Sim, com certeza seria pedir demais!
— Senhora... Com licença, não pode entrar aqui, tem hora marcada?
— Não, eu não tenho hora marcada. Vim ver a minha filha, Marinette.
— Me desculpe, senhora, mas não conheço sua filha.
— Ótimo, não é só o dono que é incompetente.
— Como é?
— Pode deixar que vou falar pessoalmente com o Gabriel. — Sabine se virou caminhando apressadamente para dentro.
— Não, o Senhor Agreste não se encontra, ei, pare aí mesmo, não pode entrar. SEGURANÇA!
Sabine não dava a mínima para o que a mulher dizia, se Marinette não retornava suas tentativas de contato, ela iria atrás pessoalmente, quem ela pensava que era? Já que ela queria jogar assim, ótimo, Sabine também ditaria suas regras.
Começou a apertar o passo, precisava chegar até a sala daquele cretino antes que o segurança a alcançasse, ela tinha coisas para dizer, coisas que estavam entaladas na garganta a anos e dessa vez, os dois iriam a ouvir, no fundo estava feliz por aquela família linda que sua filha parecia tanto querer fazer parte, havia desmoronado de uma vez por todas, mas não contava que Marinette se voltaria contra ela, a deixando completamente sozinha mesmo com toda a verdade vindo a tona.
Ela não tinha certeza de onde ia, fazia anos que não entrava naquele lugar, mas tinha uma vaga memória de como era, claro que agora tudo estava muito mais elegante, óbvio, com todo aquele dinheiro, o mínimo era ter um prédio deslumbrante daquele. Olhou ao redor algumas vezes, tentando se localizar, observando os nomes na porta. Parou em frente a uma, que estranhou ter o nome de Emilie, mas pouco importava, já estava ali, iria até o fim.
Abrindo a porta bruscamente, Sabine adentrou a sala, Emilie por sua vez levantou o olhar e pareceu surpresa ao vê-la ali. Sentindo seu corpo congelar como se visse um fantasma do passado, a loira permaneceu sentada, imóvel, apenas observando a outra caminhar em passos pesados até sua mesa, onde bateu com as duas mãos de forma agressiva na intenção de intimida-la.
— Onde ela está? — Disse furiosa, quase rosnando para a mulher. — Emilie piscou algumas vezes, aquilo era muita ousadia, não podia ser real, poderia estar tendo outro pesadelo?
— Olha só... A que devo a honra dessa visita tão inesperada? — O desprezo em sua voz fez com que Sabine ficasse ainda mais irritada, mas a mesma não teve tempo de responder, já que um homem entrou tão irritado quanto ela, a puxando pelo braço.
— Mil perdões Emilie, eu tentei impedi-la, mas não consegui. Já vamos resolver isso. — A recepcionista disse rápido, parecia nervosa com a situação e o homem junto a ela logo começou a arrastar a mulher para fora.
— Tudo bem, Sabrina, não se preocupem com isso. Quanto a essa aí... Pode solta-la. Precisamos mesmo ter uma conversa. — O homem e a Recepcionista trocaram um olhar antes que ele soltasse o braço de Sabine.
— Perdão? Ela entrou sem permissão e não tinha hora marcada. — Disse um pouco sem graça.
— Eu sei, querida. Não tem problema, eu abro uma excessão para ela. Podem ir. — Emilie mantinha a voz calma, mesmo que seu interior não transmitisse o mesmo sentimento.
Os dois então caminharam para fora, fechando a porta em seguida. Sabine logo se virou para Emilie que a recebeu com um sorriso ameaçador. — Sente-se.— Não tenho tempo para perder com você, quero saber onde está minha filha! Não sei onde ela está e nem quem é essa tal amiga com quem ela foi morar.
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O valor de um segredo.
Fiksi PenggemarApós a morte do marido, Sabine se vê perdida, afogada em dívidas e preocupações, um amigo próximo decide ajudar, até as coisas ficarem confusas. Agora com um problema ainda maior, a mulher se vê novamente desamparada e pressionada a esconder a verd...