Capítulo 27

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Igor

Os olhos da Camila pareciam que ia saltar da cara. Ela ficou parada, me encarando sem fazer nenhum movimento.

— Você tá maluco? — ela disse, na mesma posição

— Por que?

— Igor, isso é muito sério... — ela se sentou na beirada da cama — Eu não sei, e se não der certo?

— Você pensa muito negativo, Camila. — me abaixei em sua frente — Você é importante pra mim, se você não fosse não chegaríamos onde chegamos. Se eu sentisse que você não fosse nada, eu não me daria esse trabalho...

Ela me olhou e suspirou..

— Isso é uma coisa que eu tenho que pensar...

— Eu sei que tem... Não precisa me responder agora. — ela me deu um abraço e o retribui, apertando ela.

(...)

Eu não sei qual foi a magia que a Camila usou, ela não me contou os detalhes de como fez a mãe deixar ela sair... Mas sei que ela vai..

23:45 e nada da Camila.

Isso porque a filha da puta começou a se arrumar as 21:30

Pego o telefone e ligo novamente pra ela.

Ela atende no segundo toque

— Como é que é, caralho? Isso não é um casamento não, Camila. — gritei ao telefone

— Mas tu é muito chato... — ela deu uma pausa — Sobe Igor, já vou pro portão.

Desliguei o telefone e peguei a chave da moto, dei um beijo na minha mãe e na Isa e meti o pé.

Parei com a moto na frente da casa dela e ela estava escorada na parede, assim que ela subiu na moto, sua mãe apareceu na janela e me encarou.

— Tu fez a tua escolha! — sua mãe gritou — Não vem chorando pra mim depois.

Camila deu um tapinha nas costas e pediu pra ir logo

— Que decisão é essa, Camila? — perguntei

— Não vamos falar sobre isso agora. — ela disse, eu concordei com a cabeça e dei partida com a moto.

Subimos o caminho todo em silêncio, cheguei na frente da quadra que era de costume e parei a moto, Camila desceu e logo depois desliguei a moto e coloquei a chave no bolso.

Era a primeira vez que eu e Camila íamos a algo juntos, tratei logo de segurar sua cintura e os olhares que já estavam na Camila se intensificaram.

Chegamos na mesa dos moleques e Nano, Smith, Deise estavam todos lá.. Incluindo o Léo.

Falei com todos e dei uma olhada de canto de olho e ele olhava a Camila, deixei pra lá, porque tinha acabado de chegar.

Logo peguei um balde de cerveja e coloquei na mesa da frente, peguei uma cerveja e abri.

— Vai beber? — Camila assentiu — Bebe devagar, sabe que se beber quando tiver puta o efeito é outro né? — ela assentiu e segurou o copo.

Como já chegamos tarde, a quadra já estava cheia. É muito difícil um evento aqui no morro, por mais pequeno que seja não bombar aqui no morro. O povo adora um som e uma cerveja, então sempre enche.

Eu sabia que aparecer com a Camila o povo ia olhar, mas não sabia que seria tanto assim.

O povo nem disfarçava, e eu sei que aquilo estava incomodando ela só do jeito que ela bebia a cerveja.

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