Capítulo 58

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Camila ❁ (Bônus)

Comentem bastante!

— Já coloca ela na sala do pré parto. — a enfermeira responsável pelo toque disse a uma estagiária.

— Mas ela tá com 39,0 de febre, se ela fazer força a febre dela tende a aumentar.

— Mas ela não pode ficar aqui, ela vai acabar dando a luz aqui mesmo. — a enfermeira disse.

— Pelo amor de Deus, alguém faz alguma coisa! — mordi o roupão — Eu não aguento mais! — eu chorava

Logo a estagiária saiu e chamou dois maqueiros que me colocaram na maca e já me levaram pro pré parto, pois eu não conseguia sentar na cadeira de rodas.

Assim que me tiraram da maca e me colocaram na cama, vi Talita passar pela porta com a roupa já específica do hospital, ela segurou na minha mão e encostou sua testa a minha.

— Vai dar tudo certo, tá? — vi uma lágrima cair de seus olhos carregados — Vamos colocar essa meu afilhado aqui no mundo pra ele te dar bastante trabalho, tá? Eu tô aqui, vai dar tudo certo!

Concordei com a cabeça e fechei os olhos, com as lágrimas escorrendo comecei a rezar um pai nosso, rezei para a nossa senhora do bom parto, e orei em pensamento á Deus, que ele me desse força nesse momento.

Colocaram um aparelho que media minha pressão e meus batimentos cardíacos em um monitor, colocaram uma bacia de alumínio com água bem gelada e uns paninhos ao lado de Talita, e ouvi a estagiária pedir a Talita que de vez enquanto que colocasse uma toalhinha dessas na minha testa, e logo um outro estagiário veio colocando um termômetro digital embaixo do meu braço.

— Talita, com cuidado, coloque uma toalhinha na testa dela, antes de colocar molhe um pouco pra não correr riscos de ter um choque térmico, ok? — a doutora disse a Talita que concordou e fez como ela pediu.

Me ajeitei na cama e sentia uma dor horrível, como nunca senti antes.

— Camila, quando eu pedir você faz força, ok? — concordei com a cabeça — Vai, agora!

Fiz toda força que pudia, segurei nos ferros da cama e fazia força.

— Vai Camila, faz força!

— Eu tô fazendo, mas não tô conseguindo! — chorava.

— Eu sei que é difícil, mas a sua bolsa já estourou, não temos muito tempo, eu preciso que você se concentre e faça toda a força que puder, ok? — concordei com a cabeça, respirando, e fiz toda a força que tinha.

(...)

Quase quatro horas de trabalho de parto e nada.

Eu não aguentava mais, meu suor se misturavam com as minhas lágrimas e banhavam o meu corpo.

— Por favor... Vocês não podem fazer uma cesariana, me dar um remédio, eu não aguento mais!

— Eu não posso, Camila, infelizmente eu não posso! — via o pesar no olhar dos olhos doutora.

— Talita, eu não tô aguentando mais! — chorei ainda mais.

— Amiga, umas horas de dor pra uma vida inteira de amor... — ela também chorava — Por favor Cami, seja forte, por vocês dois.

— Vai Camila, faz mais força! — segurei na mão da Talita e fiz força, chegando a tirar minhas costas da cama.

— A temperatura dela está aumentando. — o estagiário que estava com o termômetro disse — Se continuar ela vai ter uma convulsão aqui, doutora Jane.

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