Sonho dos crias [M]

Capítulo 24

Capítulo 24 – Jogador
Região dos Lagos, Rio de Janeiro
Terça, 12:05

Paramos pra almoçar num restaurante na altura de São Pedro da Aldeia, o trânsito na ponte o enquadro da PRF aumentaram um pouquinho tempo de viagem, mas ainda estamos no tempo pra almoçar.

O local é um daquele restaurante de beira de estrada que tem tudo e a Lorena compra algumas coisas antes de entrarmos no carro novamente.

— A partir de agora você vai ter que ir me dizendo o caminho — eu digo dando partida no carro — Não é no centro de cabo frio não.

— Confia na tua copilota. — bate de levinho no peito.

— Medo.

— Me respeita, Matheus. — ela diz me chamando pelo nome.

— Sabia que eu tenho maior dificuldade de te chamar de Princesa?

— Graças a Deus, eu odeio esse vulgo.

— É que eu sou Jogador desde menorzinho, você era princesa só pro teu pai durante muito tempo

— É, até a gente parar de ter contato o máximo de apelido que eu tinha era "lolo".

— Princesa até parece outra pessoa. — eu digo

— Aham, eu consigo diferenciar o matheus do jogador também — ela me olha enquanto eu dirijo — mas acho que minha mente afastou muitas coisas que me lembram a sua mãe, o matheus me lembra muito ela.

— Ela nunca me chamou de Jogador na vida — eu sorrio lembrando

Mais um tempo depois, nós chegamos no local da troca de carros, era uma casa na beira da praia que parecia uma fortaleza, mas pelo luxo, ninguém nunca pensaria que funcionava como chegada e saída de armamento.

Antes de eu cogitar sair pra tocar o interfone, o portão da garagem se abre mostrando uma mansão e eu entro com o carro.

Estaciono na vaga e eu e Lorena saímos do carro, depois que ela pega a arma embaixo do banco, colocando na mochila.

— Grande Jogador — eu ouço a voz do Leão e viro vendo o cara de shorts e sem camisa vindo na minha direção.

— Quando eu soube que a carga era tua, resolvi vir em pessoa buscar — minto cumprimentando ele, nem sabia que o negócio era com ele, mas ele é desses que gosta de ser bajulado

Ele abre um sorriso e vira o rosto em direção à Lorena que nos observa séria, ele nota quem é e larga minha mão indo até ela.

— Porra, só visita ilustre hoje — ele estende a mão pra ela — Como vai teu pai?

— Bem, graças a Deus — ela diz sucinta e me olha como se perguntasse como ele sabe que ela é a Princesa.

— Manda o papo, o coroa tá chateado comigo? — ele fecha a cara e cruza os braços — Mandando trazer mercadoria direto do Paraguai, tem umas duas semanas que tu me ligou pra fechar aquele carga de coca e nunca mais.

— Meu pai te considera pra caralho, Leão. Eu é que tô em outro corre agora. — ela diz se tocando de quem ele é, provavelmente já fechou trocas com ele, mas nunca viu a cara.

— Ela tá dando uma mão pra gente lá no Alemão — eu digo ajudando ela a sair dessa conversa — O carro que nós vai levar já tá pronto?

— Pensei que vocês fossem dormir aí.

— Morro tá visado, não tá dando pra ficar muito tempo fora. — eu digo.

— Bora lá dentro pra eu ver com meus moleques. — ele diz e nós seguimos.