Ciúmes, Remmie?

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(P.O.V. REMUS)

...

Saímos correndo do Salão Comunal e fomos até um carvalho ao lado do lago negro. Nos sentamos embaixo da árvore e ficamos lá aproveitando a sombra e a brisa refrescante que nos atingia.

Tentei me manter quieto, mas a necessidade de abrir a boca tornou-se maior que a razão:

- Então...?

- Então, o quê?

- Desde quando você é amigo da Mckinnon?

- Ciúmes, Remmie?

- De você? Jamais! Só curiosidade mesmo... e eu já falei pra você parar de me chamar assim.

- Respondendo à sua pergunta, só conversamos... Ela é bem doidinha e acaba estressando as meninas, aí sobra pra mim ter que aguentar ela. – Um sorriso surgiu em seu rosto.

- Interessante saber disso... – Olhei para as nuvens, ignorando-o ao cruzar os braços.

Passos... Alguém estava chegando. O cheiro de James e Peter misturou-se ao ar e, em seguida, a voz de Potter surgiu:

- Vocês viram a discussão que tá tendo lá no Salão Comunal?

- A coisa tá pegando fogo lá! – exclamou Peter.

- Me deixa adivinhar, a loira ainda tá gritando com as meninas ou as meninas tão gritando com a loira? – satirizou Sirius ao questioná-los.

- Um pouco dos dois – respondeu Pettigrew.

- Acho que a Lene vai acabar matando alguém hoje ou vai acabar sendo morta pela ruiva, pela Meadowes ou pela Prewett... se não for pelas três de uma só vez.

- Quanta intimidade com a Mckinnon, hein, Sirius? – satirizou James.

- Não começa, Potter – falou, revirando os olhos.

- Começar com o quê? – perguntei, amaldiçoando a mim mesmo por ter aberto a boca, pois todos os olhares se viraram para mim.

- Idiotice do James.

- Idiotice minha? Tem dois dias que você sai do dormitório pra ficar de conversinha com ela, tá querendo trocar a gente agora?

- Trocar ela por você? Tranquilamente, Potter! Pelo menos ela não fica enchendo o saco que nem você – disse, sorrindo.

- Tô morrendo de rir, Black!

- Ah, qual é, James? Para de encher o saco!

- Que tal mudarmos de assunto, hein? – questionei e ambos me olharam.

- Claro, Remuxo – falou Sirius, me fazendo corar inteiramente.

- Quantos apelidos você vai me dar até o sétimo ano? – perguntei, virando-me para ele.

- Quantas estrelas tem no universo, Rem? – Ele arqueou as sobrancelhas, deixando sua resposta em forma de pergunta mais clara ainda.

- Por Morgana! – soltei, fazendo todos ali rirem enquanto Sirius me puxava para um abraço e aproveitava para bagunçar o meu cabelo.

...continua no próximo capítulo...

Os Marotos (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora