Três e dezesseis da manhã

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(P.O.V. Sirius)

(26/06/1973)

- Remmie, ei, tá tudo bem? – perguntei ao me virar para ele e perceber seu rosto completamente pálido.

- Uhum...

- Tem certeza?

- Uhum. – Ele assentiu, nervosamente.

- Rem...?

- Acho melhor irmos! – Rem se levantou depressa.

- Mas, lobinho, o...

- Minha cabeça tá doendo. – Me levantei na mesma hora.

- Quando começou a doer? Por que não me falou antes? Eu...

- Podemos só ir...? – Ele desviou o olhar, abraçando os próprios braços e eu assenti.

- Claro... – Subimos em total silêncio, encobertos pela capa da invisibilidade.

- Três e dezesseis da manhã – tomei um susto ao ouvir a voz de Evans assim que entramos na comunal, justo no momento em que havíamos tirado a capa para poder passar pelo quadro da mulher gorda -, e vocês dois estavam lá fora... na chuva?! Eu até imaginaria o Black fazendo isso, mas você, Remus, não.

- Ruiva do céu, da próxima vez avisa que tá aí antes de falar alguma coisa, ok?

- Próxima?! Black, eu juro que se fosse só você, eu daria um jeito de contar agora mesmo pra McGonagall!

- E por que não faz isso agora, ruivinha?

- Primeiramente, me chame de ruivinha outra vez e eu juro que te jogo daqui de cima. Segundamente, eu não vou te entregar só porque o Remus tá junto.

- Hum... – murmurei. – Algo mais a acrescentar? – Ela me olhou com raiva. – Ótimo! Até mais... – segurei a mão de Rem – ruivinha. – Antes de ver a reação de Evans, puxei Remmie para dentro do dormitório e não parei de correr até chegarmos em nosso quarto.

Remus foi o primeiro a ir ao banheiro para se trocar e eu fiquei ali no chão do lado da minha cama.

- Tá melhor?

- Melhor?

- É... – Semicerrei os olhos. – Da dor de cabeça.

- Tô sim – disse, secando os cachinhos molhados com a toalha.

- Que bom. – Ele deu um breve sorrisinho e a dobrou, colocando-a na mesinha ao lado da cama. – Vou... er... lá. – Apontei para o banheiro e Remmie assentiu. – Ok... – Me levantei e fui até lá.

- Six...?

- Sim? – Me virei de uma só vez, sem desencostar da porta

- Foi muito divertido. – Assenti, sorrindo e tranquei o banheiro, ainda sentindo que havia algo de errado com ele.

...continua no próximo capítulo...

Os Marotos (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora