Capítulo 32

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Igor

Já era uma e pouca da tarde, minha mãe tinha ido a casa de uma tia minha, saiu bem de manhãzinha.

— Eu tô com fome, Igor.. — Camila reclamou mais uma vez

— Porra, tu é chata pra caralho em. — levantei da cama — Já falei pra tu ir lá fazer comida...

— Eu não vou mexer na sua cozinha. — ela me olhou — Sabe que mal mexo na geladeira.

— Então vai ficar com fome — me encarou — O que tu quer, Camila? — digo bufando

— Vamos comprar frango? — ela sorriu e veio até a mim

— Parece uma galinha, só sabe comer frango... — ela riu e colocou uma roupa — Vamos na padaria?

— Bora, vamos comprar açaí também? — concordei com a cabeça e peguei a carteira — Aproveita e pega a Isa também. — assenti.

Saimos de casa, dei a mão pra minha maluca e subimos até a padaria, esperei uns 15 min até o frango ficar pronto, nesse tempo a Camila já tinha comido uns cinco sonhos, pior que criança! Peguei uma coca, paguei tudo e peguei as bolsas, Camila levou o refrigerante e eu levei o frango.

— Vai comprar o açaí lá embaixo? — Camila perguntou e assenti.

Resolvi passar pelo beco da Brenda que ai a gente já pegava a Isa, ela se amarra em açaí também, Camila que viciou a menina.

Quando virei no beco fiquei puto, parceiro!

Minha filha tava sentada no meio fio, apenas de fralda, com o cabelo solto e de chupeta, brincando com uma priminha da Brenda que era a Fernanda. Caralho, que ódio! Brenda sabe que eu odeio minha filha toda esculachada no meio da rua.

Se minha mãe e eu não deixamos ela assim, a Brenda muito menos tem o direito de deixar!

— Oi Nandinha, tudo bem?

— Oi Igor — ela sorriu e Isa veio até a mim— Tudo sim.

— Cadê a Brenda? Porque a Isabela tá de fralda?

— Tá dormindo, ela disse que tá cansada.

— Vocês já comeram? — já estava puto

— Eu dei um danone pra Bela. — ela disse — Mas almoço ainda não

Meu sangue ferveu na hora!

— Igor, não faz besteira. — ela disse já me segurando.

— Camila, me solta, vai pra casa com a Isabela.

— Não, eu não vou! — disse alto — Vamos pra casa juntos.

— Me obedece, cara! Namoral mesmo! — falei e ela continuou ali, parada.

Eu não queria nem saber de nada, coloquei Isabela no colo da Fernanda e sai dali pisando fundo, logo ouvi os passos de Camila atrás de mim, mas nem liguei.

Abri o portão da Brenda e dei uma bicuda na porta fazendo ela escancarar, a desgraçada tava deitada no sofá, dormindo.

Puxei ela pelo cabelo, já dando um soco na costela da filha da puta. Acordou no susto!

— Que isso, Igor? Tá maluco?!

— Maluca tá voce, filha da puta! Minha filha sozinha no meio da rua e tu aqui dentro! Tempo de alguém pegar a garota! — dei outro soco e a empurrei na parede.

— Eu não sabia que ela estava lá fora! — ela disse, tentando se defender

— Saberia se tivesse acordada! — coloquei ela contra a parede e segurei seu pescoço — Eu já falei que a minha filha não é brinquedo, eu trato ela da melhor maneira possível, nunca deixei faltar nada, pra você tratar a garota assim! — fechei mais minha mão no seu pescoço — Tu sabe que a garota tá desfraldando? Sabe que ela não pode ficar com o pé no chão porque ela tá resfriada? Minha mãe não te avisou essas porra toda?

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