Capítulo 66

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Igor ✕ ( duas semanas depois)

— Vamos lá na rua com o pai? — Isabela concordou com a cabeça — Então calça o chinelo.

Coloquei a blusa e peguei a carteira, esperei a Isa colocar o chinelo.

— Mãe, tô indo lá no Léo com a Isa, quando voltar trago o refrigerante. — gritei e ela respondeu da cozinha.

Andei com a Isa até a casa do Léo que não era muito distante, Talita estava morando com ele agora, até que enfim o Léo tomou jeito.

Cheguei na casa dele e o gritei, logo ouvi um "entra"

Entrei e logo vi a Talita sentada no chão, brincando com um bebê, logo a Isa correu até o neném e falou nome dele.

— Thomás! — Isa deu um abraço nele, que riu.

Eu encarava a criança porque ele tinha uns traços familiares, eu conhecia aquele narizinho empinado, aqueles olhinhos... Só precisava lembrar de quem...

— Virou babá, Talita? — me aproximei, sentado no sofá.

— Que nada... — ela sorriu sem graça — Só fazendo um favor.

— É da mamãe Camila, papai. — na hora eu encarei a Talita que desviava o olhar.

— Relaxa, Talita... Fui eu quem pedi a Camila pra seguir com a vida dela.

— Então, você não tem o que reclamar né. — ela se levantou com o menino no colo, — o Léo já tá saindo do banheiro. Vem Isa, vamos brincar com ele lá no quarto. — então Talita e Isa entraram no quarto com o menino.

Não sei que graça toda é essa com a criança... E daí que é da Camila? Fiquei bolado, fiquei, porque poderia ser a minha filha ali, mas já passou, tenho que superar.

Mas o garoto é bonito pra caralho, e aparenta ser saudável, é isso que importa. Ele é a cara da Camila, ainda bem que não parece com aquele Zé ruela.

O Léo saiu do quarto e sentou no sofá me encarando.

— Que que foi?

— Tu tá bem?

— Porque não estaria? Eu em. Talita fez uma graça por conta do garoto. E daí que é da Camila?

— E daí? Vai falar que tu não se importa?

— Qualquer um no meu lugar se importaria né cara, mas fazer o que? Vida que segue.

— Eu quero vê até onde que a tua paz vai... — ele riu — Quer uma loira?

— Porra, eu ia recusar porque ia comprar um refrigerante pra mim mãe, mas beber uma loirinha é rápido, né.

Ele riu, e pegou uma Brahma.

— Isso aqui é do churrasco que teve lá em casa né, putão. — ele riu.

— Tua mãe que deu pra Talita, filho. — eu ri.

(...)

Tinha chamado a Isa pra ir embora mas ela estava comendo Danone com o menino. Eles estavam sentados na sala, e o menino caminhou desengonçado até a mim.

— Quantos anos ele tem? — perguntei pro Léo que estava no outro sofá.

— Sei lá, acho que um ano e pouco. — disse olhando pra televisão.

Coloquei o menino sentado na minha perna e logo ele pegou meu cordão.

— Não, na boca não pode. — tirei meu cordão da mão dele e vi um sinal que ele tinha.

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