Amaro
Pois bem, com raciocínios de minha pregressa coligada e da mulher que equilibrara, a potência de meu fogo corporal, eu dormira. Despertara no horário habitual para uma comum rotina de trabalho, no entanto, como estava dentro do território da consagrada Manchester, lembrara-me que nenhuma funcionalidade, tivera por exercer, pois isso, seria a responsabilidade, que alguém tinha que efectivar por mim, posto que por esta superfície, eu era apenas um cliente, portanto, não havia razões para me preocupar.
Pensara eu, em passar pela British Company hoje, afinal, era a empresa encarregada por até a esta dada milésima, assessorar-me, já que não rompêramos o encadeamento profissional, com o pretexto de que, queria acompanhar, ou saber mais detalhes acerca da elaboração de meu projecto, entretanto, como a minha anterior companheira, possivelmente, pudesse não estar, assim como Lúcia Morgan, sendo que as instâncias permaneciam exaltadas pelos últimos feitos, posto que Milena se assemelha a figuras que, quando um elo é destroçado, ainda mais tendo como impulsionadora, uma de suas fraternas, no xeque-mate, os seus interesses de querer rever a fisionomia, em prontidão, não era algo que fosse apreciar, além de que nos dias de hoje, um smartphone, ou computador, fazem praticamente, todo trabalho em casa e, esses são os motivos, que lhe pudessem dar uns dias de folgas, e de claro, ela poder asseguradamente fazê-lo, por ser uma peça fundamental naquela firma, visto que apresentava-se ligada, carinhosamente com os respectivos fundadores e, também, sendo ela, um deles, pois estas, foram mais uma das suas confidências expostas, enquanto nos mantivéramos unidos e, Lúcia igualmente, porque apesar de detestar atrasos e, de sem dúvida, querer trabalhar, não importando-se com as tribulações, como sempre ocorrera, desde que nos havíamos conhecido, já que percebia muito de sua persona, isso, por causa do nosso passado, sendo assim, pelos amigos que detivera, ficaria impossível, colocar os pés na British Company, na data de hoje.
Por conseguinte, depois de minhas observações matinais, cujos formatos orgânicos, já estão mais que apresentados, seguira para o intrínseco do meu retrete, para uma nova imersão, ao dia que se avizinhara. Revigorador e calmante era o seu efeito, à vista disso, abandonara aquela divisão, na sequência de ter sido reavivado por gotículas de água, que ruíam sobre o meu corpo, com isso, fixava-me, neste momento, a organizar-me para esta manhã fria da meritória Manchester.
Terminadas todas as actividades vinculadas ao meu vigor, partira, no minuto a seguir, da minha vasta alcova. Pelo facto de na escuridão passada, ter-me ido à cama, sem sequer me interessar, em ingerir algum resquício alimentício, acordara com uma grandiosa fome. Consequentemente, sem mais tardadas, iniciara a preparação de uma inebriante refeição, para que pudesse começar a sentir, o agradável saibo. Na continuidade de algumas horas, tudo se encontrava dentro dos parâmetros e, visivelmente, produzido e servido, faltava apenas, começar a desfrutar, que era o que pusera em prática, nas milésimas vindouras, uma vez que cozinha, nunca fora desapaixonante para mim, dado que a maior parte do tempo, vivera somente, na presença de minha companhia, pois um homem feito, já me fazia e, os meus parentes, tinham as suas vidas.
Pós apreciação de grau alimentício, enviara por meio da via telefónica, uma notificação a minha transata parceira, que na realidade, era uma mensagem a especificar-lhe, onde nos poderíamos encontrar, sendo que sentira que alguns dizeres, tinha por lhe reportar, posto que na nossa última conversação, apenas a sua unilateralidade havia falado e, eu detesto, deixar assuntos mal terminados, ou pendências mal resolvidas, ainda mais quando compartilharíamos, o mesmo ambiente de trabalho, fosse, ou não de sua vontade, porque dinheiro tinha investido e, se a British Company não quisesse um processo, que poderia colocar em causa, a sua excelente reputação, além de que uma conexão como esta, não pode ser, espontaneamente, rompida por motivo de questões contratuais, era melhor que a nossa relação, continuasse dentro das medidas, caso não ocorresse como quisesse, já que assim se acordara, Lúcia Morgan desembolsaria uma grande quantidade de "encomendas", visto que não haveria de poupá-la, apesar de amá-la, para mais de assistir o despencar de sua British Company, afinal, amor, amor e vínculos à parte.
Não esperara que minha pregressa cônjuge, enviasse-me de volta, a sua confirmação acerca da sua ida ao nosso encontro, em síntese, a amargura nestes eventos, atingem os seus altos níveis. Como marcara a nossa conferência para às 2 da tarde, no Malfbourne Coffee, um elogiável café e, um dos lugares, que fazia parte do meu agradável paladar, possuíra tempo suficiente para desempenhar, ou realizar outra utilidade. Eis, então, que decidira desfruir da aprazível leitura de "O teu inesquecível corpo"* de Perigon*, cuja qual, se fazia acompanhar a minha configuração, uma irrepreensível taça, com um líquido avermelhado no seu interior, que estava sobre as minhas esbraseantes mãos, uma vez que eu exalava uma ardência pelo meu corpo, pois os vocábulos que absorvia daquela peça, teatralmente, bem projectada, que recebia o nome de livro, se misturavam com os narcóticos e recorrentes pensamentos, que tinha de Lúcia Morgan, sendo que uma das passagens exprimira: "E aquela ardilosa silhueta, que me levava do ápice à terra, que me queimava no seu mais quente fogo de desejo, me transformaram em um ser novo" e, essa simples afirmação, era capaz de poder queimar-me, em reflexões alucinantes, cujo formato principal, já era bastante conhecido.
No seguimento de contemplar uma indiscutível leitura, em que o seu papel, era apenas fazer com que o tempo avançasse, até que chegasse, o momento para o meu irrefutável encontro, além de claro, poder fruir destes pequenos momentos de "Sweet la vida". Com isso, viera a hora de partir para o itinerário pretendido, uma vez que quisera mostrar-me, antes da comparência de minha antecedente aliada, a nossa assembleia, pois quão rapidamente as irresoluções são feitas, mais prontamente, são retiradas da nossa lista de ocupações, além de que sabia desta singularidade a nível de horários, porque constantemente, e enquanto ainda me posicionava, a realizar a minha inquestionável leitura, olhara repentinas e repetidas vezes, para o relógio embutido em minha parede, no recôndito de minha alargada sala. Assim sendo, apressara-me para pegar as chaves de meu elegante Mustang, para ausentar-me de minha casa.
Após a regular largada de minha residência, locava-me, neste instante, entre os bancos de meu Mustang, para que desse modo e, sem mais morosidades, desse início ao curso, com a rota já sabida por nós. Depois de extensos minutos com o pé na estrada, comparecera ao local intencionado, dado que o percurso, não fora arduamente demorado, posto que a maioria das ruas da nobre Manchester, permaneciam livres, apesar das posteriores estarem "lotadas", mas não propriamente de "figuras", mas sim, de automóveis das mais diferentes espécies, que levavam no seu interior, as tais ditas "pessoas". Portanto, desertara velozmente, o meu distinto Mustang, adentrando, logo a seguir, ao recinto intitulado Malfbourne Coffee.
Continua...
* O teu inesquecível corpo, obra não existente no mundo real, criação da autora.
** Perigon, autor igualmente não existente, criação da autora.

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EYES & EYES
RomansaArrogante para muitos e incompreendida para os mais próximos. Fria, ríspida e asentimental, assim é Lúcia Morgan, a mulher que esconde em seu olhar, a sombra de um passado turbulento, no que diz respeito ao amor, portanto, abstém-se do mesmo. Alegr...