Amaro
— Eu disse que o molhado beijo haveria de chegar. — Digo ainda entre beijos que deixara entre seus lábios, pois mordia-os delicadamente, acendendo o fogo em minha mais nova companheira, porque a maneira como se contorcia em meus braços, era reconhecível apenas com um olhar superficial e, de maneira ofegante, porém provocativa, para que a pudesse levar as estribeiras, mas nesse caso, num excelente sentido.
— Em nenhum momento havia duvidado. — Redargua minha mais moderna correligionária, com sua respiração desregular e já espevitada, entre meus braços, tentando se manter firme.
— Então, posso fazer-te um pedido? — Pergunto ainda estimulante.
— E qual seria? — Devolve tal e qual com uma interrogação e, até ao momento arquejante, a minha mais corrente consorte.
— Permites-me, fazer-te minha? — Inquiro me perdendo em seus arrebatadores lábios outra vez, dado que de tanto desejo que me ardia, nem mais sabia em que patamar estava e, muito menos, como descrever a maneira como questionava.
— Após estes molhados beijos, não esperava menos. — Assegura minha actual acompanhante e dessa vez, fora a que fixara os nossos lábios novamente.
E, assim, desse modo, pude guiá-la até ao meu autêntico quarto e depois em minha exímia cama, visto que entrelaçada a minha cintura ainda se encontrava, não precisava de saber a correcta direcção, uma vez que era inigualável em memorização e, apenas com o tacto e alguns dias em minha recente residência, era suficiente para conhecer qual o caminho que haveria de terminar em meu luzido compartimento, apesar de minha estância ser espaçosa, posto que daqueles lábios, eu não tinha propósito de desgrudar.
Depois de despir a minha mais nova companheira e de prepará-la, tal como uma calorosa e mélica sobremesa, e com ela de igual maneira, fazendo o mesmo comigo, chegara a hora pela qual ansiava, que era de sentir o ardor de seu corpo e, de me abrasar no acirrado desejo no meio de suas grossas pernas, que ambos sentíramos, visto que era legível pela forma como se contraía entre meus membros e, de minha distinta cama.
Na série de ouvir o meu nome sair por entre sua cavidade bucal, através de sons que jamais serão esquecidos, dado que agora, pronunciara com mais fervor, a minha verdadeira antonomásia, uma vez que a nossa união de corpos já se tinha consumado, era em minha Lúcia que pensara, pelo motivo que em todos os momentos acontecia, quando me encontrasse nestes tempos, era o reflexo de sua compleição que prevalecia, por entre as sombras de meus pensamentos, sendo que era ela que eu tencionava e que sempre amaria, isso porque era o seu inimitável corpo que em meu nobre quarto se deveria firmar, cantando, de semelhante forma, a mais harmoniosa música que pudesse provir de seus lábios, na instância em que a sonoridade de meu nome, ecoasse por todos os cantos dessa admirável divisão, me fazendo alucinar e me perder na negridão da sua indiscutível e penetrante fragrância...

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EYES & EYES
RomanceArrogante para muitos e incompreendida para os mais próximos. Fria, ríspida e asentimental, assim é Lúcia Morgan, a mulher que esconde em seu olhar, a sombra de um passado turbulento, no que diz respeito ao amor, portanto, abstém-se do mesmo. Alegr...