•°•°• Capítulo 101 •°•°•

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Marinette havia acordado determinada depois de quase uma semana de muito choro e desânimo total. Precisava seguir com sua vida e hoje daria o primeiro passo.

A situação não era fácil mas não queria ser uma vítima. Depois de um longo banho e um café da manhã reforçado, Marinette escolheu sua melhor roupa social e optou por uma maquiagem leve, os cabelos que agora estavam mais curtos graças a um surto durante o banho, estavam soltos, mas devidamente alinhados.

Dando sua última olhada no espelho, suspirou, levantando um pouco o olhar. Daria sua cara a tapa e seguiria com o plano inicial, afinal, esse era o motivo de estar em Paris.

Alya estava animada, mas ao mesmo tempo um pouco preocupada, se sentia orgulhosa, mas não sabia se Marinette realmente se sentia melhor ou estava fingindo para não preocupa-la. Independente de qual era a verdade, ela não a impediria.

Nino havia emprestado o carro para que a mestiça resolvesse suas coisas, isso havia sido ótimo, ela poderia pensar em paz enquanto dirigia, fazia tanto tempo que não fazia isso, era relaxante.

O caminho não era longo, e por algumas vezes pensou em desistir, mas se manteve firme.

Sentiu uma forte ansiedade logo que avistou a grande empresa a sua frente, agora era tarde para voltar atrás. Deixou o carro no estacionamento e desceu do mesmo ajeitando suas roupas antes de pegar sua bolsa no banco do passageiro.

Caminhou tranquilamente até a porta, tentando não transparecer seu nervosismo por estar ali. Notou alguns olhares em sua direção, mas nada que a incomodasse, então seguiu em frente, parando na recepção.

— Bom dia, eu sou Marinette. Liguei um pouco mais cedo, tenho uma hora marcada.

— Bom dia. Sim, eu me lembro. Pode subir, é no oitavo andar, a última porta, a esquerda.

— Obrigada. — Ela voltou a caminhar, indo até o elevador. Não estava vazio, mas ao menos era silencioso, já era o suficiente para que organizasse seus pensamentos. Quando chegou ao andar destinado, saiu, caminhando com passos firmes e ainda decidida, não voltaria atrás, já havia ido até lá. Já podia ver a porta que havia sido indicada poucos metros a frente. Parou de frente a mesma, respirando fundo novamente antes de bater.

Aguardou por alguns instantes, até que a permissão para entrar lhe fosse dada.

— Com licença, bom dia. — Disse ao passar pela porta, a fechando em seguida.

— Bom dia, é um prazer te ver, sabia que em algum momento viria até mim. — Rubens abriu um grande sorriso ao vê-la, pedindo para que ela se sentasse na cadeira a sua frente.

— Você é bom com palpites. — Disse ao se sentar, colocando a bolsa no colo.

— Sempre fui, mas a que devo a honra de sua visita? — Apoiando as costas no encosto e relaxando o corpo, voltou a encara-la.

— Bom, na verdade, eu gostaria de te pedir uma oportunidade de trabalhar em sua empresa. Não sei se já está sabendo, mas eu não faço mais parte da Gabriel, então como o senhor vivia me convidando para fazer parte de sua equipe, pensei que fosse o momento perfeito para me candidatar.

— Entendo. Eu realmente fico muito feliz por ser sua primeira opção, depois daquele pé no saco do Gabriel, é claro. — O homem riu. — Brincadeiras a parte. Eu e Gabriel somos grandes amigos de longa data, não posso negar que seu trabalho é no mínimo impecável, mas sinto que ele não explorava tudo o que podia do seu potencial, o que é irônico, se for pensar que ele é tão bom no que faz e mesmo assim não percebe quando tem alguém com grande potencial bem na sua frente. É como dizem, negócios são negócios, espero que ele não se sinta traído porque agora você é minha. — Ele sorriu. — Agora só falta o Nathaniel, te promovo agora se trouxer ele para mim. — Agora foi Marinette que riu, sem entender direito o que ele dizia.

O valor de um segredo.Onde histórias criam vida. Descubra agora