Capítulo 15

3.4K 277 34
                                    

Capítulo 15 – Pov Jogador
Cpx do Alemão, Rio de Janeiro
Segunda, 12h

Hoje vim acompanhar a Princesa no primeiro dia de treinamento dos vapores que vão virar soldados. To sentado dando algumas instruções pros moleques que estão terminando de montar as armas enquanto ela confere e explica mais algumas coisas pros que já acabaram.

Os menor babando nela e nem é só na beleza, porque ela é bonita pra caralho, não canso de dizer isso, mas o que mata nessa mulher é a maldita postura que ela tem, é um bagulho natural dela. O jeito que ela ensina tem poder e humildade, ela sabe que ela é boa mas tem a cabeça no lugar. A qualidade não deixa cega de prepotência, isso é pra poucos. Impossível não admirar.

Nossos olhares se cruzam direto e se ela continuar me olhando desse jeito, vai ficar complicado pra mim. Porra, eu não gosto nem de imaginar a Lorena no meu porte, essa marra que ela tem deve ser do jeitinho que eu gosto.

Morar com essa garota vai ser foda, mas eu tô ligado na caminhada que ela almeja, não quero que vejam ela como marmita de bandido. A galera confunde logo, já atribuem a fama dela ao Capitão, imagina se ela fica comigo.

Mas se ela quiser, eu quero. Quero pra caralho, só não vou ficar em cima.

— Já acabou aí, Concha? — Lorena pergunta.

— Positivo — ele responde.

Ela vem até nós dois, tira a arma da mão dele, olha e sorri.

— Perfeito, por mim tão liberados — ela desvia o olhar da arma e olha pra mim, querendo saber o que eu acho.

— Bora tratar de levar essas paradas de volta pro barraco. — eu pego meu radinho na cintura.

Jogador: Chocolate, cola aqui pra ajudar os menor a levar os armamentos pro barracão.
Chocolate: Pra já, meu chefe.

Levanto da cadeira e coloco o radinho na cintura. A Princesa conversa mais um pouco com os vapores que tentam convencer ela a deixar eles atirarem também.

Cinco minutos depois, Chocolate chega e escolta os moleques até o barraco que funciona como um depósito de armamento. Eu não tô maluco ainda de deixar dez novatos andando de fuzil e sniper na comunidade.

— Tô com fome. — Lorena diz colocando a pistola no coldre.
— Vamo almoçar na Tia Jô — ela abre um sorriso, já sei como conquistar essa daí.

Nós vamos andando até as motos e partimos pro restaurante. Da parte onde estamos pra lá é um pouquinho longe, o complexo é longe pra caralho. Por onde a gente passa as pessoas olham, eu geralmente ando com uma tropa na cola, nunca me viram pilotando ao lado de uma gostosa, no máximo carregando uma ou outra na garupa.

Quando nós chegamos, o restaurante tá no pico do movimento, mas a tia arruma um cantinho pra nós dois e eu apresento a Princesa.

— Tia, eu vi ali na frente que hoje é dia de Strogonoff. Ainda tem? — Lorena pergunta.

— Tem sim, amor.

— Então eu quero Strogonoff, por favor.

— Eu vou querer bife com fritas  — eu digo.

— Já trago pra vocês. — Ela diz sorrindo e se vira atendendo outra mesa que acabou de chegar.

— Eai, o que tu achou dos moleques? Tem potencial? — eu pergunto.

— Eu curti, achei que eles tavam interessados e me respeitaram demais — ela responde encostando na cadeira, mas a cara dela é de quem tá com os pensamentos acelerados.

Sonho dos crias [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora