•°•°• Capítulo 95 •°•°•

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— O senhor precisa de alguma coisa?

— Sim... Eu preciso. — Foram suas últimas palavras antes de agarra-la pelo braço e praticamente arrasta-la por alguns metros no corredor.

— Aí, está me machucando. Pare com isso, por favor. — Disse assustada, mas ele apenas a ignorou, abrindo a porta do quarto e a empurrando para dentro, fazendo com que ela caísse de bruços.

Marinette se virou rapidamente. — Por favor, Gabriel-

— Cala a boca, sua maldita. Eu devia ter me livrado de você quando ainda estava na barriga da sua mãe. — A segurando firme pelos cabelos a fez se levantar e olha-lo nos olhos. — O nome Agreste jamais será manchado por uma Cheng. Eu vou acabar com a sua vida.

Ela não conseguia conter as lágrimas, seu corpo todo tremia. Estava apavorada. — Me perdoe, eu não tive a intenção de manchar seu nome. Eu sinto muito, nós apenas nos apaixonamos, eu não tinha intenção alguma de me aproveitar.

— Acha mesmo que eu vou acreditar nessas mentiras? Acha que não sei porque está aqui, ou porque se aproximou do meu filho? Não conseguiu ganhar minha confiança, sabia que não ganharia, então foi pelo caminho mais fácil... A Emilie já se encantou por você de primeira. Mas você precisava de mais... Seduziu o meu filho e enganou ele. Você é podre e me dá náuseas, igualzinha a sua mãe. Eu devia ter acabado com vocês duas. Sabia que me trariam problemas.

— Gabriel... — A voz saiu falha, embargada por um choro incessante. — Está doendo muito... Por favor, pare com isso.

— Dói? Você não viu nada. — Ele soltou os cabelos dela, no mesmo instante em que colocou toda a força na outra mão, o tapa foi tão forte que fez com que Marinette se desequilibrasse e caísse aos pés da cama. Chorando de forma desesperada.

— Por que...? Por favor... Eu não fiz nada, só me deixa sair. — O olhar dela era de puro terror.

— Veio terminar o trabalho que sua mãe começou, eu sabia, no primeiro instante em que te vi... Mas se deitar com meu filho foi baixo demais, até para você.

— Eu amo o Adrien! Agora me deixe ir embora.

— Você não vai sair daqui. Você nem deveria estar aqui, agora vou te fazer entender porque não devia ter voltado. Você não é digna de ter o meu sobrenome.

Marinette aproveitou do discurso para se levantar e tentar correr, mas Gabriel a pegou antes que pudesse passar por ele, a agarrando e a jogando na cama. — SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA!

Gabriel se aproximou do ouvido dela, dizendo em um tom autoritário. — Desaparece! Não volte aqui nunca mais, ou eu vou atrás da sua mãe, e acabo com vocês duas de uma única vez. Vocês não vão me destruir. Vocês não são nada.

— Por favor... Eu não sei do que está falando. Só me solta... — A voz dela estava baixa, quase em um sussurro. Sentia tanto medo, que seu corpo mal podia se mover. — Só me deixa ir embora.

— Acho que você não entendeu. Você só vai sair daqui, com vôo direto para Shanghai, sem direito a despedidas. Fica longe do meu filho, sua vadiazinha. O Adrien jamais vai te perdoar por engana-lo igual fez comigo.

— Eu não fiz isso, não enganei o senhor... Eu não fiz nada, isso é um mal entendido. Se me soltar, eu prometo não contar a ninguém, eu não vou contar.

— Como deixamos chegar a esse ponto, Marinette? Era tão simples, não acha? Vocês já estavam tão longe... Por que você voltou? Havia tantos outros lugares para realizar seu sonho ridículo, se é que isso é verdade. Talvez tenha vindo até aqui apenas por mim. — Marinette se debatia e tentava desesperadamente fugir, mas ele a segurava firme e era difícil de se soltar. Aquilo o deixava cada vez mais furioso. — Desgraçada. Sua mãe não conseguiu me condenar e mandou você, não foi? Suas doentes, eu sei que tive culpa, mas vocês não podiam seguir com suas vidas? Por que envolver o Adrien nisso? Fazia parte do seu jogo desde o início, não era? Vocês fazem qualquer coisa mesmo para conseguir o que querem. Sua mãe era igualzinha a você, me usando, se aproveitando da minha fragilidade, e agora... Você está fazendo o mesmo com Adrien. Também pretendia engravidar dele? Claro que sim, não é? É isso o que vocês querem. Tirar tudo de nós. Tal mãe tal filha...

O valor de um segredo.Onde histórias criam vida. Descubra agora