Capítulo 54

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Milena

Agora que a nossa Lúcia voltara, tudo começara a ganhar cores, que era algo que se perdera. Eram inquestionáveis os laços que mantínhamos, sendo que não era uma simples amizade, uma vez que já se formara vínculos muito mais consistentes, em que na qual chamávamos fraternidade. Pois, nós éramos uma família, em que todos elementos que faziam parte deste mesmo conjunto, desempenhavam um papel de real potencial. Assim crescêramos todos, isto é, eu, Rara, Lúcia e Romando relevando uns aos outros e, apreciando de cada doce sabor de uma conquista, assim como mantendo-se firme depois de um amargo sabor.

E lá estava eu, em meu vasto compartimento, usufruindo das mais variadas anagógicas, depois de alongadas horas de conferência entre risos com as meninas, sendo eu o alvo para os fragorosos sorrisos. A seguir a comprida conversação, eu e Rara alçamos as expandidas escadas para o piso ressaltado, indo em direcção aos aposentos para que pudéssemos dormitar, pois era cognoscível o enorme semblante de exaustão, que se conservava em nossos olhos apenas com um olhar ligeiro, isso por causa das diversas cargas horárias que tínhamos por cumprir, uma vez que com a nossa Lúcia em falta e Romando em Londres, os seus lugares e funções necessitavam ser rigorosamente ocupados e desempenhados, então, eu e Rara decidimos não fazer contratações de novos funcionários e, assim, realizar tais papéis, visto que de nenhuma forma, queríamos que alguém ocupasse o lugar, que guardava o DNA das duas pessoas de que mais gostávamos.

Separei-me de Rara no passadiço de ingresso aos nichos, sendo que a grandiosa casa de nossa Lúcia detinha três dormitórios, deixando dessa maneira, a nossa Lúcia na sua abundante sala, posto que queria permanecer por mais alguns minutos, revigorando suas emoções. No desenrolamento disso, Rara seguiu para a sua, proporcionalmente, profusa repartição, interiorizando-a na sucessão, pela razão que ouviu-se o rumor próprio de uma porta cerrando-se, permitindo assim, que eu também pudesse adentrar e, assim, repousar.

Já vestida com o meu distinto pijama e reconfortada em minha mélica cama, ajeitava-me para dar início ao movimento de regressão de minhas pálpebras, quando sou impedida de continuar com tal acção, por causa do copioso som que o meu telefone produzira, visto que vibrara constantemente pelo envio de novas mensagens que haviam chegado, uma vez que a melodia particular, se fazia presente ecoando pelos quatro cantos daquele recinto e, antes que pudesse incomodar alguém, defino prontamente ver a tela de meu apetrecho, para saber do que se tratara.

Ao ligar o ecrã de meu preclaro telefone, logo percebo que as mensagens acabadas de chegar, eram do meu amável, gentil e companheiro Amaro, o homem responsável pelas minhas largas jucundidades. Eu e Amaro começamos o nosso nexo, exactamente no mesmo dia em que Joseph me enviara as informações do nosso mais novo cliente, que era precisamente ele. Eu tentara, a todo custo, resistir as suas artimanhas, porque sabia que era demasiado cedo, para se começar um laço de tamanha amplitude, ainda mais sendo alguém que nunca tinha visto e que nem sequer conhecera, tendo ainda mais um alicerce virtual, o que sem dúvida, diminuiria consideravelmente as extensivas expectativas, porém, nada pude fazer quando assim acontecera, já que ao primeiro contacto, eu já me comprometera.

 Seja muito bem-vindo à British Company, sua nova equipa de assessoria. Estreio fazendo uma breve pausa em minha manifestação e despachando-me posteriormente  — Sou Milena, a encarregada deste sector, e que trabalhará afincadamente consigo. — Concluo a mensagem, enviando-as em prontidão ao destinatário, cujo nome era Amaro, depois de receber os dados do mais novo cliente por meio de Joseph, sendo que haveríamos de laborar a nível de mensagens, posto que ainda não se localizava na superfície de Manchester e, com este sendo, o meio mais viável para a comunicação.

— Com que então, serei assessorado por uma mulher? — Digita no mesmo instante, relatando uma pergunta, pois se encontrara com a barra online visível.

 Há algum problema quanto a isso?  Insiro sincronicamente, expondo a minha admiração.

— Mas é claro que não, sendo ainda mais as mulheres deste ramo bastante atraentesTecla sem papas na língua, mas neste caso, na escrita.

E, foi nesse momento, que em meu rosto se havia aberto uma jovialidade sem fronteiras.

 Sentiu-se incomodada pelo elogio?  Pesquisa transparecendo uma apreensão, visto que não lhe respondera na prossecução.

 Um elogio é sempre um elogio Redarguo sem hesitação e ainda aos desfastios.

 Acertadamente, pois eu até poderia retirar o elogio, mas não poderia desprover a realidade. — Afirma do outro lado da tela.

E quando pensara que encerrara a sua descrição por entre escritas, sou banzada com mais mensagens, que de certa maneira, colocaram-me no limite da alegria.

 Assim sendo, não querendo ser atrevido, porém já acontecendo, poderia generosamente mandar-me algumas fotografias, a fim de comprovar as minhas teorias.  Comunica ainda do outro lado da tela e era notável a sua imensa ousadia.

 E o que eu poderia ganhar com isso? Aprofundo acendente.

— Molhados beijos e um novo estado civil. — Retorque sem folgas na escrita, abismando-me na totalidade.


Continua...

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