•°•°• Capítulo 48 •°•°•

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ㅡ Certo! Então eu faço a pipoca e pego o refrigerante enquanto você escolhe o filme, pode ser assim?

Ela se sentia extremamente desconfortável e constrangida com o que havia acontecido a pouco, mas Adrien parecia estar disposto a fingir que aquele momento nunca existiu, e por mais que ela quisesse se trancar no quarto e chorar até o dia seguinte, não queria que ficasse um clima ruim, não agora que eles estavam começando a se aproximar. Então ela decidiu ao menos tentar, assim como ele, agir naturalmente.

ㅡ Claro, pode sim. ㅡ Adrien se afastou, indo até a cozinha enquanto Marinette pegava o controle e voltava a se sentar no sofá.

Momentos depois ela foi até a cozinha.

ㅡ Precisa de ajuda? ㅡ Perguntou se aproximando dele.

ㅡ Não, está tudo sob controle. Já escolheu o filme?

ㅡ Já sim.

ㅡ E qual vai ser? ㅡ Ela sorriu.

ㅡ Ah não! Ainda dá tempo de me arrepender de deixar você escolher?

ㅡ Se arrepender por quê? Você nem sabe qual é.

ㅡ Estou até com medo de descobrir.

ㅡ Eu posso te surpreender. ㅡ Ela disse pegando os copos no armário e os deixando no balcão antes de ir até a geladeira.

ㅡ Sem ofensa, mas você parece totalmente previsível. Prefere que eu coloque separado ou vamos dividir? ㅡ Ele se referia a pipoca enquanto a colocava em um balde.

ㅡ Não me importo em dividir, mas você decide. Enfim, então qual é o seu palpite?

ㅡ Acho que você combina com algo na vibe de a cinco passos de você, a culpa é das estrelas, por lugares incríveis ou talvez aqueles romances adolescentes como, para todos os garotos que já amei, barraca do beijo, essas coisas bem melosas.

ㅡ Tá, devo admitir que você é bom, mas o que me surpreende é você conhecer esses filmes. Então o Agreste gosta de romances com fins trágicos?

ㅡ Isso você nunca vai saber. ㅡ Ele riu, pegando o balde de pipoca, caminhando na frente dela, que o acompanhava com os copos de refrigerante até a sala.
ㅡ Espera! Homem aranha? Tá de brincadeira. ㅡ Ele a encarou surpreso.

ㅡ Você não gosta?

ㅡ É claro que gosto, ainda não tinha assistido.

ㅡ Viu, eu disse, ainda me acha previsível?

ㅡ Tá, dessa vez você me surpreendeu. ㅡ Ela riu se sentando no sofá e ele fez o mesmo em seguida.

Logo no começo do filme, ele podia perceber que ela estava desconfortável, ela quase não falava e também evitava o contato visual. Então ele pegou o controle, pausando o filme.

ㅡ Mari?

ㅡ Hm? ㅡ Ela disse sem tirar os olhos da tela.

ㅡ Olha, está tudo bem se você não quiser assistir. ㅡ Ela abaixou a cabeça, apoiando as mãos nos joelhos.

ㅡ Eu tô tentando, é que... Eu ainda estou com muita vergonha, não sou boa em disfarçar essas coisas.

ㅡ Pensei que você estivesse mais calma. Estava conversando comigo na cozinha.

ㅡ Sim, mas agora você está do meu lado e estamos... No sofá.

ㅡ Quer subir para o meu quarto? Podemos assistir lá se quiser.

ㅡ Imagino que isso seria ainda mais estranho. Você não acha?

ㅡ Para ser sincero, não. Eu sou muito tranquilo com essas coisas, não sou de ver maldade em tudo. ㅡ Mesmo que eu tenha sonhado que estavamos transando na minha cama, mas não é uma boa hora para compartilhar. Já falei besteira demais para ela hoje.

O valor de um segredo.Onde histórias criam vida. Descubra agora