•°•°• Capítulo 93 •°•°•

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— O jantar estava uma delícia. Você sempre me surpreende. — Marinette disse com um lindo sorriso no rosto. Observando que Adrien parecia um pouco distante. — O que houve?

— Só estou feliz. Imaginei essa cena milhares de vezes na minha cabeça. Como seria o pedido e como você reagiria, havia tantos cenários possíveis, mas nenhum deles se compara com esse, estar com você agora, só nós dois e sabendo que você é oficialmente minha namorada. Caramba, eu não sei nem como expressar o que eu estou sentindo agora. Minha vontade é de te pegar no colo e te encher de beijos até você não me suportar mais.

— Então vai ter que me beijar muito até chegar a esse ponto.

— Mari... — O loiro pegou a mão dela que estava sobre a mesa, entrelaçando seus dedos. — Eu sei que já disse isso várias vezes, mas eu te amo, sou completamente louco por você. Pensei que nunca amaria alguém dessa forma.

— Não fala assim, ou eu vou chorar de novo. — Disse com a voz falha e os olhos marejados em lágrimas.

— Contanto que chore de alegria, eu não me importo.

Marinette sorriu, desviando o olhar enquanto secava as bochechas molhadas.

— Dorme comigo essa noite? Quero que esse momento dure o máximo possível. — Ele se levantou, fazendo com que ela fizesse o mesmo, a puxando mais para perto em seguida.

— Como eu poderia recusar? — Ela sorriu, cruzando os braços ao redor do pescoço dele, juntando seus lábios em um beijo lento e repleto de sentimentos.

Marinette havia ido até seu quarto para buscar algo mais confortável para vestir, enquanto Adrien preparava a cama para os dois, começando por retirar todas as pétalas de rosa que estavam espalhadas por ali. Seu coração palpitava imaginando como seria dali por diante.

— Voltei, demorei? — Perguntou ao passar pela porta a fechando em seguida, vendo que o loiro já estava na cama, apenas vestindo uma cueca.

— Não, meu amor, vem. — Adrien abriu os braços e Marinette riu.

— Calma, só vou me trocar. — Não teve como não achar graça do beicinho que ele fez tendo que esperar a contragosto. — É rápido.

Adrien continuou a observando enquanto se trocava. Adorava aquela mulher, aquele corpo, tudo nela. Era simplesmente linda e estava ainda mais com a camisola preta de cetim, curta o suficiente para deixar parte das coxas de fora, mas nada vulgar, era simples e delicada, como quem a vestia.

Instantes depois, Marinette se juntou a ele, o abraçando e apoiando a cabeça em seu peito enquanto Adrien acariciava seus braços e costas.

— Sabe, eu estava pensando... E se eu falar com a minha mãe e sair de casa?

— Por que você quer sair de casa? — Ela levantou o olhar para que pudesse encarar os olhos verdes dele.

— Acho que teríamos mais privacidade.

Marinette riu. — Você não precisa sair de casa, podemos fazer isso em outro lugar. Não precisa remanejar toda a sua vida por causa do namoro.

— Mas e se eu quiser um cantinho só nosso?

— Nosso? Como assim nosso?

— Bom, se eu tiver minha própria casa, você pode entrar e sair quando quiser.

— Já faço isso na casa dos seus pais.

— Mas você poderia se vestir como quiser, fazer o que quiser, poderíamos dormir juntos... Seria um lugar só nosso, quem sabe, você poderia até morar comigo.

— Adrien! — Ela se afastou um pouco para que pudesse olha-lo melhor.

— O quê? Pra que ficar com meus pais se você pode ficar comigo? E outra, se você for sair de lá, vai ter que ter outro lugar para morar, né?!

— Não sei se você sabe, mas existe um método chamado morar de aluguel. Onde você literalmente aluga uma casa e mora nela.

— Mas você estaria gastando dinheiro desnecessariamente. Não gastaria nada morando comigo, estou pensando no seu bem, economia bebê.

Marinette não conteve o riso. — Não acha que está indo rápido demais?

— Claro que não. Podemos ter uma casa com um quintal enorme para a Emma brincar, podemos ter um cachorro também, ou você prefere gatos? Um coelho talvez?

— Quê? Primeiramente, quem é Emma?

— A nossa filha, ué. — A gargalhada alta dela, fez com que ele risse também.

— Que filha, Adrien? Não tem filha nenhuma.

— Não fala assim do neném. — Ele a puxou para que se deitasse novamente.

— Tá... Vamos por partes. Caso você realmente queira sair por vontade própria da casa dos seus pais, não acho uma má ideia, e sim, eu poderia te visitar com uma certa frequência, mas me recuso a morar com você.

— O quê? Por quê? — Foi a vez dele se sentar na cama, fazendo com que ela fizesse o mesmo.

— Gatinho, não é o momento, temos tantas coisas para fazer antes de decidirmos morar juntos. Não que eu não queira estar com você, mas as coisas tem que acontecer no tempo certo. Eu quero ter a minha própria casa, podemos dormir juntos sempre que você quiser, mas ainda prefiro ter minha casa. Então futuramente, podemos pensar em morar juntos, o que acha? Depois disso vemos a questão dos animais e filhos, certo? Vamos aproveitar todas as fases com calma, tudo bem?

— Tudo bem. Acho que você tem razão.

— Eu sempre tenho. — Marinette se sentou no colo dele, deixando uma perna de cada lado do quadril do loiro, enquanto acariciando sua nuca. Adrien envolvia sua cintura e a admirava como amava fazer. — Mas confesso que acho uma graça quando você diz essas coisas, adoro ouvir seus planos para o futuro, principalmente quando esses me envolvem. É lindo.

— Eu vou te fazer muito feliz, prometo!

— Eu não duvido disso. — Marinette o puxou mais para perto, voltando a beija-lo.

Era perceptível o carinho nos beijos e toques, a leveza do clima deixava ainda mais romântico. Marinette adorava estar ali, se sentia amada e protegida, ela precisava disso e agradecia todos os dias por ter se envolvido com Adrien.

Sabia que ele traria momentos maravilhosos para sua vida, assim como ela faria na dele. Juntos e se amando acima de tudo e qualquer coisa.

O casal podia sentir a chama se acender, era diferente das outras vezes. Ela não ardia com tanta intensidade, por mais que se desejassem demais naquele momento. Era leve, romântico, carinhoso. Tudo parecia tão lento e calmo, sem desespero para se satisfazer, estavam apenas curtindo seus corpos e todo aquele carinho. Teriam muito tempo pra transar intensamente, mas agora, só queriam um ao outro, sem pressa, não era carnal, aquele desejo vinha de seus corações. Era uma nova forma de amar.

O valor de um segredo.Onde histórias criam vida. Descubra agora