Capítulo 71

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Despertara a seguir a queimantes, calorosos e tenros lábios, se terem friccionado, contra uma das bandas de minha verônica. A precisão é que, as funções a nível de meu corpo, já haviam sido reconstituídas, porém, experienciara que a minha estatura, fora parada em um eixo fixo, pois nenhuma de suas partes, eu conseguia movê-lo e, à proporção que mais pressão exercia, para que, pudesse movimentá-lo, mais o meu ofício se tornava duro, para poder restaurá-lo.

Era a tal dita paralisia, no ponto dos olhos fechados, todavia, apesar de percebê-la, porque em alguns artigos, já lera, além de que, em qualquer site nos dias de hoje, com esta temática de assunto, se poderia observar, dado que informação, é um dos pilares da minha área de formação, posto que, mesmo que seja de carácter pessoal, possibilitariam, eventualmente, servir para os diferentes projectos, em que, provavelmente, trabalhar-se-ia, sendo que por mais incomum e impensável que fosse, uma vez que à mesa minha, qualquer produto era capaz de chegar e, comigo, no prosseguimento, definindo estratégias para engendrar e, seguidamente, assessorar, por isso, não me era cabível questionar, a não ser que, fosse precisar.

Assim sendo, tudo que constava em torno de minha ainda inanimada, no entanto, já consciente estrutura, eu tinha potencial de vivenciar, tanto como de poder ouvir, à vista disso, identificar a presença de uma aura, à volta de onde me assentava, não fora algo bastante surpreendente para a minha deitada compleição, já que distinguia isso, porque a posição que experimentava o meu inegável corpo, não me podia atraiçoar, em adição, comumente e racionalmente, um físico passando o estado em que me ordenava, não era mantido, propriamente, erguido.

Soubera o que havia-me produzido, pois a minha certa memória, em nenhum momento, falhara, diante disso, não me seria impremeditado, se num hospital, eu estivesse, visto que era o mais congruente a se ser pensado, contudo, no assíduo momento, eu não queria, de nenhum modo, reviver, porque já era eversivo em demasia, para que flashbacks do que se cumprira na casa de Rara, se unissem e ressurgissem, outra vez, inobstante de não conseguir, a todo átimo, controlá-los, eu detivera a capacidade para, neste período, extingui-los. E, quando vivera o esquentado beijo em minha bochecha, da musculatura que, outrora, já tinha tacteado, inalando simultaneamente, o seu adocicado aroma, rigorosamente, muito conhecido por mim e, que a toda hora, desde a minha perda de sentidos, falta me fazia, logo depreendera que se tratara do homem, a que, o meu ser pertencera.

No segundo em que as minhas íris, defrontaram-se com um par de olhos melânicos, que copiavam o mel, qualquer dúvida que ainda pudesse surgir, esvaneceram. Era Robert, o meu Robert, que apenas com o seu caricioso olhar, era apto para arrepiar-me e, esse era, o seu indiscutível êxito sobre mim, mesmo que não esboçasse alguma palavra, sequer. Imprescindivelmente, débil e ofegante, porque até este tempo, precisava avigorar-me, pelo motivo de que, não tinha conhecimento, sobre qual exacta quantidade, do líquido responsável pelo transporte de nossos gases respiratórios, eu havia perdido, o que impreterivelmente, contribuíra para a minha fragilidade, com isso, a todo custo, propusera-me em retrucar, todos enredos existidos no meu passado nublado, a que Amaro Princenton, exercia o papel do pior obsceno homem, a meu Robert.

Eu queria explicar-me a meu Robert, não porque me estava a coagir, como julgara ele, no seu pronunciamento, uma vez que em conversações nos preservávamos, mas era pela razão de sentir, que chegara o real momento, para que todas as ocorrências se possam revelar e, finalmente, de sua musculosidade usufruir, sem que retracções e transtornações minhas, mais uma vez, me repreendessem. Porém, enquanto tentara expulsar e colocar os contextos, em cima da dita mesa, o meu Robert, em todas as épocas, me interrompera, pois ansiava ver-me antes roborada e, quando mais palavras, preparava para expelir, em movimentos característicos que os meus abrasantes lábios faziam, sendo que através deles, pude alcançar, a regular temperatura de meu corpo, que se armazenava em padrões constantes, a porta do recinto em que me localizava, é aberta, revelando um fronte feminino, que era uma profissional, em sua área de execução e, que recebia o nome de Tritany, já que na sua vestimenta que a aprovava como enfermeira, visto que as tais distinguidas longas calças, acompanhadas de suas respectivas camisas, em coloração azul, verde e, outras vezes, branca, mas que, nesse caso, se tratara de uma verde, não eram despercebidas, além de que eram o distintivo, daquele ramo de ciência, vinha um crachá com a sua devida antonomásia, rompendo, desse jeito, o contacto ocular que, anteriormente, mantivera com Robert, para visualizá-la .

Consigo, trazia no seu acompanhamento, algumas roupas que deduzira ser para mim, que consistiam num par de crocs* para os calçados e, o vestido à moda do hospital, dado que haveria de dispensar as toucas, porque não era algo que, tão rapidamente, necessitaria, e quando entregara-me, todas as minhas dúvidas, esvaziaram-se.

Após um engraçado episódio que passáramos, o que originara a minha encalistração e, o ínfimo riso, que se formara entre os meus lábios, uma vez que era embaraçador, pensar nas possibilidades de ideias, que se podiam estar a desenrolar, na mente da enfermeira Tritany, relativamente, a presença de duas figuras do género contrário na mesma ala, ainda mais quando o meu Robert, possuíra as características que detivera, iniciáramos, dessa forma, o processo de retirada do meu corpo, para um quarto a solo, posto que durante a organização da técnica, me fora relatado, semelhantemente, pela enfermeira Tritany, os dados do meu estado. Entre corredores de secção a que constáramos, depois de abandonar a ala, em que, antecedentemente, nos encontráramos, fora aturdida com a comparência, de uma das pessoas  que mais escassez me fazia e, que desde a minha imponente volta, quando ainda se dava a minha morte, jamais tivera visto, outra vez.

Era a minha pequena Rô, que desde há 2 anos, não pudera encostar e, nem tocar, a sua inquestionável fisionomia, o que contribuiu para as primeiras lágrimas, que se começavam a principiar em meu fronte. Na prossecução da conversação, que fundava com o meu Robert, dado que tão próximos estávamos, para mais, o meu Robert, ao meu lado, se fincava e, creio eu, que se tenha apercebido da intensa inquietude, no grau de meu corpo, pois irregularmente, o meu anélito se mobilizava, além do ardor que exalava, pela vinda de minha pequena Rô e, supondo que, pela ligação óptica que meu Robert e minha pequena Rô mantinham, por causa da palestra, a minha pequena Rô não tenha reparado em mim, porque, em nenhuma hora, desviara o seu fixo olhar de meu Robert.

Continua...

* Crocs é um tipo de calçado que existe em diversificadas cores, comumente usado no ambiente hospitalar, sendo a cor mais usual, neste mesmo recinto, a branca.

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