•°•°• Capítulo 109 •°•°•

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Adrien mal havia dormido naquela noite, esperava que seu pai o desse a resposta o mais rápido possível, estava frustrado por saber que ainda teria algumas horas até o maldito resultado chegar, olhou para o relógio ao lado da cama, ainda marcava cinco horas.

Cinco? Que merda!

Era cedo demais para se arrumar para o trabalho, mas não conseguia voltar a dormir. Ficou apenas sentado na cama, ligou a tv e procurou algo para assistir. Nada o interessava, a hora parecia demorar uma eternidade para passar, ficava imaginando quando seu pai o ligaria, com certeza mais tarde, naquele horário, ninguém estaria trabalhando ainda. Pensou em tomar algo para ajudar com o sono, mas sabia que se arrependeria na hora de levantar, já que estaria indisposto, não que acordar às cinco com uma ansiedade fodida fosse lá muito animador.

Desbloqueava e bloqueava a tela do celular várias e várias vezes, pensando se deveria ligar para Marinette, mas ainda era cedo, ela devia estar dormindo e mesmo se não estivesse, o que ele diria? Qual a desculpa para ligar? Não queria incomodá-la. Estava ficando irritado, não sabia o que fazer.

Então se levantou, tomando um banho quente e se vestiu com o terno cotidiano, calças e sapato social, já estava pronto para o trabalho, agora só faltava esfriar a cabeça.

Não estava com fome, então apenas caminhou para fora com a chave do carro em mãos. Precisava relaxar um pouco, andou por aí, sem rumo, pensando na vida e em como tudo estava uma bagunça, como toda aquela merda doía, o quanto sentia vontade de jogar aquele carro contra um dos postes que já estavam apagados a essa hora, ficou assim, remoendo toda aquela angústia até as oito, que foi quando decidiu ir para o trabalho.

Mais um dia como qualquer outro, tirando o fato que parecia estar preso em uma bolha sufocante de ansiedade. Estava distraido, quase não havia falado com ninguém, indo direto até sua sala, onde passou a maior parte do tempo fazendo nada. Apenas olhava para a tela do computador checando as horas a cada cinco minutos, até então nada, nenhuma notícia. Precisava trabalhar, mas como poderia? De repente, o trabalho parecia completamente complexo, era como se ele não fizesse ideia do que fazer ou por onde começar, nem se fosse seu primeiro dia na empresa, estaria tão perdido como agora.

Queria ir embora, queria tentar arrumar uma forma das horas passarem rápido, mas elas simplesmente não passavam.

— Porra! — Esbravejou ao bater as mãos abertas contra a mesa. Pegando o celular, para que pudesse confirmar se aquilo estava certo. Abriu o app de contatos e tocou na tela onde marcava pai. Esperou até que a chamada fosse atendida.

— Oi, Adrien

— Ainda nada?

— Bom dia, tudo bem? Eu estou ótimo, obrigado por perguntar.

Adrien suspirou fechando os olhos com força por alguns instantes. — Bom dia, pai. Não, eu não estou bem. Na verdade, estou longe disso. Poderia me confirmar se ainda não recebeu o resultado?

— Não, eu não recebi, pedi para que entregassem para você assim que chegasse, então não se preocupe, você será o primeiro a saber.

— Agradeço por isso, mas que merda demorada, essas pessoas não trabalham, não?

— Adrien... — Gabriel desviou o olhar para o relógio, arqueando uma das sobrancelhas. — São quinze para as dez, ainda é cedo, até o final da tarde-

— Quê? Final da tarde? Não, claro que não. Que palhaçada é essa? Eu não acordei às cinco da manhã para esperar até o final da tarde!

— Espera, por que você acordou tão cedo se nem estariam abertos nesse horário?

O valor de um segredo.Onde histórias criam vida. Descubra agora