Natal nos Potters

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(P.O.V. SIRIUS)

(18/12/1971)

Faltava uma semana para o Natal. Naquele dia, estávamos de volta àquela mesma cabine em que nos conhecemos, nos mesmos lugares, comendo as mesmas comidas... A única diferença era que não éramos mais desconhecidos, éramos uma espécie de família.

Assim que desembarcamos, eu e James nos despedimos de Remus e Peter, que foram de encontro com suas famílias, e ficamos ali parados até finalmente os Potters chegarem.

- James, que saudade, filho – a mãe dele falou, abraçando-o com um enorme sorriso no rosto. – E você deve ser o Sirius, certo?

- Sou eu sim, Sra. Potter.

- Ah, não precisa me chamar de senhora, só Euphemia ou tia Euph basta.

- Claro, tia Euph.

- Ah, Fleamont, ele não é uma graça? – Ela virou para o marido.

- Cuidado, mãe! Esse não é o Sirius Black de verdade! – Dei um leve tapa em sua cabeça, fazendo com que ele se virasse para mim. – Que foi? Tô dizendo a verdade!

- Vê se me erra, James! – exclamei, fazendo todos rirem.

- Vejo que teremos excelentíssimos dias pela frente – disse o pai de James, sorrindo.

E não é que o tio Monty estava certo? Nunca tinha visto uma família tão unida e alegre como os Potters. Nem de longe poderia imaginar tanta animação em uma casa só!

Durante toda a minha estadia lá, eu e James dormimos no mesmo quarto e dividimos a mesma cama, por mais que a casa fosse gigantesca e cheia de quartos, já estava tão acostumado com isso que nem me importei.

Contamos ao tio Fleamont todas as pegadinhas que já havíamos feito e aquelas que ainda estávamos planejando, ele nos deu parabéns e várias dicas de outras dezenas de pegadinhas para fazermos, principalmente com os sonserinos.

No meu terceiro dia na casa dos Potters, tia Euph nos ensinou a fazer cookies de chocolate ao modo trouxa, sem um pingo sequer de magia, apenas carinho e amor. Confesso que enquanto eu lambrecava James de chocolate, não pude deixar de pensar em Remus... ele, com certeza, adoraria aqueles cookies. Havia até memorizado a receita, para que, talvez, algum dia, eu os fizesse para aquele chocólatra incurável.

Enviamos algumas cartas a Pettigrew e Lupin para saber como eles estavam, até porque nos acostumamos tanto a vê-los todos os dias que chegava a ser estranho não acordar com Remus gritando em nossos ouvidos que chegaríamos atrasados nas aulas se não levantássemos imediatamente.

Passar o natal e aquele tipo de "férias" – até porque só voltaríamos à Hogwarts no dia seis de janeiro – na casa dos Potters, definitivamente foi uma das melhores decisões da minha vida.

...continua no próximo capítulo...

Os Marotos (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora