•°•°• Capítulo 110 •°•°•

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— Mãe...

— Tudo bem.

— Calma... Eu só...

— Adrien, por favor. — Emilie suspirou pesadamente. — Apenas me deixe sozinha, eu preciso de um tempo... Por favor...

— Eu não posso deixar você assim.

— Adrien! — Sua voz estava alterada. — Me deixa sozinha, por favor.

— Tá... Me desculpa. — Sentiu seu coração se despedaçar pela reação da mãe, mas não havia nada que pudesse fazer, então apenas a deixou ali como a mesma havia pedido. Instantes depois correu o mais rápido que pôde, causando estranheza nos funcionários que já estavam indo para casa, mas ele não se importava, tinha algo mais importante para resolver.

— Marinette? — Alya se aproximou, tocando o ombro da amiga que a encarou com os olhos marejados em lágrimas e a boca entreaberta.

— Ela mentiu para mim de novo... — Sussurou. — Por quê? O que ela ganha com isso? — Entregando o papel agora aberto, para a amiga, pode ver o mesmo espanto no rosto dela.

— Como assim? Deu negativo? Então você não... Meu Deus, Mari!

Marinette se afastou aos poucos, caminhando até seu quarto, onde pegou o celular nervosa, chorava desesperadamente, precisava de respostas e dessa vez, a mãe não iria escapar. Ligou para a mãe e a cada chamada mais frustrada ela ficava.

— Oi amor.

— Onde ela está? — Estava furiosa, o pai percebeu pelo tom de sua voz.

— Marinette? O que houve?

— Chama a minha mãe, agora!

— Tá, mas... Só um minuto... — Marinette aguardou, podia ouvir o homem chamar por Sabine e a mãe não demorou a atender.

— Oi, aconteceu alguma coisa?

Marinette riu de forma cínica. — Aconteceu, mãe... O que aconteceu, foi que o maldito teste de DNA deu negativo, o que significa que o Gabriel NÃO é o meu pai. Pode me explicar isso?

Sabine congelou no mesmo instante, ela não sabia sobre o teste, a filha não havia a avisado, e nem tinha o por que, já que supostamente, todos sabiam qual seria o resultado.

— Você fez... Por que? Por que foi atrás disso depois de tanto tempo? Mari-

— ME RESPONDE! — Alya ouvia os gritos do corredor, mas sabia que não devia se meter, era algo entre elas, algo que deveria ser resolvido ali, sem intromissões.

— Filha, eu posso explicar.

— Ótimo... É exatamente o que eu quero.

Ela podia ouvir a mãe chorar do outro lado da linha, o que não a comovia nem um pouco, muito pelo contrário estava a irritando ainda mais.

— Eu não menti! Eu nunca mentiria sobre isso.

— Está longe de ser verdade, está me dizendo que o resultado foi alterado?

— Não... Não exatamente.

— Então me diz! — Marinette não conseguia se conter, quanto mais chorava, mais nervosa ficava.

— Eu não sabia, quero dizer... Não tinha certeza...

— Como não? Você não sabe com quem se deita?

— Não diga coisas assim, como se eu fosse uma vadia! Eu ainda sou sua mãe.

— Claro, eu sinto muito, o pai é quem não sabemos quem é! — Ela aumentava o tom de voz cada vez mais.

O valor de um segredo.Onde histórias criam vida. Descubra agora