•°•°• Capítulo 26 •°•°•

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Quando Marinette finalmente chegou em casa, ela pôde terminar seus trabalhos pendentes, não estava tão disposta como de costume, até porque a dor de cabeça que era resultado da noite anterior, permanecia ali, firme e forte atormentando a mestiça.

Ela se sentou na cadeira de frente para a escrivaninha, apoiando os cotovelos na mesa enquanto massageava as têmporas.

ㅡ Alguém precisa de um café forte? ㅡ Ela ouviu a voz do pai atrás dela.

ㅡ Eu aceito. ㅡ Disse ainda de costas para ele. Que se aproximou colocando a xícara na mesa e beijando o topo da cabeça da filha.

ㅡ Você não está muito animada, não é?! ㅡ Ele se sentou na cama.

ㅡ Não, eu tô cheia de trabalho e com muita dor de cabeça.

ㅡ Já tomou o analgésico?

ㅡ Já sim... mas ainda nada.

ㅡ Logo vai melhorar. Dorme um pouco mais, você precisa entregar essas peças quando?

ㅡ Na próxima semana.

ㅡ Então descansa um pouco, quer que eu traga o almoço para você?

ㅡ Não precisa pai, obrigada. Eu logo vou descer.

ㅡ Certo, qualquer coisa me chama.

ㅡ Pode deixar.

Marinette ficou mais alguns minutos sentada, antes de voltar ao trabalho.
Não era muito, mas era o suficiente para ela ter uma renda, com a ajuda dos pais é claro. Mas ela se orgulhava de cada peça que fazia, aos poucos seu nome ficava conhecido na região e ela esperava que um dia, fosse conhecido no mundo todo.

Pouco tempo depois ela desceu para se juntar aos pais na cozinha, os dois já tinham começado a comer quando a moça chegou, ela se aproximou beijando a bochecha da mãe, antes de puxar a cadeira para se sentar.

ㅡ Oi meu amor, pensei que fosse comer mais tarde. Se eu soubesse, teríamos esperado por você. ㅡ Sabine disse acariciando o rosto da filha.

ㅡ Tudo bem mãe, não se preocupa. Na verdade eu ia mais tarde mesmo, mas acho melhor comer alguma coisa.

ㅡ Sim, cachaça não sustenta ninguém.

ㅡ Miyamura!!

ㅡ Ele tem razão mãe, mas eu não bebi muito.

ㅡ Uhum... ㅡ O homem arqueou uma das sobrancelhas, enquanto tentava segurar o riso.

ㅡ Shh... ㅡ Marinette riu, junto com o pai.

ㅡ Ótimo, agora são cúmplices. Eu estou ferrada com vocês dois.

ㅡ Em minha defesa, foi ele quem mandou eu sair.

ㅡ Ah pronto, agora a culpa é minha? ㅡ Ele riu. ㅡ Olha o seu tamanho, já é uma mulher. A escolha foi sua, eu só instiguei.

ㅡ O sujo falando do mal lavado. Como vocês são tão parceiros, o Miyamura lava a louça e a Marinette guarda. Eu vou para o restaurante. Boa sorte.

ㅡ Como eu sou um pai muito legal e sei que você não está bem, eu te livro dessa. Mas você me deve uma hein garota, e a lista só cresce.

ㅡ Oun, por isso que eu te amo. ㅡ Ela se aproximou, beijando a bochecha do pai. ㅡ Vou voltar para o quarto, tudo bem?

ㅡ Claro, pode ir amor. Eu vou cuidar dessa bagunça.

Marinette se virou voltando ao quarto, deixando seu pai cuidando dos afazeres de casa.

Ao entrar a garota se jogou na cama, cobrindo o rosto com o travesseiro.

ㅡ Eu nunca mais vou beber, em toda a minha vida. ㅡ Disse em voz baixa, antes de começar a rir, se lembrando de como se divertiu com as amigas.

Ela faria aquilo mais vezes, era bom tirar um tempo para ela e para se divertir, talvez com menos bebida da próxima.

Marinette desviou o olhar para o calendário que tinha preso na parede. Observando que faltava apenas uma semana para a formatura em seu curso. Voltando o olhar para o vestido que estava no manequim próximo a sua janela. Era sua maior criação e ela estava ansiosa para usá-lo na frente da multidão que estaria presente no evento.

O valor de um segredo.Onde histórias criam vida. Descubra agora