Capítulo 85

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Igor ✕ — Um mês depois

Estava tudo bem. Camila já estava melhor e apenas com gesso na perna, fazendo o que podia e o que não fazer. Eu não falo nada, ela falta me bater.

Hoje era domingo e o Smith tava fazendo um churrasco na casa dele, clima gostosinho, só família e amigos, tudo na paz.

Eu, Smith e Léo estávamos sentados na mesa, cada uma com suas donas né, Camila estava sentado no meu colo conversando com a minha mãe pelo telefone.

Essas duas tão de muito papinho, minha mãe anda saindo muito e procura a Camila como se tivesse quinze anos, já disse pra ela que se ela tiver com alguém, ela pode tirando o cavalinho da chuva.

— Vocês duas estão de muito papinho, em. — falei, bebendo um pouco da cerveja

— Larga de ser fofoqueiro. — ela disse, me olhando — Estamos falando sobre a festa da Isa.

— Sei... — ela riu — Minha mãe não está com ninguém não né, Camila?

— E eu vou saber? Pergunta pra ela ué. — ela riu

— Olha lá em, Camila.

— Ah pronto — ela bebeu um gole de cerveja do meu copo — Tu é filho em Igor, não é o dono da tua mãe.

— E daí? — ela riu — Tá achando que minha mãe é bagunça?

— Tenho pena é da sua mãe...

— Deveria mesmo! — ela riu, voltando a mexer no telefone.

— Bora pro pagode hoje? Vai ficar maneirinho. — Léo perguntou.

— Onde?

— No bar do João, na rua Zizi. Três latão por dez filho, já viu como vai ficar.

— Moleque, aquilo vai encher... — Smith disse.

— Vamos? — Camila me perguntou.

— Com esse pé? — neguei com a cabeça — Mal consegue andar sozinha.

— Aí Igor, para de ser chato! — ela murmurou — Por favor, amor.

— Pode parando de pedir as coisas com essa voizinha em, — ela riu — Vai ter que ficar sentada em.

— Tô com pé engessado, não morta.

— Vou lembrar disso quando me pedir pra pegar as coisas pra você! — ela riu, voltando a mexer no telefone.

(...)

— Não vejo a hora de tirar esse gesso, essa porra coça demais! — Camila disse, passando perfume.

— Tá pronta? — perguntei, ajeitando o boné e ela me olhou, maliciosa.

— Mas você tá tão gato... — ela disse, selando nossos lábios — Você com esse boné e uma cara de mau, é minha fantasia sexual. — gargalhei, essa garota é de outro mundo, cara.

— Então a gente pode ficar em casa... — colei nossos corpos, descendo a mão pelas costas dela — Podemos fazer uma brincadeirinha só nossa, com direito a boné e a cara de mau, o que me diz? — ela riu.

— Não podemos fazer depois que voltar?

— Você não tá vendo que não quero ir?

— Você deixa de ser chato, parece um velho.

— Tu nem com a perna quebrada se aquieta...

— Vamos logo, Igor, antes que você mude de ideia.

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