistão. A população de sua região era muito conservadora e extremamente religiosa. Ao chegar na pré-adolescência, ela conheceu um jovem garoto de sua escola, o qual começou a g...