Capítulo 63

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Robert

A minha pequena Lúcia deveria saber, que pode ser identificada, apenas pelo seu irrefutável cheiro. Eu havia sentido sua presença na sua alargada sala, enquanto estivera deitado no seu imenso sofá de seda, a minha pequena pensara que ainda estivesse nanando, porém, já tinha despertado, somente com a existência de seu indiscutível eflúvio, à medida que ela se avizinhava de meu reclinado muque. Entretanto, o que me fizera realmente avivar, apesar de teatralmente manter os meus luzeiros cerrados, foi o seu tórrido beijo em meus lábios, além dos seus passos que eram reconhecíveis, na frequência em que corria o caminho, para entrar em conexão ao meu ainda e, de igual jeito, prostrado corpo.

Quanta falta me hão feito os seus rubros e grossos lábios, todavia, quando ia iniciar o movimento para agarrá-la e prendê-la, no grau de minhas garras, por cima de meu peito e, consequentemente, animar, mas desta vez, já com as íris abertas, sou completamente obstado, pois a minha pequena Lúcia desarmara-me, sussurrando naquele mesmo instante, frases em meu ouvido, tais como: "Esperando ser tua hoje e, nem tu, me vais impedir" que prontamente, surtiram efeito em todos os pontos do meu corpo, uma vez que no segundo a seguir, experimentava, um inatacável arrepio por toda minha compleição e, o ardor que se produzira em meu peito, que não pude evitar vivenciar, durante o seu esbraseante, porém, pouco demorado beijo.

Assim, erguera a minha configuração do abrangente sofá de seda, existente em sua extensiva repartição, após experienciar que sua assiduidade, já não se fazia sentir, no interior do mesmo compartimento, o que era perceptível, não apenas pelo distanciamento de suas andaduras, mas como também, pela ausência de seu inegável aroma, que de equivalente forma, se apartava, na proporção em que dirigira o seu corpo, para o saimento daquela graúda sala. Com o meu corpo levantado, direccionara-o ao egresso de sua larga divisão, para que dessa maneira, pudesse ir ao piso maioral preparar-me, para um costumeiro dia de realização na "Morgan & Gold".

Conforme aproximava-me das escadas do chão inferior, podia ouvir o sonido que provinha da doce voz de Matilde que cantarolava, o que de certa guisa,  já constava em minha rotina e, posteriormente, de minha pequena Lúcia, dado que Matilde, uma afável mulher, sempre o fazia e, nós meramente, desfrutávamos de seu rico timbre, como não a queria interromper em sua acção e, com isso, continuar admirando seu amável rumor, decidira inaugurar a técnica, para a motilidade de subida ao pavimento ressaltado, andarilhando assim, as expandidas escaleiras, indo de sentido, ao dormitório de minha pequena Lúcia, para na sucessão, tomar o meu regular banho.

Ao tinido da meiga entoação de Matilde, alçara os degraus, para ir ao recinto pretendido. Já presente no reconhecido quarto de minha pequena Lúcia, depois de caminhar em passadas morosas, os seus corredores de acesso, reparara que a minha pequena Lúcia, desarrimara o seu telefone, por cima da banca que ficava ao pé de sua espaçosa cama, ao perceber este aspecto, apressara-me para mover-me, rapidamente ao seu retrete, para que efectuasse um pouco demorado mergulho, a fim de sem muitas demoras, levar o seu telefone, até ao seu recinto de labutação, que é onde se encontrara, neste preciso momento. Posto que pode ter-se esquecido do seu telemóvel e, chegar a precisar dele, já que mesmo sendo Thanksgiving day , pois sabia desta particularidade, porque era uma data esperada por todos, não só por entre nossos conhecidos, mas como também, na extensão de toda Manchester, sendo que era notícia anualmente reportada, por todas redes comunicativas em todo território, o que servia para colocar a data em nossas memórias e, assim sendo, no dispositivo de minha pequena Lúcia, poderiam propostas e clientes chegar, a qualquer momento, ainda mais por ser uma ferramenta que torna eficaz, o nosso processo de interlocução e, igualmente, torna mais ágil o nosso trabalho, visto que é um eficiente instrumento de ofício.

Depois do curto, no entanto, revitalizador banho, encontrava-me agora a vestir-me, no desenrolar de todas as higienes feitas na categoria de meu corpo, estarem concluídas, assim que partira do banheiro de minha pequena Lúcia. Já propriamente organizado e arrumado, fora de seu quarto estava, após retirar o seu apetrecho da banca em que se localizava. No piso ínfero, na continuidade de calcorrear, o habitual caminho para alcançá-lo, avistara Matilde, que a todo custo, não queria que saísse, sem antes ingerir o seu aprazível pequeno-almoço, porém, como estava verdadeiramente apressado, pois para além de um corrente dia de tarefas, que me esperava na "Morgan & Gold", ainda tinha de passar pelo escritório de minha pequena Lúcia na British Company, para entregar o seu dispositivo electrónico e, por conseguinte, roubar-lhe alguns vibrantes beijos, antes que fosse à "Morgan & Gold", uma vez que os seus carnudos e avermelhados lábios, me faziam falta, assim como o seu esbelto corpo e, seus castanhos olhos brilhantes, pelo tempo que havíamos desperdiçado durante a situação que outrora nos encontrávamos, isto posto, persuadira Matilde a deixar-me ir, pelo menos hoje, sem tomar o seu agradável pequeno-almoço, garantindo-lhe que quando regressasse, fruiria de cada magnífico prato que pudesse confeccionar e, de correspondente forma, ajudar-lhe, sendo que por cozinha, eu também nutria uma paixão, então, no prosseguimento, despedi-me de Matilde com uma suave osculação  em sua testa e, pilotara o meu corpo, para a porta da residência de minha pequena Lúcia, indo, deste jeito, a sua garagem.

Chegando e simultaneamente adentrando ao meu mais novo Mercedes, que se situava na oficina de minha pequena Lúcia, sem perder muito mais tempo, dera início a rota com um destinatário conhecido por todos, que era nada mais e nada menos, do que a empresa de minha pequena Lúcia. A trilha até à British Company foi bastante acessível, dado que andara em menos período do que o previsto, porque não tinha trânsito pelas avenidas de Manchester, posto que não me havia extasiado, pois era Thanksgiving day, o que significava que a maioria das famílias, estavam agora, em suas respectivas casas contemplando este dia, como anualmente se fazia e, por isso, as ruas de Manchester registavam ínfimo movimento, como todos anos acontecia, porém, não significava que não se pudesse ir trabalhar, porque mesmo que por poucas horas, era uma responsabilidade de nossa parte.

Continua...

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