O valor de um segredo.

•°•°• Capítulo 83 •°•°•

A manhã passou rápido. Quando chegaram na mansão, Marinette e Adrien foram até seus quartos para se arrumar e ir até a empresa. Separados dessa vez, já que o loiro tinha compromissos externos e a mestiça ainda tinha muito o que fazer.

Marinette já havia se decidido que faria do seu jeito, e isso já até havia sido avisado a Nathaniel, já que Gabriel parecia de fato, não dar a mínima.

Conversar com Rubens ajudou com que ela se distraísse um pouco, o homem era muito compreensivo e simpático, por um instante quase se arrependeu de não ter aceitado a oferta dele no último desfile que quase foi um fiasco por causa daquela loira sem noção.

Aos poucos as coisas ficavam no seu devido lugar. Ela já havia finalizado todos os esboços e adicionado todos os detalhes que queria, deixando tudo muito bem especificado para que ficasse perfeito. Agora, revisava os relatórios que precisaria enviar a Gabriel e depois disso, finalmente uma de suas partes favoritas, já havia enviado para Rose, para que começasse a criar as peças, e logo que pudesse iria ajudá-la, costurar suas próprias peças era a melhor parte, se sentia realizada quando tinha a oportunidade. Sendo assim a parte de criação da coleção para o baile de gala já havia sido iniciada. Nathaniel já havia aprovado, e todos trabalhavam duro para que tudo saísse como o planejado.

— Vai uma massagem? — O ruivo apoiou as mãos no ombro dela, aproveitando para impulsiona-la a andar mais rápido. — Sua cara está péssima, Marin.

— Hmm, eu estou de ressaca, meu corpo está implorando por minha cama. Meu Deus, quantas horas tem esse dia? Não aguento mais viver hoje.

Nathaniel soltou uma gargalhada. — Logo passa.

— Passa... Claro que passa, nem que seja por cima de mim, mas passa.

Os dois riram, já estavam chegando ao restaurante, Marinette não estava com fome, mas precisava se alimentar. Na verdade, ela só queria analgésicos e uma boa soneca de setenta e duas horas.

— Bom, pelo menos a noite foi boa. — Ele disse, logo que adentraram o local, enquanto caminhavam até a mesa.

— Foi ótima, bebi horrores com a Alya e o Nino. Pelo menos consegui relaxar. Eu já estava a beira de um ataque cardíaco.

— Nossa, faz muito tempo que não vejo a Alya.

— Faz tempo que você não vê ninguém, você nem sai de casa.

— É... Isso é verdade. — Os dois riram.  — Mas mudando de assunto, tirando a ressaca, como você está se sentindo hoje?

— Hm... Deixa eu pensar... Estou cansada, estressada, irritada, com dor de cabeça, com sono, com pensamentos sombrios...

— Caramba, está ruim mesmo.

— Como você consegue ficar tão calmo com tanta pressão? — Os dois deram uma pequena pausa para dar atenção ao garçom que os atendia.

— Eu não sei, eu trabalho nisso a anos, então para mim já é normal. Com o tempo você se acostuma com toda essa correria.

— Eu espero que você esteja certo, porque eu já estou quase fugindo sem rumo.

Nathaniel sorriu, negando com a cabeça, antes de segurar as mãos dela sobre a mesa. — Você é incrível, Marin, não se preocupa. Sei que parece difícil, mas você está se saindo muito bem, de verdade, muito melhor do que eu esperava. Pensa, já é a segunda vez que você cria algo seu dentro da empresa.

— Isso é, eu tenho muita sorte.

— Não. Não é sorte, é dedicação. Você só faz o que faz, porque tem credibilidade para isso. O Gabriel pode até ser um pouco rígido as vezes, mas ele reconhece alguém com potencial quando vê. E você é muito talentosa.