Doce Vingança

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(P.O.V. James)

12/10/1973

Havia tido um sonho tão bom com meu lírio que acordei sorrindo feito bobo. Era tão bom sonhar com ela! Pelo menos nos meus sonhos, Lily não me detestava... pelo contrário, ela me amava.

Assim que levantei da cama, reparei duas coisas diferentes do habitual... três, se considerar o fato de eu ter acordado bem mais cedo que o normal.

Caminhei em direção a cama de Peter e joguei um travesseiro em sua cara para acordá-lo.

- James? – Ele esfregou os olhos, confuso. – Aconteceu alguma coisa?

- Eu acho que sim.

- Que foi?

- Você viu o Remus?

- Eu acabei de acordar – disse após um longo bocejo.

- Você viu o Remus? – insisti na pergunta.

- Não, por quê?

- E o Sirius?

- Não, por quê?

- Você acha que um deles pode ter ido buscar as folhas de mandrágora? – Poderia ser isso, não é? E talvez eu que estivesse pensando demais...

- Não, por quê?

- É sério mesmo que você vai ficar me respondendo assim toda hora?

- Eu acabei de acordar, James! – exclamou, irritado. – Eu não sei onde eles estão e não, não acho que um deles tenha ido pegar as folhas sem nos avisar, até porque é pra você pegar!

- Eu tô confuso, Piet. Mas talvez eu posso estar certo.

- Quê?

- Desde quando o Remus que nós conhecemos deixa a cama desarrumada?

- Nunca... Ele sempre arruma.

- E desde quando o Sirius que nós conhecemos fecha o cortinado da cama?

- Nunca... Ele sempre deixa aberto.

- Exatamente! – concluí minha teoria de vez, eu estava certo!

- Não entendi.

- Eu pensava que eu fosse lerdo, mas, Piet, meus parabéns, você conseguiu me superar.

- Ei!

- Presta atenção! Se o Remus sumiu e o Sirius também, dado aos fatos... temos três opções a acreditar: Ou um deles foi pegar as folhas de mandrágora, ou eles foram raptados por caiporas, ou os dois estão dormindo juntos.

- Posso preferir acreditar na história das caiporas?

- É a menos provável, Piet.

- O que a gente faz?

- Não é óbvio? – Um sorriso maligno se fez presente em meus lábios. – Vingança!

- Quê?

- Pelo primeiro dia de aula. Você não lembra?

- Não?

- Os dois nos acordaram com um banho de água fria no mesmo dia da nossa primeira pegadinha com os sonserinos, não é possível que você não lembre!

- Como é que você lembra disso? Já faz o maior tempão. Pensei até que você tinha desistido disso.

- Eu tenho uma memória excelente quando se trata das vinganças que eu prometi, mas ainda não realizei.

- Nós não deveríamos ver primeiro se eles realmente estão na mesma cama?

- Os dois tem sono leve, se fizermos muito barulho eles vão acordar.

- E o que você pretende?

- Com o tempo que eu tenho? Não muita coisa, mas vai dar um belo susto nesses dois, isso eu posso garantir. – Caminhei em direção a minha cama e peguei a varinha com o feitiço em mente. – Clarmor Cattus! – sussurrei, deixando que o feitiço criasse a linha invisível que não poderia ser ultrapassada.

- Você tá brincando, né? O Remus vai ser afetado pra caram...

- Relaxa, eu deixei o feitiço mais tranquilo de aguentar, mas isso é só porque hoje é dia de lua cheia!

- E o Sirius?

- Digamos que vai ser bemmmmm agoniante pra ele.

...continua no próximo capítulo...

Os Marotos (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora