•°•°• Capítulo 117 •°•°•

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Alya e Nino decidiram não se meter, ao voltar para casa foram direto para o quarto deixando que Marinette pensasse nas coisas em paz, sabiam que ela estava sobrecarregada e não queriam pressiona-la ou fazê-la falar sobre.

Na manhã seguinte, todos estavam novamente apreensivos, era o dia que Sabine partiria. Se dependesse da mulher, ficaria por mais tempo com sua filha, mas vendo que Marinette praticamente implorou para que ela fosse embora, já que teria que corrigir todas as "merdas" que a mãe fez, mesmo contra sua vontade, decidiu ir. Seu marido também havia colocado uma pressão enorme o suficiente para que ela se culpasse por ir até lá piorar as coisas.

Já no aeroporto, as duas caminhavam lado a lado, nenhuma havia dito nenhuma palavra ainda e se mantiveram assim até poucos minutos antes do embarque.

— Você me odeia? — Sabine perguntou olhando para o enorme painel, antes de se sentar, observando a filha fazer o mesmo, ficando ainda mais próxima.

— Não, mas estou decepcionada.

— Já tem muito tempo.

— Eu sei, por isso estou tentando superar logo, de qualquer forma, você bagunçou ainda mais as coisas vindo até aqui.

— Eu não me importo nem um pouco se irritei o Adrien, ou chateei a Emilie. Eu vim até aqui por você, é você quem eu amo e com quem eu me importo.

— Eu queria que fosse diferente... Teríamos nos dado tão bem. Eu fico imaginando, como seria incrível se não tivesse acontecido tudo isso. Os Agreste juntos, vocês se reencontrando depois de tanto tempo. O Adrien ia amar ter te conhecido em outra situação... Seria tudo tão bom, estaríamos todos tão felizes.

— É... Algumas coisas simplesmente nunca vão acontecer.

— Pois é...

— Tem certeza que escolhe ele? Você vai escolher o Adrien e me deixar ir?

— Eu não escolhi ninguém, nem ele, nem você. Eu escolhi a mim mesma. Vou adorar te receber na minha casa, mas depois que tudo isso acabar. Preciso colocar a cabeça no lugar e ver como corrigir as coisas.

— Entendo... — O aviso de última chamada soou alto e Sabine logo se levantou. — Nesse caso. Eu vou indo. — Disse ficando de pé em frente a filha.

— Tudo bem, nos vemos em breve. — Marinette se levantou, abraçando a mãe. — Eu te amo... Sinto muito por tudo o que aconteceu. — Sentia seus olhos marejarem.

— Você não teve culpa, minha pequena. — Retribuindo o abraço, logo acariciou os cabelos da filha. — Espero que seja feliz e me perdoe.

— Eu vou, pode ter certeza. Estou no meio do processo. — Se afastando um pouco, observou a mãe brevemente com um sorriso sutil no rosto. — Eu te amo, muito mesmo.

— Eu sei... Eu também te amo. — Disse antes de se afastar e caminhar até que sumisse completamente da vista da garota.

Marinette sentiu um aperto enorme no peito, então pegou o celular, pensando bem no que estava prestes a fazer, sua cabeça gritava para que não fizesse, mas o coração parecia não querer obedecer, não era hora de ser racional. Desbloqueando a tela, foi diretamente para os contatos, pensou mais um pouco, e por fim, se rendeu. Tocou sobre o nome e aguardou a chamada ser atendida.

— Oi.

— Adrien... Eu preciso muito de você.

— O que houve? Você está bem? — A preocupação era perceptível no tom de voz.

— Não, não estou... Por favor, você pode vir me buscar?

— Certo. Me manda sua localização, já estou indo!

O valor de um segredo.Onde histórias criam vida. Descubra agora