Capítulo 119

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Igor

— Vai me dar trabalho hoje, filha da puta? — falei no seu ouvido e ela sorriu, bebendo mais um gole do copo de cerveja.

Hoje tá tendo evento aqui no morro e tá gostosinho, Cabelinho e Ret né pai, o morro tá gostosinho!

Fazia tempos que eu não curtia nada no morro com a Camila, então decidimos vir, Deise e Smith também estão aqui, Léo não veio porque o Lucca estava com febre, pais de primeira viagem, a preocupação tá enorme.

Por mais que hoje seja meu dia de lazer, eu tô ligadão nas coisas, com o morro cheio nós não tem controle de quem entra ou de quem saí.. já troquei alguns olhares com o Smith e ele me entendeu.. é aquilo, um olho no padre e outro na missa, não posso vacilar com a Camila estando aqui.

Roni já veio aqui, falou umas gracinhas e me chamou de irresponsável por conta do que tá acontecendo, eu deixo ele falar porque se eu me estressar, vou esquecer que ele é pai da minha mulher e vou acabar partindo pra porrada, e com isso envolveria a Camila e é a última coisa que quero agora.

Eu só quero ficar de boa com a minha doida e nada mais..

(...)

Já era de manhã, eu tava na ondinha mais a Camila estava pior que eu. Eu não aguentava mais ficar em pé, só queria tomar um banho, a minha cama e acordar depois de meio dia.

— Bora cara, hoje não dá pra te carregar não!! — puxo a mão da Camila, sem condições nenhuma de pilotar uma moto ainda mais com ela assim

— Espera, meu salto tá me machucando! — ela parou, abaixando e tirando o sapato

— Olha aí que tu tá de vestido.. — falei, indo para atrás dela.

— Ninguém tá me vendo não.. — terminou de tirar a sandália e se virou pra mim, passando o braço em volta do meu pescoço — Vamos transar em algum desses becos? — ri.

— Vamos pra casa que tu tá doidona..

— Tô falando sério! — disse me olhando — Saudades de quando saímos do baile e você me jogava nessas paredes.. — beijou o canto da minha boca — Há tempos que não fazemos isso!

— Porque não tínhamos filhos, não morávamos juntos e teu pai não era o dono desse morro, bora! — a puxei — Tá cheia de foguinho mas não se aguenta em pé, garota.

— Só por que tô um pouquinho bêbada?

— Ah, um pouquinho.. — ri — Tá bom, vamos que em casa a gente discute.

Que mulherzinha filha da puta cara, eu só querendo minha cama e ela argumentando mil e uma maneira de transar em um dos becos. Eu poderia fazer, mas quando estivesse totalmente sóbrio, não faria a merda de deixar alguém nos ver, tinha gosto de adrenalina mas ainda sim, Camila agora era a pauta desse morro por ser filha de quem é. Eu tinha que manter a postura.

— Tomar banho Camila, nada de deitar no sofá.. — digo assim que chegamos em casa — Pior que criança, cara..

— Amor, não tô bem não..

— Que foi?

— Não tô me sentindo bem, vem cá.. — cheguei mais próximo do sofá — Não, chega mais perto — e assim fiz — mais perto..— ri..

— Deixa de ser safada cara.. — digo quando ela puxa minha camisa, beijando o meu pescoço

— Aqui a gente pode transar pelo menos, ou o Senhor também tá com medo que alguém veja, velho?!

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