O valor de um segredo.

•°•°• Capítulo 142 •°•°•

Quando Adrien terminou, foi até a sala chamar Marinette para jantar, e não ficou surpreso ao vê-la cochilando no sofá, sabia que estava cansada, mas ela precisava se alimentar. Então se aproximou devagar para não assusta-la e começou a beijar todo seu rosto enquanto fazia carícias sutis em seu ombro, se afastando um pouco para que pudesse sussurrar próximo ao seu ouvido.

— Vamos acordar, bela adormecida, o banquete está servido. Poderia me dar a honra da sua companhia à mesa?!

Marinette sorriu ainda de olhos fechados, se espreguiçando.

— Desculpa, eu peguei no sono de novo.

— Tudo bem, mas precisamos falar sobre isso ainda hoje. Tá bom?

— Uhum. — Respondeu preguiçosa.

— Vem, vamos comer. Depois conversamos.

Marinette se levantou com a ajuda dele, sendo colocada a frente do corpo do loiro para que caminhassem abraçados até a cozinha.

— O que tem para o jantar?

— Fiz Magret de Canard, porque sei que você amou aquele dia no restaurante.

— Sim, nossa, é uma delícia. Tenho certeza que o seu é ainda melhor.

— Obrigado, eu espero que sim, mas ainda não acabou, também fiz Ratatouille, uma opção mais leve e também saborosa.

— Hm... Desculpa a minha ignorância, mas Ratatouille não seria rato assado, ou algo do tipo, não é?! — Adrien não conteve uma gargalhada, parando de caminhar para recuperar o fôlego.

— Rato? De onde tirou isso? Claro que não, amor. São legumes assados com molho.

— Ah, claro. É que o único Ratatouille que eu conheço, é aquele rato cozinheiro.

— Isso não é uma animação?

— Sim, um clássico.

— Sei, mas enfim, não, você não vai comer rato, inclusive o nome do filme foi inspirado no prato, mas o rato se chama Remy.

— Olha só, parece que eu não fui a única a ver esse filme. E para beber, o que temos?

— Vinho, claramente o meu favorito.

— Pommard Les Cras.

— O próprio! Então... — Adrien puxou a cadeira para que ela pudesse se sentar. Começando a servi-la em seguida, se sentou de frente para Marinette logo depois, se servindo também enquanto observava ela apreciar o vinho que ele escolheu com carinho para aquela ocasião.

— Você sempre me surpreende. — Marinette pegou a mão dele sobre a mesa. — Obrigada por estar aqui cuidando de mim, e me desculpa por estar tão cansada. Sei que não te dei muita atenção nos últimos dias. .

— Tudo bem, meu amor. Inclusive temos que conversar sobre essa sua jornada dupla.

Marinette suspirou pesadamente, enquanto pegava os talheres e começava a comer. — Eu sei o que vai dizer, mas eu não acho uma boa ideia.

— E você privar seu sono, estar sempre esgotada, exausta e estressada, é uma boa ideia? — Rebateu dando a primeira garfada no jantar sem encara-la.

— Não, mas eu estou fazendo o que posso para alcançar meus objetivos.

— Não acha que está se esforçando demais? Eu já disse que posso te dar suporte e-

— Não, Adrien. — O tom de voz alterado fez com que ele a olhasse. — Eu não quero isso, eu não quero que você pense que só porque vamos nos casar, eu vou viver as suas custas. Eu não vou sair do meu trabalho para você me sustentar. Eu não preciso disso, estou me esforçando justamente para ser independente.