Parte II

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Amaro

Pontos solucionados, então, o dia de minha regressão comparecera e, com isso, embarcara, sendo o meu destinatário, a meritória Manchester. Já em solos manchesterianos, exibi-me ao aeroporto, subsequentemente a um modelar pouso de voo em seu território. E, depois dos tidos padrões para a desembarcação, me encontrava calcorreando os corredores daquele amplo aeroporto e, comigo, se faziam acompanhar apenas malas executivas com o que é verdadeiramente importante, tais como: Arquivos de trabalho e posteriormente o meu planeado projecto, uma vez que todo o resto haveria de adquirir, na medida em que me inserisse na célebre Manchester. Ainda vagueando pelos corredios daquele incomensurável recinto, sou presenteado com uma livraria que lá se apensava, sendo apenas mais uma loja, das diversas que lá se cimentavam, e como o meu paladar para a leitura era enorme, por isso, adentrara naquele mesmo local.

Passeando pelos seus espaços, fora até a secção dos livros românticos, dado que este género era um de meus preferidos e, sem muito esforço, deparara-me com a obra de Lúcia, intitulada "O teu beijo impossível", pelo motivo que era a obra em destaque. Quando lera o título, pensara que estivesse alucinando, visto que era incomum avaliar que se tratara do mesmo poema que Lúcia me havia escrito, declarando os seus sentimentos, porém, não podia ser uma trivial coincidência, sendo que no momento em que descera mais abaixo, percorrendo as escrituras com os meus olhos, descobrira o autor daquela obra e, era da mulher cuja qual, de certa forma, já calculara. E, foi naquela exacta instância, que retirara o livro que se pendurava naquelas brancas prateleiras, esfolheando, a fim de encontrar mais informações que comprovassem as minhas quase certezas. Sem muitos retrasos, apreciara o que procurara na contracapa, sendo as respectivas editoras, com os devidos nomes de Milena e Rara, portanto, qualquer dúvida se extinguira, pois Milena já era um nome que conhecera e, de similar forma, o de minha actual companheira, além de que, em uma das nossas conversações, no tempo em que falávamos a respeito de particularidades das nossas vidas pessoais, que muito mais do que ser trabalho, Milena confessara a mim que detinha três irmãos, que sua ainda pouca longevidade lhe tinha dado, isto é, Rara, Romando e Lúcia, porém, ela não havia dito o sobrenome da última e, eu jamais poderia imaginar, que se tratara de minha Lúcia.

Atordoado com o que descobrira, agora mais ânsia tinha para mostrar-me à British Company e, poder constatar, o que me sucedera. Eis então que no minuto a seguir, dirigira-me ao balcão de atendimento e, dessa maneira, efectuar o pagamento do livro de minha Lúcia, que me rendera uma provada homenagem. Fora do estabelecimento de cognome "livraria", conduzira-me ao exterior do aeroporto, para poder desse modo, encontrar Bovery, pois era o elegido para a minha busca ao aeródromo, dado que apenas ele poderia e tinha condições para me receber, além de que era a única figura que até então, conhecia dentro da primorosa Manchester e, sendo similmente, o único que reservava a minha real confiança, posto que ele já soubera do dia em que haveria de chegar à Manchester, e o seu referente horário, porque ele era o que me antecipava e ainda agendava a minha vinda a relevante Manchester, visto que eu sempre dava 10 minutos a mais do verídico horário, não apenas por questões de atraso dos voos, mas como também de situações que acabara de viver, já que eu gostara demasiado de perambular pelas lojas dos diferentes campos de aviação. 

Com Bovery na porta do aeroporto em seu elegante Mustang, que era o mesmo em que me punha neste preciso momento, uma vez que Bovery dissera que a mim pertencera, assim como a casa em que agora residira, da qual Bovery actuara nas questões não somente do nosso projecto, mas como de parecida maneira, da minha estadia. Assim, suprimindo dilações, déramos início ao percurso, e com Bovery ao volante, visto que estava extremamente cansado, porque o voo foi severamente cansativo e com profusas turbulências, nos levando assim, a minha actual residência, que na verdade, ficara em um nobre condomínio da distinta Manchester, posto que no dia seguinte, à British Company nos esperava. Após deixar-me em minha estância e devidamente ajeitado, Bovery se fora, porque tinha deixado o seu rico Audi no estacionamento do edifício do condomínio em que ficava o meu aposento, pois me fora buscar em meu elegante Mustang e, com certeza, houvera pensado que poderia regressar a sua também moradia, ou um outro lugar, então, assim o fez, mas antes que se fosse, dissera-o que depois da nossa ida à British Company, já poderia voltar a velha França, sendo que as suas responsabilidades na rica Manchester, tinham terminado, uma vez que haveria de assumir o comando em solos parisienses, logo, na concordância com a decisão e com o seu presente cargo, se fora de meu assento, andando as ruas da considerada Manchester, para ir ao local que apenas ele compreendia.

A seguir a sua largada, o que restara era um reconfortador banho para tomar, com a intenção de recompor os meus sinais vitais e, uma acolhedora cama, pois soubera deste ponto, pela razão que a usufruíra pós imersão, além de um livro que possuía a grafia em minha homenagem para reler, dado que durante o trajecto até minha residência guiado por Bovery, eu passara os olhos por entre as páginas e poemas daquele exemplar e, claro, com maior destaque na obra qualificada "O teu beijo impossível", isso por ser um poema inigualável, e fazia referência a carta que minha Lúcia me escrevera, que não apenas conservava o seu perfume, posto que minha Lúcia havia perfumado, apesar do já velho papel, que indicava a passagem do tempo, em consequência de que era reconhecível apenas com um olhar superficial, mas porque também, eu trazia ela sempre comigo, dado que sempre a levava em qualquer que fosse a localização em que me encontrasse.

Acordara cedo, visto que um bom negociador deve preservar diversas qualidades e, uma delas, é ser assíduo, além de pontual. Despachara-me em minhas arrumações a nível  do corpo para o dia que se avizinhava. Preparado e após tomar o pequeno-almoço, saíra de meu endereço. Em meu elegante Mustang, dera início ao trilho até à British Company, uma vez que não precisara me inquietar em perder-me nas ruas da indizível Manchester, porque o meu proporcionado Mustang, reunia um GPS com o cabido mapa de localização da imensurável Manchester e, muito menos Bovery, sendo que de idêntica maneira, era pontual, além de já se fincar, ainda que por pouco tempo, na conhecida Manchester.

No recinto onde se posicionava à British Company e, de correlata forma, encontrando-me com Bovery, sendo que do meu seleto Mustang já descera, somos auferidos por uma vasta multidão de repórteres no externo daquela empresa, porém, com Bovery próximo a mim, seguimos desse jeito, para o centro da tal dita British Company, visto que desconsideramos aqueles vários portadores de informações, pois não era nada de que nunca tenhamos visto na velha França, em razão de semelhante feição acontecia, quando se quisesse fazer notícia sobre este ramo, assim sendo, era à porta de firmas que eles paravam, dado que um dos órgãos era o meu e de meus sócios, isso porque de certa guisa, começáramos a ganhar notoriedade, por isso, apostáramos na expansão.

Ao nos familiarizarmos com o ambiente interno da British Company, mais uma situação presenciáramos, que era a montagem de claramente uma surpresa a uma entidade, posto que que eu e Bovery dirigíramos os nossos olhos ao redor daquele habitat, da qual eu sabia dessa especificidade, tanto que antes de orientar as nossas íris à volta daquela atmosfera, olhara para Bovery, que estava a todo momento em minha lateral direita e, com isso, concluir tal afirmação, assim sendo, havia aglomerações de vários funcionários na recepção que traziam consigo cartazes com algumas escrituras, que eu não pude ler, uma vez que estavam dobrados, todavia claramente sabia que tinham grafias, não apenas por observá-los minuciosamente, mas porque também, para toda aquela motilidade, sem dúvida, não haveriam de ser cartazes em branco.

Continua...

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