•°•°• Capítulo 125 •°•°•

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Adrien se segurava para não rir durante o trajeto, estava feliz, mas também não conseguia evitar de achar engraçado e extremamente sexy as besteiras que Marinette dizia na cama. Era incrível como ela havia mudado desde a primeira vez que tiveram relação. Será que o "problema" era ele?

— O que foi? — A voz dela chamou a atenção dele.

— O quê? — A olhou brevemente, antes de voltar a atenção para a direção.

— Está com cara de bobo. No que está pensando?

— Em você.

— Oun, que fofo. — Ela sorriu, fazendo uma leve carícia no rosto dele.

— Na verdade... Não muito. — Riu baixo, a deixando curiosa.

— Como assim?

— Estava pensando em quão safada você se tornou, você era tão princesa quando começamos a nos relacionar, você era mais tímida.

Marinette pareceu um pouco desconfortável com o comentário. — E isso é um problema?

— Não, de forma alguma. Não estou reclamando, é apenas uma observação. Eu gosto quando você diz besteiras ou faz coisas inesperadas. Me deixa mais excitado.

— Acho que eu não era tão tímida assim.

— Não, você não era. Mas está bem menos agora. Minha safada, gostosa. — Ela sorriu desviando o olhar um pouco envergonhada.

— Você que me estraga.

— A culpa é sempre minha.

— Que bom que você sabe. — Tentou conter o sorriso, ela amava esse jeito "cretino" dele, não tinha do que reclamar.

— Então quero ver se eu me tornar um soca fofo-

— Soca fofo? O que é isso?

Adrien riu. — Ah... É um cara que faz amor com carinho, devagar, com calma, gentileza, essas coisas. Bem romântico.

— Hmm... Mas isso não é ruim, é ótimo fazer amor com carinho.

— Então quer que eu pare de bater na sua bunda, puxar seu cabelo e falar palavrões? — Ele arqueou uma das sobrancelhas.

— Eu não disse isso! Só disse que não é ruim, as vezes é bom. Mas não troco sua brutalidade, mesmo que seja interessante variar.

— Eu não sou bruto. — Ele a encarou logo após pararem no semáforo. Ficou surpreso ao ver que ela o encara incrédula. — Não sou!

— É um pouco.

— Eu nem te bato de verdade.

— Que bom, né?! Isso seria agressão. Mas você me fode intensamente, manda ver, me faz gritar.

— Te deixo exausta e com as pernas bambas, pergunta se um soca fofo faz isso? — Ela acabou rindo, negando com a cabeça. — Mas eu vou tentar ser mais romântico. Tudo bem?

Ela o olhou no fundo dos olhos. — Você é romântico, Adrien. Você é perfeito. É carinhoso, gentil, companheiro e completamente apaixonado por mim, o fato de você ser um cretino na cama, me foder até eu não aguentar mais, não é um ponto negativo. Eu gosto disso, um príncipe na vida e um pervertido na cama. Não tem como ser melhor. Eu te amo do jeitinho que você é, não mudaria absolutamente nada.

— Você quer casar comigo?

— Não.

— Quê?! — A expressão surpresa chegou a ser engraçada, no ponto de vista dela.

— Não, eu não quero.

— Nossa, amor. Pra que isso? — Ele estava um tanto desapontado, mesmo que tivesse dito em tom de brincadeira.

A buzina do carro de trás chamou a atenção de ambos e Adrien logo acelerou, voltando a atenção para sua frente.

— Você está falando serio? — Ela percebeu que o tom de voz dele havia mudado.

— Ficou chateado? — Dessa vez ela não sorria, estava um pouco preocupada.

— Não.

— Adrien... — Insistiu, se aproximando um pouco dele. — Não mente para mim.

— Eu não fiquei. — Respondeu sem encara-la. — Eu só pensei que... Você também pensasse na gente dessa forma. Eu penso em me casar com você um dia, sei que é um pouco precipitado, mas...

— Eu também penso, mas não agora. Vamos devagar, um passo de cada vez. Temos tanto para viver ainda. Quando for a hora certa, pensamos nisso.

— Você tem razão. — Ele sorriu levemente, antes de estacionar o carro em frente ao condomínio que Alya morava. — Eu preciso ir, tudo bem se eu não subir com você?

— Sem problemas, meu amor. Também tenho muita coisa para fazer. — Soltando o cinto, ela se aproximou, e ele fez o mesmo antes de puxa-la pela nuca para que pudesse beija-la mais uma vez.

— Eu te amo.

— Eu também te amo, meu amor. — Ambos sorriram e ele observou ela sair do carro. — Até logo, gatinho...

— Até, minha princesa...

Adrien seguiu o restante do caminho sozinho até em casa, estava cansado, só queria ficar deitado assistindo um bom filme.

Logo que chegou estacionou o carro e ao sair dele, fechando a porta em seguida. Caminhou em direção a entrada de casa, estava satisfeito, o dia havia sido ainda melhor que o planejado. Mas logo sua expressão alegre deu lugar a um olhar curioso.

— Onde você vai? — Emelie se virou, observando o filho parado na porta enquanto observava ela pegar a bolsa.

— Tenho coisas para resolver.

— Quais coisas? — Perguntou ao fechar a porta atrás de si, a mãe então cruzou os braços.

— A mãe aqui sou eu, você me deve satisfações, não o contrário.

— Nossa, que estúpida. Você já foi mais carinhosa, viu. Eu só estou curioso. — Emilie não se aguentou e acabou rindo, caminhando em direção ao filho emburrado, onde o acolheu nos braços em um abraço materno caloroso.

— Desculpa, meu amor. Eu só estava brincando. — Se afastou o suficiente para encara-lo e arrumar os cabelos dele. — Está com cheiro de banho recém tomado, o que andou aprontando para tomar banho fora de casa? — Adrien sentiu o rosto corar, nada passava despercebido por sua mãe. — Nem precisa responder, suas bochechas vermelhas já me entregaram a resposta. Adrien... Adrien... Tenha juízo e se comporte, mas respondendo a sua pergunta, vou fazer algo que você me pede a tempos.

— O quê? — Tentou agir naturalmente diante do constrangimento.

— Vou me encontrar com seu pai. Muito contra a minha vontade, mas todos acham que nós devemos conversar... Por mim, tudo se resolveria na justiça, mas vou dar uma chance.

Adrien arregalou os olhos com a informação, definitivamente não esperava por essa resposta. — É sério?

— Sim, mas não crie expectativas. Não é nada demais. Eu e seu pai não existimos mais juntos. Ok?

— Ok... — Ele desviou o olhar, estava preocupado.

Emilie como sempre, sorriu amigavelmente. — Até logo, meu amor. — Beijou a testa do filho antes de se afastar. — Tem lanche pronto na cozinha, come, você deve precisar repor as energias... — Riu enquanto caminhava até a porta, Adrien apenas a observou sério, vendo sua mãe sumir de vista ao fechar a porta.

O valor de um segredo.Onde histórias criam vida. Descubra agora