Um Black grifano?

1.6K 162 46
                                    

(P.O.V. SIRIUS)

...

Assim que James foi escolhido para a Grifinória, McGonagall continuou a chamar os alunos:

- Keith Fernsby.

- Sonserina!

- Kendrick Beker.

- Grifinória!

- Lily Evans.

- Grifinória!

- Marlene Mckinnon.

- Grifinória!

- Maxwell Múlciber.

- Sonserina!

- Megan Miracle.

- Lufa-lufa!

- Noah Hughes.

- Lufa-lufa!

- Oscar Campbell.

- Lufa-lufa!

- Peter Pettigrew.

- Grifinória! – anunciou o chapéu por volta de uns cinco minutos após ser colocado na cabeça de Peter.

- Quinlan Anderson.

- Corvinal!

- Raquel Kemp.

- Sonserina!

- Ray Elliot.

- Corvinal!

- Remus Lupin.

Ao ouvir o nome de Remus, o olhei de lado e percebi que ele havia congelado totalmente. Me aproximei, tocando em seu braço, e sussurrei:

- Respira, vai dar tudo certo, Remus.

- Valeu, Sirius. – Com um pequeno sorriso no rosto ele começou a andar até o chapéu.

Ainda estava observando-o quando o chapéu finalmente disse:

- Grifinória!

Percebi imediatamente seu olhar em minha direção e sorri largamente, assim como ele, quando percebeu meu olhar.

- Scott Avery – chamou McGonagall, fazendo com que minha atenção voltasse ao chapéu.

- Sonserina!

- Severus Snape.

- Sonserina!

- Sirius Black. – Fui o último aluno a ser chamado, todos os olhares em minha direção. Respirei fundo ao caminhar ansioso e me sentar rapidamente no banquinho. Minha última visão, antes de tudo ficar escuro, foi daqueles três sorrindo para mim.

"Quanta dor e angústia para um menino de onze anos", a voz aguda surgiu dentro de minha cabeça e eu tive que lutar contra mim mesmo para não bloqueá-lo imediatamente. Aquele chapéu estava vendo tudo... Coisas que ninguém deveria ver... "Você já passou por coisas terríveis, hein? Seu pai é um monstro..., mas, apesar disso, vejo muita bondade e compaixão aí dentro... Hum, vejamos... Muita audácia, ousadia, determinação... Vejo muita lealdade, ah se vejo... Sinceridade, dedicação... Vejo um desprezo gigantesco pelas regras... Parece que esse ano eu tirei sorte grande, só cabecinhas difíceis de selecionar! Hum, uma grande vontade de se provar... Interessante... Muito interessante! Então, alguma sugestão?".

Pensei rapidamente: "Pode ser qualquer um, com exceção da Sonserina, tudo menos Sonserina!".

"Se você diz... Bem... Acho que já pensei... Hum, vejamos... Você se daria bem na Lufa-lufa, mas não... Não..."

- GRIFINÓRIA! – anunciou o chapéu, fazendo com que minha visão voltasse.

Estava tão feliz que de primeiro momento não percebi o quanto todos estavam surpresos, principalmente os sonserinos. Reparei o desprezo nos olhos de minha prima Narcisa Black, sentada ao lado de seu namorado puro-sangue de cabelos oxigenados, Lúcios Malfoy.

Não liguei para os olhares. Caminhei até a mesa e sentei-me ao lado de James, Remus e Peter sentavam à nossa frente, todos sorrindo.

- Eu falei que você era grifano, Sirius! – falou, abraçando-me.

- E não é que você estava certo, Potter – disse, soltando-me do abraço de James. – Quem diria, nós quatro na mesma casa, hein?

- Pois é, quem diria? – sussurrou Peter, rindo.

Paramos de conversar, assim que Dumbledore levantou-se.

- Sejam bem-vindos para esse novo ano em Hogwarts! Sei que devem estar famintos, mas antes gostaria de dizer algumas palavrinhas: Pateta! Chorão! Destabocado! Beliscão! Obrigado e bom apetite a todos! – pronunciou, levantando as mãos e o banquete foi iniciado.

- "Pateta! Chorão! Destabocado! Beliscão!", não entendi.... O que isso significa? – perguntou Peter.

- Talvez não seja pra entender... só são palavras.

- Eu duvido um pouco disso, James. Acho que cada uma dessas palavras deve ter um significado oculto. Não acho que Dumbledore simplesmente soltaria palavras assim, sem nenhum significado por trás delas – disse Remus enquanto se servia.

- Que tal vocês três pararem de encher o saco? E daí que essas palavras malucas têm significado ou não? Nós estamos em Hogwarts e tem um banquete enorme na nossa frente, é tão difícil vocês deixarem essa conversa pra depois?

- Quanta agressividade pra uma pessoa só, Sirius, eu sabia que fome dava mal humor, mas não imaginava que era tanto – declarou James, rindo sem parar.

- Muito engraçado, Potter. Estou morrendo de rir, hahaha!

Após o jantar e a sobremesa, todas as coisas desapareceram quando Dumbledore levantou-se mais uma vez. O salão inteiro se silenciou.

- Antes dos monitores levarem vocês para as comunais, eu gostaria de dar alguns avisos. É terminantemente proibido andar na floresta da propriedade. O Sr. Filtch, o zelador, pediu-me para lembrar que esse ano temos uma nova aquisição em Hogwarts, um salgueiro-lutador, recomendo a todos que tem apresso pela vida, que se mantenham distantes da árvore, pois, por mais que ela ainda não seja tão grande, não creio que ela vá ser passiva com qualquer um que cruze seu caminho.

"Os testes de quadribol serão realizados na segunda semana de aulas para os alunos a partir do segundo ano. Aqueles que se interessarem em entrar no time de suas casas deverão procurar Madame Hooch. Devo lembrar também que as visitas a Hogsmeade só são permitidas a partir do terceiro ano com autorização dos pais ou responsáveis. E agora, antes de irem para a cama, vamos cantar o hino de Hogwarts! Cada um escolha sua música favorita e cantando..."

Todos começaram a cantar. Achei aquilo tudo muito engraçado, então juntei-me a eles. Assim que aquele desastre musical acabou, todos em tempos e ritmos diferentes, Dumbledore sorriu e disse:

- Muito bem! E agora, hora de dormir! Boa noite a todos.

Quando chegamos no Salão Comunal, o Monitor nos indicou os dormitórios e subimos uma escada em caracol enorme, até finalmente chegarmos.

- James Potter, Peter Pettigrew e Remus Lupin – chamei-os rapidamente enquanto observava nossos nomes escritos na porta de um quarto. – Parece que o destino quer mesmo nos ver juntos, hein? – Apontei para os nomes à minha frente.

- Por Morgana! Isso sim que é uma obra do destino – disse James, rindo enquanto eu abria a porta.

- A cama perto da janela é minha! – Saí correndo em direção a cama para que nenhum deles a roubasse de mim.

- Eu fico com essa aqui! – James se jogou na cama à minha frente.

- Essa é minha, então – anunciou Remus, sentando-se na cama ao meu lado.

- E eu fico com... ah, só sobrou uma, vou ficar com ela – disse Peter, fazendo com que todos caíssemos nas gargalhadas.

Ficamos conversando durante um bom tempo até finalmente acabarmos desmaiando de tanto sono.

...continua no próximo capítulo...

Os Marotos (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora