Chorar faz tão bem, principalmente se for de felicidade e era assim que Marinette se sentia naquele dia.
Ela não se aguentava de tanto chorar, se sentia presa em um lindo sonho e Adrien se enchia de alegria ao vê-la assim.
Era a primeira vez que os dois visitavam o Ateliê que Gabriel havia dado de presente para a nora. Estava lindo, todo reformado e decorado com tons de rosa claro e nude. Passava um ar clean, era tão bonito e agradável. Transbordava paz e tranquilidade.
Adrien tinha a esposa nos braços enquanto a ouvia dizer como se sentia a respeito daquele momento, e admitia que mesmo que não tivesse conquistado aquele espaço, faria de tudo para merecê-lo, e ele não duvidava disso, de forma alguma.
Mais tarde eles buscariam as coisas dela, para que pudesse iniciar o trabalho imediatamente, Marinette estava animada e a todo vapor. Agora que havia saído do emprego para arriscar tudo na sua marca, não tinha tempo a perder.
Era hora de mostrar ao mundo quem era Marinette Cheng, e o apoio de todos a incentivava ainda mais.
E para sua surpresa, Gabriel era um dos que mais se fazia presente ali. No fundo ela sentia que ele fazia isso por culpa, mas não podia negar que seria de ótima ajuda, claro que ela aproveitaria ao máximo o bom humor do sogro, afinal, ele devia isso a ela. E como já dizia seu marido, se a vida te der limões, faça uma caipirinha.
E a primeira oportunidade havia aparecido poucas semanas depois, durante mais um jantar com os sogros.
— Ai meu Deus, você está brincando, né?! — Marinette estava completamente incrédula.
— Não é como se fosse a primeira vez, já abriu os desfiles do meu pai antes.
— Sim, mas como sua estagiaria. Isso é completamente diferente.
Gabriel percebeu que ela parecia bastante nervosa. — Tudo bem se não se sentir confiante o suficiente para-
— Não! — A voz saiu desesperada, quase como um grito. — Eu aceito! Com certeza, eu aceito.
— Tem certeza? O prazo não é tão longo, o desfile será feito poucos dias antes da cerimônia.
— Tenho, eu consigo. — Ela pensou um pouco. — Mas a cerimonia vai ser agora?
— Estamos pensando em fazer na semana seguinte ao desfile, nada exagerado, apenas a família, aqui mesmo, no nosso jardim.
— Aqui, na mansão?
— Sim... Com tudo percebemos que as únicas pessoas que realmente importam estão nessa mesa. Então será uma cerimônia reservada, apenas para nós.
— E amigos mais próximos. — Gabriel concluiu.
— Isso vai ser incrível.
— Estamos contando com isso. — Emilie sorriu, antes de desviar o olhar e rir um pouco mais alto. — Acho que está na hora de ir. Uma pessoinha parece exausta. — Os três olharam para Adrien que tinha o rosto apoiado nos braços que estavam cruzados sobre a mesa, quase pegando no sono.
Marinette também riu da situação. — Ei... Amor, acorda. Vamos para casa. — Ambos se levantaram, se despediram e foram embora. Marinette dirigia naquela noite, Adrien estava bastante sonolento e era raro vê-lo assim, não podia negar que era uma graça observar ele cochilando durante o trajeto que pareceu durar não mais que alguns segundos para ele.
— Amor, já chegamos. Adrien?
— Hmm...
— Vem, vamos entrar, já chegamos em casa.
Ele abriu os olhos lentamente, vendo que o carro já estava no estacionamento e Marinette estava de pé ao lado da porta aberta, com a mão estendida para ele.
— Caramba...
— Pois é, nunca te vi tão cansado, depois fala de mim.
— Não dormi muito bem essa noite, tirando que estou ajudando com o desfile, então fico com uma caralhada de coisas para fazer. — Disse ao sair do carro de forma preguiçosa, Marinette o abraçou ao se espreguiçar.
— Nesse caso, meu marido precisa de um chá quentinho, massagem e uma ótima noite de sono.
— Posso dispensar o chá?
— Não, não pode.
Ele fez uma careta, preferia café, mas chá servia. — Eu amo massagem.
— Eu disse massagem, não sexo.
— Não é a mesma coisa?
Marinette riu. — Você não está exausto?
— Sim, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Prioridades, bebê. — Ele a abraçou ainda mais forte, antes de se afastar e começarem a caminhar.
— Chá, massagem e cama.
— Tá booom.
Instantes depois Marinette se arrependeu da própria proposta, já que assim que chegaram e ela preparou o chá, apenas aguardou que o marido o tomasse antes de irem para a cama, onde ele tirou a roupa, ficando apenas de cueca, deitado de braços enquanto ela massageava seu corpo com um óleo cheiroso que ele preferia não usar, mas estava tão cansado que deixou pra lá e acabou por pegar no sono de vez, e naquele mesmo instante, a mestiça se odiava. Ver seu marido ali, deitado embaixo de si enquanto ela massageava com calma aquele corpo quente, grande e definido que a deixava excitada. As mãos deslizavam e a boca chegava a salivar, pena que ele já dormia, não teria coragem de acordá-lo. Não era atoa que todas as massagem acabavam em gemidos altos e suor escorrendo na pele. Por isso o safado estava tão animado, mas o cansaço havia vencido aquela batalha. Depois de sair de cima do marido, Marinette se deitou ao lado dele, cobrindo os dois com um lençol fino, antes de se virar de costas para ele e dormir, resolveria aquela questão pela manhã.
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O valor de um segredo.
Hayran KurguApós a morte do marido, Sabine se vê perdida, afogada em dívidas e preocupações, um amigo próximo decide ajudar, até as coisas ficarem confusas. Agora com um problema ainda maior, a mulher se vê novamente desamparada e pressionada a esconder a verd...