Os Marotos (Livro 1)

Livre outra vez

(P.O.V. REMUS)

(06/09/1971)

Assim que amanheceu, comecei a recobrar meus sentidos. Meu corpo estava com mais cortes que antes, alguns superficiais e outros mais profundos, e, como sempre, eu acordei em meio a uma poça de meu próprio sangue.

Não demorou muito para Madame Pomfrey voltar para me ajudar com os machucados. Não sei nem mesmo como cheguei à enfermaria, minha consciência havia sumido em meio ao caminho até lá...

- Está se sentindo melhor, Remus? – perguntou, colocando outro pano úmido em minha testa.

- Acho que sim... Não tô me sentindo tão fraco quanto antes e eu não perdi a consciência mais nenhuma vez!... Isso é um bom sinal, não é?

- É um ótimo sinal. As poções devem estar fazendo efeito. Você é um garoto muito forte, não é qualquer um que se recupera tão rapidamente depois de perder tanto sangue.

- Já estou acostumado com isso. Quando eu vou poder voltar para o dormitório e participar das aulas?

- Se você continuar bem... até o horário do almoço eu te libero, mas nada de participar de nenhuma aula! Lembre-se: sem muito esforço, tanto físico quanto psicológico!

- Ok, muito obrigado por tudo que a senhora tá fazendo por mim.

- Não tem de quê. É pra isso que estou aqui. Qualquer coisa que você sentir e não achar normal, pode vir aqui que vou te ajudar na mesma hora, não precisa ficar com vergonha ou achar que está me incomodando, ok?

- Ok – falei, um pequeno sorriso me tingiu os lábios.

Não demorou muito para o horário do almoço chegar. Logo após me alimentar, Madame P. ainda me deixou plantado na enfermaria até todas as aulas acabarem. E, só então, eu fui liberado, com algumas restrições, é claro, mas, ainda assim, estava liberado. Me sentindo um pouco dolorido? Óbvio. Mas livre para voltar ao dormitório e encontrar aqueles três inconsequentes fazendo ou planejando alguma loucura.

- Remus, você voltou! – disse Sirius assim que eu abri a porta, correndo em minha direção e me abraçando.

...continua no próximo capítulo...