O valor de um segredo.

•°•°• Capítulo 120 •°•°•

Os dias seguintes não estavam sendo tão bons como havia sido ao lado de Marinette, Adrien se preparava para outro reencontro importante, mas dessa vez, com Gabriel. Desde quando o pai o pediu para que almoçassem juntos, o loiro andava um tanto inquieto. Era um misto de saudade, raiva, tristeza e preocupação. Emilie recusou imediatamente o convite, deixando que o filho fosse sozinho, se fosse sua vontade. Adrien aceitou, queria que tudo voltasse a ser como antes e o primeiro passo, seria ver seu pai.

Agora, sentado no banco de trás do carro, ele olhava para a tela do celular enquanto digitava a resposta para sua amada, aguardando que seu pai confirmasse que havia chegado. Ele poderia esperar dentro do restaurante, mas estava nervoso, queria entrar só quando fosse a hora certa, não sabia se conseguiria disfarçar, então preferiu aguardar ali mesmo.

Estou me sentindo estranho...

Você pode ir para casa, caso não se sinta bem, ele vai entender.

Eu não posso fugir disso para sempre, amor... Eu tenho que resolver.

Não estou dizendo para fugir, Adrien. Talvez você só precise de mais tempo.

Acho que já esperei tempo demais.

Tudo bem, faça o que achar melhor. Se precisar, estarei aqui, tudo bem? Mas lembre-se de que pode ir embora a qualquer momento. Pense no seu bem estar primeiramente.

Tudo bem, obrigado, princesa. Ele está chegando. Nos falamos assim que eu sair.

Tudo bem, meu amor. Até logo, boa sorte! Amo você.

Eu também te amo.

Voltando a bloquear a tela do celular, Adrien abriu a porta, saindo do carro enquanto respirava pesadamente, havia acabado de ler pelas notificações, que Gabriel já estava ali. Então caminhou devagar para dentro do restaurante, não sabia como seria revê-lo. A última vez que teve contato com seu pai, foi no dia do acidente e mesmo assim, não se falaram muito, já que ele passou a maior parte do tempo dormindo enquanto o mesmo estava lá.

Após caminhar um pouco, já podia ver a fachada do restaurante e alguma pessoas lá dentro pelas grandes janelas. Ao passar pela porta, não demorou até encontrar Gabriel, que estava de costas já sentado a mesa reservada por eles.

Adrien então se próximou em silêncio, parando de frente para o pai, que rapidamente se levantou com um sorriso enorme no rosto, fazendo menção em caminhar na direção do filho, Gabriel logo parou, fechando um pouco o sorriso, ao ver que Adrien parecia incomodado, então voltou a se sentar. Não queria causar um clima ruim, então esperaria o momento certo para abraça-lo. Adrien se sentou logo depois, olhando fixamente para o pai enquanto mantinha a mão sobre o joelho, seu corpo estava rígido, se sentia irritado, mas estava com saudade. Odiava aquela confusão de sentimentos, aquela luta entre eles, decidindo qual deveria estar no comando.

— É bom te ver, Adrien. Estou realmente feliz que tenha aceitado o meu convite.

— É bom te ver também. — Se mantiveram em silêncio por alguns instantes.

— Como está o seu braço? — Adrien desviou o olhar para o braço quebrado, antes de voltar a atenção para o pai.

— Está bem, logo estará totalmente recuperado.