Parte III

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Robert

— Este será um pedido que farei a Robert, pois para ti, tenho um outro. — Revela senhorita Milena visivelmente melhor do que se encontrara há átimos.

E comigo entendendo os seus termos e na subsequência o seu pedido, conduzo-me seguidamente à cozinha, para preparar uma porção de água com cristais de açúcar, que servirá como um energético para subir os níveis de glicogénio nas estruturas anatómicas de senhorita Milena. Já com a peça montada, volto a grandiosa sala de minha pequena Lúcia e conforme me aproximava, mais banzado ficava, sendo que não poderia acreditar no que estava a acontecer, ou no que estava a ver. Pensei ser uma forte alucinação, no entanto, assim que comparecera ao ponto onde havia deixado a senhorita Milena, pude constatar que não. Era realmente verdade, as malas da senhorita Milena apresentavam-se feitas e exibidas, assim como senhora Matilde, naquela dilatada sala.

— Desculpe senhorita Milena, mas por que se está a ir embora? — Inquiro incrédulo, já perto de si e entregando no seguimento, o copo feito a vidro, que continha a solução que serviria como tónico a senhorita Milena.

— Porque já não caibo aqui. — Clarifica senhorita Milena com pacificidade, bebendo a solução energizante nos soflagrantes pósteros.

— Mas a menina é sempre bem-vinda aqui. — Diz senhora Matilde com as vistas embebidas, porque naquele mesmo tempo, havia movimentado o meu olhar a sua silhueta pelo discurso que proclamara.

— Eu creio que esta realidade já tenha mudado. — Impulsiona senhorita Milena continuando na mesma inflexão, erguendo-se do comprido sofá de seda, nitidamente recomposta, indo em direcção as suas malas, para posteriormente guiar-se a saída.

— E como será que minha pequena  Lúcia se irá sentir? — Insisto desinquieto, vendo que senhorita Milena já arrastara os carris localizados em suas malas, uma vez que já andara pela área do aposento de minha pequena, de sentido a sua clara porta.

— Eu creio que não farei tanta falta, uma vez que ela tem Rara para se poder consolar. — Replica senhorita Milena antes de sair e, revendo-me sem interrupções antes de partir, pois na prossecução, abandonara a residência de minha pequena Lúcia.

Ainda pasmo e sem quaisquer dizeres, visto que agora sabia que a minha pequena e seus amigos não apenas tiveram uma intensa discussão, mas como também haviam fragorosamente se magoado, posto que apesar de num passado corrente haver registos de acontecimentos parecidos, nunca chegaram até lato ponto e, com isso, eu rapidamente compreendi que minha pequena Lúcia estava também destroçada, porém eu já me situava em casa e como não a queria de nenhuma maneira pressionar, decido no mesmo período alçar as escadas para o pavimento ressaltado, indo em orientação ao quarto de minha pequena Lúcia, para poder sucessivamente esperá-la até que regressasse à casa, depois de me despedir e de acalmar a senhora Matilde.

No íntimo de seu abundante dormitório, a perturbação era a minha companheira, porque pela primeira vez em toda esta história, eu queria assimilar o que ocorrera, não apenas com senhorita Milena, mas a real razão para o seu comportamento no desagradável encontro que passara com o contemporâneo consorte de senhorita Milena, visto que a sensação que carregara, era de que algo entre minha pequena Lúcia e aquele sátiro homem houvera, porém a minha pequena Lúcia me escondera.

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