Ambos trocaram mais algumas carícias antes de voltarem a se vestir, ficando apenas com suas roupas íntimas. Adrien se sentia satisfeito e animado por ter tomado a decisão de ficar em casa com Marinette naquela tarde, a casa seria apenas deles, somente eles, com muito amor, carinho e prazer.
— Está com fome? Posso fazer algo rapidinho. — Ele perguntou enquanto estava deitado no sofá, com sua amada aconchegada em seus braços.
— Estou sim... Daqui a pouco fazemos algo. Vamos ficar assim mais um pouquinho. — A voz era preguiçosa, estava tão confortável, não queria sair daquela posição.
— Tudo bem.
— Será que seus pais vão demorar?
— Vão sim, voltam só a noite. Ainda temos algumas horas, o que você quer fazer?
— Ficar aqui com você.
— Mas você já está aqui comigo.
— Eu sei, está tão bom... — Adrien sorriu, suspirando antes de falar.
— Eu adoro quando você diz essas coisas. — Marinette, que estava com a cabeça apoiada no peito dele, levantou o olhar para encara-lo. — Eu sei que você tem receio de admitir que gosta de mim, mesmo que você já tenha deixado escapar algumas vezes. Eu gosto de saber o que sente quando estamos juntos, gosto de saber que está feliz e se sente segura.
— Eu não tenho receio de admitir... Eu só não quero ir rápido demais, estou tentando não criar muitas expectativas, mas você não facilita as coisas, sabia?
— Ah, então a culpa é minha? — Fingiu estar indignado.
— Claro que é! Se você não fosse tão fofo, carinhoso, romântico, safado e gostoso desse jeito, eu não estaria tão perdida. Eu estou tentando não me apegar, mas olha o que você faz. — Marinette se afastou um pouco, mostrando à ele os corpos entrelaçados no sofá.
— Mas só estamos abraçados.
— Não é o abraço em si, é a segurança, o conforto. Eu me sinto bem com isso. Meu medo está passando aos poucos e isso é perigoso, é quando se cria expectativas demais que as coisas começam a dar errado. Você sabe disso. Eu não quero esperar por coisas que podem nunca acontecer, entende? Ou me deparar com outras que eu faria qualquer coisa para que não acontecessem.
— Você está fazendo de novo...
— Fazendo o quê? — Ela arqueou uma das sobrancelhas.
— Está tentando criar uma barreira para se proteger, se proteger de mim... Mas não fui eu quem te machuquei. Eu não tenho culpa das coisas que ele fez, mas eu entendo que palavras são apenas palavras e não importa o quanto eu diga, você nunca vai saber se estou falando a verdade. As pessoas machucam umas as outras em algum momento, com ou sem intenção, mas de qualquer forma dói. A única coisa que eu posso fazer, é ir te conquistando aos poucos, juntando seus pedacinhos e amando cada um deles. Vou te provar que vale a pena tentar comigo, não prometo que nunca vou te machucar, mas prometo que vou sempre consertar as coisas.
Marinette suspirou, sentindo seus olhos marejarem em lágrimas mas não permitiu que elas caíssem. — Você é um homem incrível, Adrien... Eu queria ter te conhecido antes dessa bagunça toda.
— Mas foi essa bagunça que nos uniu e se não tivéssemos sofrido antes, não valorizariamos isso agora, sei lá, eu penso assim.
— É... Você tem razão.
— Eu sempre tenho. Agora, vou fazer algo pra você comer, eu estou com fome também. — Adrien começou a se levantar, mas Marinette insistia em mantê-lo ali.
— Ah, não, por favor. Só mais um pouco, fica aqui!
— Eu tô com fome, vida. — Ela o olhou entristecida. — Que carência, eu já volto, vamos passar o dia todo juntinhos, tá bom?
— Tá...
Adrien não conteve o sorriso ao se afastar, estava adorando essa versão dengosa dela, estava tão entregue naquele dia, esperava que tivessem mais dias assim.
Voltou algum tempo depois com uma bandeja onde havia alguns sanduíches, dois copos e uma jarra de suco.
— Viu, eu disse. Como foram esses longos minutos sem mim?
— Horríveis, não sei como pude sobreviver. — Colocando as costas das mãos na testa, fez uma pose extremamente dramática, rindo em seguida.
— Coitadinha, eu sou uma pessoa horrível...
— Sim, você é. Mas faz lanches incríveis, parecem uma delícia.
— Só aceito elogios depois de provar. — Após colocar a bandeja na mesinha de centro, voltou a se sentar ao lado dela, a mestiça foi a primeira a se servir e ele fez o mesmo instantes depois.
— Hmm... Isso está uma delícia.
— A fome é o melhor tempero, minha mãe vivia dizendo isso.
— Sim, é verdade, mas o carinho na hora de cozinhar também é muito importante.
Adrien riu do comentário. — Sim, mas isso não é bem uma refeição, são apenas lanches simples.
— Deliciosos lanches simples. — Ela o corrigiu. — Simples...
— O quê?
— Você já reparou como coisas simples são tão boas?
— Você está cheia de reflexões hoje.
— Não, é sério. Pensa, estamos em casa, vestindo apenas parte das nossas roupas, comendo lanche e conversando. Não é nada demais, mas está sendo perfeito.
— É, você tem razão. Teve sexo também, não pode esquecer desse detalhe.
— Nem me fale... Foi maravilhoso.
— Pois é, já estou te alimentando para repor as energias. Essa tarde vai ser looonga...
— Safado.
— Safada é você, que está falando um monte de putaria agora.
— Você que está me levando para o mal caminho.
— Te garanto que não existe caminho melhor que esse. E fala sério, nada como um palavrão, umas besteiras no ouvido, cria um clima, eu adoro.
— É, eu gosto também...
Adrien suspirou, dando mais uma mordida no lanche em suas mãos. — Comer uma coisa pensando em outra... Que tortura. — Marinette riu fazendo ele rir também. — O que foi?
— Nada, acho engraçado como você diz as coisas que vem na cabeça.
Os dois passaram o dia conversando e trocando carícias, algumas mais íntimas, o que os levou a transar outra vez antes que os Agreste voltassem para casa, infelizmente, mais cedo do que o esperado, deixando o casal desapontado, mas logo esse sentimento foi substituído pela alegria de terem aproveitado ao máximo o tempo que tinham a sós. Não só para se amarem, como para se aproximarem e consequentemente se conhecerem melhor.
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O valor de um segredo.
FanficApós a morte do marido, Sabine se vê perdida, afogada em dívidas e preocupações, um amigo próximo decide ajudar, até as coisas ficarem confusas. Agora com um problema ainda maior, a mulher se vê novamente desamparada e pressionada a esconder a verd...