Capítulo 57

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Capítulo 57

Domingo// 01:47am

- Bianca Müller

Tudo o que eu menos precisava hoje era de mais um homem perto de mim. Embora Ryan ainda não esteja fazendo nada demais, eu não queria conversar com mais ninguém naquela noite.

Tudo o que eu queria era a minha cama, um pote de sorvete e o meu celular.

- Não esperava te encontrar aqui. - Sorrio, me apoiando na parede e observando o moreno segurar uma garrafa de cerveja.

- Ah, eu dei uma folga e resolvi vir beber um pouco para relaxar. - Deu de ombros, sorrindo descontraído. - Eu que não esperava te encontrar aqui em horário de serviço. - Mandou uma piscadela e eu soltei uma risadinha quando ele aponta para Tristan que continuava distraído com a ex de Dylan.

- Você não tem noção da dor de cabeça que ele está me dando! - Reclamo e ele ri.

- Por que não deixa ele aí? Dando dor de cabeça pra outra? - Sorriu malicioso. - A gente pode ir conversar lá fora. Vamos ter mais privacidade.

Solto um risinho e encosto minha cabeça na parede, me lembrando de quando ele deu em cima de mim no dia que foi entregar meu açaí. Mordi o lábio inferior e olhei para Tristan na pista de dança, revirando os olhos quando vejo que ele já estava em outro canto, beijando outra garota.

"Você não pode ficar parada a noite toda por causa dele, Bianca! Vai se divertir e deixa ele aí! Tristan não é uma criança, ele não vai se perder dentro de uma festa e além do mais... está bem acompanhado!", diz o meu subconsciente.

Volto a encarar Ryan e ele estava olhando para a pista, parecendo perdido nos seus pensamentos.

Ah, que se dane! Não vou deixar de aproveitar a festa com um gato desses por causa do Tristan...

- Quantos anos você tem, Ryan? - Pergunto e os olhos dele focam em mim.

- Adivinha. - Sorriu e eu olho para o chão pensativa.

- Dezoito anos? - sugiro e ele balança a cabeça rindo.

- Um pouquinho mais.

- Não gosto desse papo de um pouquinho mais. - Comento desconfiada e ele ri mais uma vez.

- Sobe só mais um pouco. - Pede.

- Vinte? - Tento novamente.

- Um pouquinho mais. Tá quase.

- Vinte e três?

- Menos.

- Vinte e dois? - Abro um sorriso animado  por saber que estava chegando perto.

- Isso aí. - Sorriu ladino. - Mas e você? Tem dezesseis, não é? - pergunta e eu balanço a cabeça confirmando. - Hum, bem nova. - Sussurrou em tom de malícia, descendo o olhar pelo meu corpo.

- Eu pareço ter mais que dezesseis anos?

- Quando te vi achei que sim. - Confessou e eu arregalei os olhos surpresa. - Você é a maior gata. Não imaginava que teria essa idade. - deu de ombros.

Tento conter mais um sorriso e coço o meu nariz, me sentindo um pouco envergonhada pela sua confissão.

— Eu vou considerar isso um elogio. - Respondo, passando as mãos pelo meu cabelo. - Obrigada.

— Você poderia me agradecer de outra forma. - Disse se aproximando um pouco e fazendo meu coração acelerar.

- De outra forma? - Sorrio e ele confirma. - Então, quer dizer que a minha idade não vai atrapalhar essa outra forma de agradecimento? - resolvo me aproximar também.

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