ㅡ Certo! Então eu faço a pipoca e pego o refrigerante enquanto você escolhe o filme, pode ser assim?
Ela se sentia extremamente desconfortável e constrangida com o que havia acontecido a pouco, mas Adrien parecia estar disposto a fingir que aquele momento nunca existiu, e por mais que ela quisesse se trancar no quarto e chorar até o dia seguinte, não queria que ficasse um clima ruim, não agora que eles estavam começando a se aproximar. Então ela decidiu ao menos tentar, assim como ele, agir naturalmente.
ㅡ Claro, pode sim. ㅡ Adrien se afastou, indo até a cozinha enquanto Marinette pegava o controle e voltava a se sentar no sofá.
Momentos depois ela foi até a cozinha.
ㅡ Precisa de ajuda? ㅡ Perguntou se aproximando dele.
ㅡ Não, está tudo sob controle. Já escolheu o filme?
ㅡ Já sim.
ㅡ E qual vai ser? ㅡ Ela sorriu.
ㅡ Ah não! Ainda dá tempo de me arrepender de deixar você escolher?
ㅡ Se arrepender por quê? Você nem sabe qual é.
ㅡ Estou até com medo de descobrir.
ㅡ Eu posso te surpreender. ㅡ Ela disse pegando os copos no armário e os deixando no balcão antes de ir até a geladeira.
ㅡ Sem ofensa, mas você parece totalmente previsível. Prefere que eu coloque separado ou vamos dividir? ㅡ Ele se referia a pipoca enquanto a colocava em um balde.
ㅡ Não me importo em dividir, mas você decide. Enfim, então qual é o seu palpite?
ㅡ Acho que você combina com algo na vibe de a cinco passos de você, a culpa é das estrelas, por lugares incríveis ou talvez aqueles romances adolescentes como, para todos os garotos que já amei, barraca do beijo, essas coisas bem melosas.
ㅡ Tá, devo admitir que você é bom, mas o que me surpreende é você conhecer esses filmes. Então o Agreste gosta de romances com fins trágicos?
ㅡ Isso você nunca vai saber. ㅡ Ele riu, pegando o balde de pipoca, caminhando na frente dela, que o acompanhava com os copos de refrigerante até a sala.
ㅡ Espera! Homem aranha? Tá de brincadeira. ㅡ Ele a encarou surpreso.ㅡ Você não gosta?
ㅡ É claro que gosto, ainda não tinha assistido.
ㅡ Viu, eu disse, ainda me acha previsível?
ㅡ Tá, dessa vez você me surpreendeu. ㅡ Ela riu se sentando no sofá e ele fez o mesmo em seguida.
Logo no começo do filme, ele podia perceber que ela estava desconfortável, ela quase não falava e também evitava o contato visual. Então ele pegou o controle, pausando o filme.
ㅡ Mari?
ㅡ Hm? ㅡ Ela disse sem tirar os olhos da tela.
ㅡ Olha, está tudo bem se você não quiser assistir. ㅡ Ela abaixou a cabeça, apoiando as mãos nos joelhos.
ㅡ Eu tô tentando, é que... Eu ainda estou com muita vergonha, não sou boa em disfarçar essas coisas.
ㅡ Pensei que você estivesse mais calma. Estava conversando comigo na cozinha.
ㅡ Sim, mas agora você está do meu lado e estamos... No sofá.
ㅡ Quer subir para o meu quarto? Podemos assistir lá se quiser.
ㅡ Imagino que isso seria ainda mais estranho. Você não acha?
ㅡ Para ser sincero, não. Eu sou muito tranquilo com essas coisas, não sou de ver maldade em tudo. ㅡ Mesmo que eu tenha sonhado que estavamos transando na minha cama, mas não é uma boa hora para compartilhar. Já falei besteira demais para ela hoje.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O valor de um segredo.
FanfictionApós a morte do marido, Sabine se vê perdida, afogada em dívidas e preocupações, um amigo próximo decide ajudar, até as coisas ficarem confusas. Agora com um problema ainda maior, a mulher se vê novamente desamparada e pressionada a esconder a verd...