•°•°• Capítulo 126 •°•°•

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Emilie estava apreensiva, olhava a paisagem no banco de trás. Não estava ansiosa, na verdade, queria desistir mais uma vez e voltar para casa. Sabia que não seria bom se encontrar com Gabriel, mas aparentemente apenas ela pensava isso. Não queria errar mais e ao mesmo tempo pensava se perder o que sobrou da sua paz valeria a pena.

Se manteve em silêncio durante o percurso, estava com o pensamento longe, mas ao passar por um ponto específico da cidade, se deu conta de que estava chegando ao seu destino, o que fez com que ela se sentisse tão nervosa a ponto de ficar enjoada, mas não podia mais voltar atrás, não dessa vez.

Assim que o carro parou em frente ao condomínio onde Gabriel estava, o motorista a avisou que haviam chegado. Por um instante ela se arrependeu de não ter insistido em ir ao restaurante, o que seria mais viável, ao mesmo tempo, não poderia permitir que fosse vista chorando em público.

Desceu do carro respirando fundo, antes de caminhar devagar em direção a grande porta de vidro a sua frente. Não foi barrada na portaria, provavelmente Gabriel já havia avisado que ela viria, então seguindo a indicação dada a ela, Emilie foi até o elevador, estava cada vez mais nervosa, mal conseguia respirar.

Assim que ele parou, abrindo a porta em seguida, ela pensou em desistir, voltar antes que fosse realmente tarde demais, viu a porta se fechar a sua frente, então apertou o botão para que ela abrisse novamente. Assim saindo um pouco receosa. Já podia ver o apartamento de Gabriel, estava logo ali, a poucos passos de distância. Ficou parada no Hall por algum tempo, até que ouviu a porta ser aberta. Dando de cara com seu pior pesadelo, Gabriel Agreste.

— Emilie... — Ele tentou se aproximar, mas ela deu dois passos para trás. Então ele parou a observando. Ela parecia assustada, talvez com medo, mas de quê? Dele? — Ouvi o elevador, mas você não entrou então vim verificar se estava tudo bem. Você quer... Entrar?

Ela pensou um pouco, olhando ao redor. Suas mãos estavam suando e ela começava e ficar nervosa novamente.

— Sim, vamos acabar logo com isso. — Ele deu espaço para que ela passasse, e assim ela o fez, sem o olhar diretamente. Gabriel tomou a frente logo em seguida, e a mulher apenas o acompanhava em silêncio. O apartamento era lindo, grande, elegante. Não tão bom quanto a mansão do ex casal, claramente, mas estava a altura de um Agreste.

— Pode se sentar. — Disse ao se sentar no enorme sofá. — Sinta-se a vontade.

— É difícil fazer isso com você por perto. — Disse em voz baixa, se sentando na outra ponta do sofá. O clima começava a ficar péssimo, como ela já imaginava.

— Certo... Quer beber alguma coisa?

— Por que não pulamos essa parte e vamos logo ao que interessa?

Gabriel suspirou. — Tá... Bom... Eu te chamei até aqui, porque temos assuntos inacabados e eu sinto que precisamos resolver para que eu consiga seguir em frente. — Emilie recostou sobre o encosto do sofá, olhando para um ponto específico do cômodo. — Eu sei que eu errei, mas estou arrependido.

— Edai? — Continuava sem encara-lo.

— Como é? — Ele a olhou diretamente, notando que ela parecia não querer manter o contato visual.

— O que isso muda? Para que serve seu arrependimento? Isso muda alguma coisa?

— Significa que eu me importo.

— Se importa? — Dessa vez ela o encarou com os olhos marejados em lágrimas. — Você me destruiu, destruiu nossa família, nosso lar. O que você fez foi cruel, não só com a nossa família como com a da Marinette. Você acha que olhar nos meus olhos e dizer que se arrepende muda alguma coisa?

O valor de um segredo.Onde histórias criam vida. Descubra agora