Casamento forçado e abusivo

A decisão

Aquele piloto tenta novos contatos com aquele comandante, mas sem sucesso. Os militares que escutaram aquela história estavam com um semblante triste, querendo salvar aquela jovem assim como Johnson. Alguns deles até conversavam entre si, sobre a possibilidade de irem todos por terra em direção a Turquia, caso a viagem de avião não fosse permitida levando Aisha.

Johnson ao observar o semblante preocupado de Aisha, a leva para um lugar mais distante daquele grupo de militares para ver se ela acalmava um pouco mais, quando ele começa a brincar com ela de corrida naquele espaço. Aquela jovem em meio a aqueles movimentos descontraídos, sorri de forma irradiante, demonstrando imensa felicidade, fazendo aqueles oficiais ficarem ainda mais encantados com ela. A aquela altura usando somente o seu hijab, aqueles homens podiam ver o seu rosto e o seu olhar inocente, de uma criança indefesa.

O comandante daquele voo, depois de muitas tentativas, consegue então contato com o comandante geral das operações inglesas no Afeganistão, que encontrava-se em Cabul.

Depois de muita conversa com aquele comandante, o piloto chama Johnson para lhe passar a resolução final daquela história, quando ele diz:

- Senhor Johnson, as orientações que eu tenho do comandante é para que eu não embarque com essa jovem.

Johnson fica desolado, assim como aqueles demais militares. Apenas o oficial que recepcionou Johnson no aeroporto é que fica feliz naquele momento. Quando Johnson responde:

- Tudo bem. Aisha, vamos de carro para a Turquia. Diz ele a pegar nas mãos daquela jovem e caminhar com ela em direção ao carro.

Quando ele começa a caminhar por aquela pista, outros oficiais e soldados pegam as suas malas e vão atrás de Johnson. Eles estavam decididos a seguir aquele oficial e não voltar de avião, mesmo correndo todos os riscos.

Naquele momento Johnson se assusta e questiona para aquele grupo de militares:

- O que estão fazendo?

- Nós vamos com o senhor comandante, não podemos deixar o senhor sozinho a partir com essa menina rumo a Turquia, é muito perigoso.

- Os senhores não podem fazer isso, estão desrespeitando uma ordem, podem ser punidos por isso.

- Nós entendemos que isso é uma questão humanitária senhor. Essa menina é inocente e querem matá-lá, assim como o senhor, entendemos que é o nosso dever levá-la a salvo desse país. Responde um outro militar.

- Se os senhores forem embora de avião, eles vão me questionar, mas não vai dar em nada para mim e para vocês. O máximo que eles vão fazer é me afastar do exército por alguns meses. Se os senhores vierem, eles podem nos acusarem de motim em meio a uma guerra e todos nós poderemos ser presos pela corte militar.

- O senhor está se importando com isso senhor? Questiona um daqueles militares.

- Mas é claro que me importo, vocês não se importam? Questiona Johnson surpreso.

- Nesse momento pensamos que o mais importante é que o senhor saia vivo desse país e para isso o senhor precisa de proteção. Portanto, depois que chegarmos na Inglaterra vemos como nos defender.

- Vocês são mais malucos do que eu. Eu não vou discutir mais sobre isso. Se querem vir, então venham. Diz Wilian a sorrir.

- É isso que queremos senhor. Dizem aqueles homens ao se aproximar daqueles três jipes, que estavam apostos naquele aeroporto.

Aquele piloto fica extremamente preocupado com aquela situação e chama novamente o comandante de operações do exército inglês no rádio:

- Senhor, todos os militares estão entrando nos carros e indo com Johnson, eles decidiram que não vão voltar de avião.