Despertara ao lado de meu Robert e, era incrível, como as lembranças da memorial noite anterior, insistiam em permanecer, assim como a sua doce essência, que a todo ponto, se acrescentava, fazendo-me adormecer com o mais terno aconchegante sono. Ainda me punha em cima de seu irrefutável peito, todavia, mais um novo sol haveria de surgir e, com a minha revinda, significava mais um regular dia de mister. Portanto, excluindo atrasos, desvencilho-me aos poucos dos meigos braços de Robert, para que não possa acordá-lo e, assim, seguir para a minha habitual rotina, dantes, interrompida, entretanto, como já anos fazia neste ramo, então, não era algo que eu pudesse perder, apesar de 2 anos em completa carência. Deste modo, conduzi-me ao retrete para uma apaziguadora imersão, após estar fora da cama e desentrelaçada dos membros de meu Robert.
Abrasador e revitalizante, assim podia descrevê-lo e, já com a minha higiene na categoria bucal realizada. Depois do mergulho, guio-me ao quarto, para que conseguisse vestir. Entre suas quatro taipas, calcorreio em passos lentos para o meu autêntico armário, com a intenção de tirar peças de roupa de tecido social, para o meu constante trabalho. Posto isso, depois de cuidados íntimos a se estabelecer com a minha pele e, mais tarde, corpo, coloco a minha preclara lingerie, que entra em atrito com a minha epiderme já docilmente hidratada, o que possibilitou no segundo vindouro, inserir-me nas peças de roupa escolhidas por mim. Ainda com Robert dormindo maviosamente, ponho a minha agradável calça de tecido social, ao estilo Pantalona e de coloração preta, que conjugava harmoniosamente com a minha branca camisa de linho e gravata comprida, de igual cor a da calça. Já com o seu nó devidamente feito, retiro do mesmo armário, uns saltos altos de tonalidade amarela no piso, todavia com as bordas transparentes, introduzindo-os, no minuto a seguir, aos meus pés, assim que me aproximo acolhedoramente das bandas da cama.
Erguida, volto ao banheiro para concluir o processo antes iniciado. Presente em seu recinto, opto por um coque em meus cabelos, acertadamente feito e, após isso, deslizo o rímel a nível de minhas pestanas, que se encontrara exposto na minha nobre latrina. Com feições afáveis em meu rosto, motivou-me a passar apenas, um brilho por entre os meus meigos lábios, seguido da minha penetrante e masculina fragrância. Cessadas as arrumações e actividades íntimas, além de matinais de minha parte, dirijo-me à saída de meu encantável banheiro.
Dentro do meu quarto, Robert ainda nanava mansamente, o que me viabilizou desertar o meu repartimento, sem que notasse a minha presença, pois sabia que se o contrário fizesse, a minha genérica data de laboração ficaria comprometida. Em passos tardios, andejava pelos estendidos corredios de minha adorável "Mini mansão", comparecendo em alguns minutos, as escadas do pavimento elevado. No entanto, quando me ordenava para efectuar o movimento de descida, sou assombrada com as figuras de Milena e Rara, da mesma forma preparadas para a rotina de trabalho, que saíam de um dos corredores de entrada aos dormitórios, posto que existia mais de um, pelos vários compartimentos que aquele piso apresentara.
— Onde julgas que vais, Lúcia Morgan? — Explora Rara cômica.
— Eu creio que no mesmo local que vocês, isto é, British Company. — Libero mostrando uma jovialidade.
— Mas é que nem pensar! — Brada Milena levantando uma de suas mãos, fazendo gestos, demonstrando a sua negação, a minha afirmação anteriormente dita.
— Eu tenho compromissos por honrar. — Pronuncio com brandura, cruzando os braços à volta de meu peito.
— Porém, não hoje minha senhorita! — Vozeia de modo burlesco — Porque antes de tu retornares, as manchetes de Manchester devem revelar a tua imponente volta! — Grita Rara já alucinando e imitando vozes de desenhos animados.
— Au revoir. — Transmite Milena, despedindo-se na subsequência, como se fazia na velha França, compactuando com Rara e, obstando dessa forma, que eu anunciasse qualquer vocábulo.
— Aproveita e tenha uma curta lua de mel com o Robert. — Assegura Rara arriando os degraus juntamente com Milena, já aos risos e me deixando totalmente para trás.
E, quando no chão ínfero se adicionavam, o senhor Park internizara, conjuntamente, a minha numerosa sala, pois em nossa longa conversação, um dos muitos factos confessados, foi que o senhor Park trabalhara, atenciosamente, para as meninas no meu afastamento, o que acabara por me deixar álacre, uma vez que com o senhor Park, também já se fincara um vínculo, equivalentemente, longevo. Não obstante, também me foi confidenciado que faziam o trajecto no veterano Porsche de Rara, dado que como já calculava, não haviam tocado no meu simples Ranger, pelo facto deste conter o meu DNA, que era algo que de algum modo, sempre queriam manter e jamais extraviar.
Contudo, no comenos em que os meus olhos, se depararam com os de senhor Park, vira a comoção que eles transluziam, fazendo com que os meus olhos, antes sem lágrimas, ficassem encharcados por elas.
— Oh minha menina! — Ruge veemente — O quão bom é revê-la e quanta falta nos fez! — Conclama senhor Park, dando tréguas em seus verbos — Apesar disso, o mais importante é que está de volta. — Finda com os olhos marejados no piso inferior.
— Garanto que não voltarei a ser responsável por essas lágrimas, que agora, se fabricam em seus olhos. — Enuncio serenamente e, de parecida guisa, com as ópticas molhadas no piso superior, fazendo também uma paralisação em minha exposição, avançando prontamente — Porém, como soube? Ou melhor, por quem? — Interrogo interessada.
— Segredos entre um velho observador e uma velha carismática, hoje cedo. — Denuncia senhor Park animado, se referindo à Matilde de forma humorada.
— Já chega de lágrimas pela manhã. — Prega Rara emocionada, limpando as gotas de água desleais que caíam sobre seu rosto, partindo na continuação, da minha excelsa sala com Milena e senhor Park.
Matilde não se adicionava, pelo motivo que quando assim ocorria, era porque havia ido ao mercado, uma vez que não estava a cantarolar pela casa e, com o senhor Park a confirmar indirectamente as minhas suspeitas, sendo que disse que se tinham encontrado hoje mais cedo. Isto feito, defino, então, regressar ao meu real quarto, para despir-me de tais roupas e achegar-me ao peito de meu Robert, entretanto, já no intrínseco da repartição, o meu Robert já não se situava em minha espaçosa cama, por isso, logo pude deduzir que se fazia presente no banheiro, executando as suas actividades, pelo ruído que o fluido incolor transmitia através do chuveiro ligado, pela porta de acesso ao meu retrete.
Continua...

VOCÊ ESTÁ LENDO
EYES & EYES
RomanceArrogante para muitos e incompreendida para os mais próximos. Fria, ríspida e asentimental, assim é Lúcia Morgan, a mulher que esconde em seu olhar, a sombra de um passado turbulento, no que diz respeito ao amor, portanto, abstém-se do mesmo. Alegr...