Capítulo 13

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Capítulo 13

Sábado
21:45h

- Alice Tyler

Mãos geladas e borboletas na minha barriga. Essa era a sensação da noite. Essa era a sensação de ter o rosto de Christian tão perto do meu. Eu nunca tinha conversado tanto tempo com ele e muito menos tão próximo dele.

Depois que nos encontramos, não paramos de conversar. Apesar de estar muito nervosa, ele também me deixava confortável e relaxada.

A única parte ruim de tudo isso era a ansiedade que eu sentia. A necessidade de saber o que ele ia falar depois e depois de novo. E também, eu sabia que uma hora esse momento ia chegar ao fim. Isso era um pensamento ainda pior.

- Por que as garotas demoram tanto pra tomar uma atitude? - Ele questiona, passando a língua pelos lábios.

Eu pressiono os lábios, não tendo certeza da resposta. Pelo menos da minha parte, sempre foi insegurança.

- Timidez?

Não entendendo o motivo do sorriso dele, mas acabo sorrindo também. Ele agarra a minha mão, fazendo minha pele esquentar. Christian começa a me puxar para algum lugar e eu acompanho apesar do nervosismo.

Ele estava me levando para o jardim. Tento me manter tranquila quando vejo aquela quantidade de adolescentes dançando e batendo papo, e entre outras coisas.

Mas para o meu alívio, Christian não parou perto de nenhum deles. Ele me puxou para um canto mais afastado e mais vazio do jardim.

- Pronto. Só eu e você agora. Timidez pra quê?

Ele se aproxima, e eu seguro na barra do meu vestido e controlo a minha respiração quando ele encosta sua testa na minha.

- Acho sua timidez fofa, mas não acha que já me fez esperar por muito tempo, Alice? - Ele sussurrou e eu senti minhas bochechas ficarem rubras. - Não vai me fazer esperar mais aqui, não é? - Perguntou, aproximando seus lábios dos meus.

Naquele instante, tudo se perdeu dentro de mim. Perdida, completamente perdida. Aquele toque dos lábios do Christian ecoava intensamente em cada parte do meu ser.

Meu mundo tremia, embora o beijo dele transmitisse uma calma singular. Seus lábios, suaves e quentes, eram como eu havia imaginado. Sentia suas mãos na minha cintura, um convite suave para me aproximar mais. Instintivamente, levei minhas mãos ao seu rosto, afundando os dedos nos seus cachos castanhos, entregando-me por completo àquele momento avassalador.

E quando a falta de ar chegou, ele se separou e me olhou com um sorriso nos lábios. Eu estava morrendo de vergonha por não saber o que fazer ou o que dizer.

- Acho que agora eu posso ir dançar com você. - Ele diz.

- Então, quer dizer que você não aceitou dançar, por que antes queria me beijar? - Perguntei e ele balançou a cabeça, assentindo e eu ri.

- Era um tudo ou nada ali. E eu não queria perder a primeira oportunidade que apareceu de te beijar. - Sorriu.

- A primeira? - levantei uma sobrancelha.

- Você sempre evitou ficar sozinha comigo. - Deu de ombros e eu arregalei os olhos.

Ele sempre percebeu isso!
Que vontade de me jogar num buraco!

- E toda vez que ficávamos sozinhos, alguém chegava e você mudava tudo o que estávamos conversando. - Ele se encolheu. - Eu não sabia se eu que estava fazendo algo de errado ou... - Ele começa a desviar o olhar de um jeito preocupado.

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