•°•°• Capítulo 151 •°•°•

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Na manhã seguinte, como já era de se esperar, foi uma choradeira sem fim. Beijos e abraçados que não acabavam mais.

Adrien assistia aquela cena, Sabine, Miyamura e Marinette se revezavam para ver quem sofria mais com a despedida, em certo momento a mestiça chegou a comentar que queria que os pais ficassem por mais tempo, o que faz Adrien arquear uma das sobrancelhas torcendo para que tivesse dito da boca para fora.

Estava com pena da esposa, mas ainda assim, aliviado por poder ficar realmente a vontade agora.

Miyamura se virou caminhando em direção ao genro, o abraçando fortemente enquanto dava dois tapinhas nas costas, o homem sorria fechado, estava triste, mas em paz por saber que sua filha estava em boas mãos. Disse algumas palavras e agradeceu o carinho e paciência que Adrien teve ao recebê-los, e o loiro não pôde evitar de sorrir, aquele homem era muito gente boa, isso não podia negar.

Assim que o sogro se afastou, foi a vez da sucuri rastejar até ficar de frente a ele.

— Bom, como se sente, Adrien?

Ele sorriu alegremente, essa era a oportunidade que tanto aguardava. Então segurando as duas mãos da sogra, ele suspirou, permitindo que as palavras que vieram em sua mente, tomassem a liberdade para serem ditas. — Melhor agora, que você está indo embora.

Miyamura não conteve a gargalhada, Marinette por outro lado, apenas cobriu o rosto envergonhada.

— Lembre-se que ainda posso arrancar a sua língua. — Respondeu forçando um sorriso.

— Isso seria muito triste, pergunta para a Marinette.

— Adrien!! — O repreendeu imediatamente. — Vamos, mãe. Vai acabar perdendo o voo.

Sabine se afastou do genro, queria estrangula-lo, mas infelizmente estava sem tempo, deixaria para uma próxima oportunidade.  — É uma pena que já vão, eu queria tanto que ficassem mais um pouco, poxa vida. Não vou nem dormir essa noite pensando em você, sogrinha.

— Isso, pensa mesmo, mas pensa muito. Por que quando eu sentar a mão na sua fuça...

— Epa epa, pode parar os dois. Vamos logo. — Marinette tomou a frente, sendo seguida pelos pais. Sabine não conseguia disfarçar que estava nervosa, descontando a raiva ao estapear o marido que continuava rindo, se perguntando quando foi que viver em meio ao cãos se tornou tão divertido.

Assim que os pais de Marinette embarcaram, ela voltou a caminhar em direção ao marido que a aguardava sorridente, porém ela não se sentia tão animada, muito pelo contrário, ela o encarava como se planejasse ficar viúva antes da lua de mel.

— Adrien Agreste, que palhaçada foi essa?

— Qual é, era brincadeira.

— Brincadeira? Você praticamente expulsou meus pais.

— Eu? Quando isso? Nossa, amor. Eu aqui super preocupado, evitando que seus pais perdessem o voo e você me acusa assim?

— Nossa, coitadinho. Como é inocente.

— Pois é... — Marinette não sabia se achava fofo ou ficava mais irritada com aquela carinha de cachorro abandonado.

— Tá, vamos embora antes que você perca a vida.

— Eu já fui mais amado nessa relação.

— Adrien, sua sorte é justamente que você é amado.

Ele acabou rindo, a abraçando pelo ombro e fazendo com que começassem a caminhar juntos até o lado de fora.

Precisavam pegar as malas e voltarem até o aeroporto mais tarde, agora sim a lua de mel iria começar e ambos estavam super ansiosos para trans... Viajar e curtir a vida de casados.

— Próxima parada?

— Caribe! — Ela respondeu animada.

Mais uma vez a correria.

Ao sair do aeroporto, o casal seguiu para a casa de Adrien, onde o mesmo pegou a mala e se despediu dos pais. Estava feliz, não só por estar casado com o amor da sua vida e estarem prestes a embarcar em uma viagem incrível, mas também por ser recebido por seu pai na porta, sim, aqueles danadinhos dormiram juntos. 

Mas deixaria as provocações para outro momento, apenas disse estar feliz pelo retorno do casal.

Dessa vez com Antony no controle da direção, Adrien pôde curtir um pouquinho a esposa no banco de trás, carícias e beijinhos para la e para ca. Depois mais uma parada rápida na casa de Marinette e pronto, era hora de ir.

Seguiram até o aeroporto, onde o motorista ajudou o casal com as malas, indo embora logo em seguida. Ambos suspiraram aliviados e sorriram trocando um olhar.

— Então é isso.

— Hora de ir.

Após resolver toda a parte chata, só restava esperar para que o voo fosse anunciado. Adrien puxou Marinette para um abraço, onde acariciou seus cabelos enquanto ela apoiava sua cabeça no peito dele.

— Eu nem acredito que isso esteja de fato acontecendo. — Ela sussurrou baixinho, fazendo Adrien sorrir.

— É, eu também não. Aconteceu tanta coisa ruim nos últimos meses que é mesmo difícil acreditar que algo tão incrível esteja acontecendo agora. Eu tenho tanto para agradecer, que nem sei por onde começar. Até um pouco tempo atrás eu pensei que logo estaria aparecendo nos jornais, com o carro enfiado em um poste por dirigir bêbado.

— Não... — Ela se afastou sorrindo enquanto arrumava os cabelos dele. — Vamos deixar isso para lá. Eu também tenho muito para agradecer.  Agradecer a você por nunca desistir de mim, por estar sempre lutando por nós, já disse que se não fosse por você, não estaríamos aqui, eu já havia desistido. Não porque não te amo, mas porque não via a possibilidade de estarmos juntos naquela situação, mas quer saber? Acabou! Estamos aqui, agora é isso o que importa. Estamos casados... — Levantou a mão balançando os dedinhos, exibindo a aliança. — E prestes a entrar naquele avião que vai nos levar para a lua de mel mais incrível que poderíamos ter.

— Minha esposa, praia, drinks e muito amor... Não poderia ser melhor.

— É... Não poderia.

Nesse momento ouviram o chamado e caminharam juntos até o portão de acesso.

Caribe, vamos nós!

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