Juntos somos mais fortes

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(P.O.V. James)

...

- Tudo pronto? – sussurrei.

- Na medida do possível, sim – Sirius respondeu aos cochichos também.

Nós quatro nos entreolhamos e, naquele segundo, sabíamos que estava na hora.

No instante que a infestação de diabretes começou a passar pela cabeça de todos, nós saímos de fininho sem ninguém notar e fomos direto para o corredor de encontro.

- Alguém viu a gente? – Peter perguntou, assustado.

- Impossível. Vocês viram o desespero de todos? – falei, animado. – Dumbledore e nem tia Minnie estão aqui hoje, nenhum aluno vai correr o risco dos diabretes irem para os dormitórios, e até os professores conterem todos... já deu tempo de irmos e voltarmos pra...

- Pra onde, Potter? – Congelei na hora.

- Verdade, pra onde, Potter? – Me virei e vi Mary, Marlene, Alice, Dorc e meu lírio observando a gente.

- Nos lascamos? – ouvi Piet sussurrar para Remus.

- Pro dormitório, onde mais iriamos? – respondi com a primeira coisa que se passou na minha cabeça.

- Ele é um péssimo mentiroso, né, Six?

- Horrível. Definitivamente ele não serve pra isso, Maryzinha. – Sirius riu junto com ela.

- Ei!

- Deixa que eu resolvo isso, ok?

- Se vira então, otário! – Cruzei os braços, o fazendo rir mais ainda.

- Nós vamos fazer uma pegadinha das grande. Corríamos o risco de ser pegos, confesso, e fomos pegos... por vocês cinco... o que é um grande número de pessoas que fugiu do nosso plano aqui, ou seja, querem participar com a gente?

- Ele pirou se acha que vamos participar ao invés de entregá-los, né? – Lily perguntou para as meninas.

- Não... ele não pirou – Lene disse, sorrindo.

- Não! Marlene Beth Mckinnon, nem pense nisso!

- Votação agora. Eu voto pra participarmos!

- Lene!

- Meu voto é pra participarmos também – Mary falou.

- Eu voto contra!

- Você é chata, isso sim, Lily. – Ela revirou os olhos ao ouvir Lene.

- Sou a favor – Dorc participou. – Afinal de contas, hoje é Halloween seria muito divertido.

- Meu voto não tá fazendo muita diferença agora, então ele é nulo. – Alice riu.

- Ótimo! – Sirius exclamou.

- Alguma de vocês sabe entrar na comunal da lufa-lufa? – Piet indagou.

Dorcas e Alice se entreolharam e responderam ao mesmo tempo:

- Já entramos com a Emmeline.

- Podem vir comigo? Eu não tenho a mínima ideia do que fazer. – Ele olhou tão esperançoso, que elas sorriram e estenderam os braços.

- Li...

- Não enche, Potter! Vou com o Remus. – Ela caminhou até ele de braços cruzados.

- Uhum...

- Já vamos... então, Jay. – Piet saiu com as duas.

- Nós dois também. Nos encontramos na nossa comunal. Boa sorte pra vocês e não sejam pegos. – Remus saiu em seguida com Lily.

- Mary, vem comigo, pode ser? – Ela assentiu. – Aí a Lene e o Sirius ficam contendo e mantendo os diabretes aqui, ok? Qualquer coisa coloquem mais. – Os dois se olharam e logo desviaram os olhares, apenas concordando sem dizer nada. – Andando então, não temos tanto tempo agora!

Confesso que eu estava bem curioso e segurando minha língua durante o caminho, mas também devo confessar que não consegui por muito tempo.

- A Lene e o Sirius brigaram? – questionei.

- Mais ou menos – respondeu, simplista.

- Mas eles estavam de boas no treino de terça...

- Não se mistura jogo com vida pessoal, todos sabem.

- Tem tanto tempo assim?

- Mais do que eu esperava pra ele abrir os olhos... – disse, amarga.

- Entendi. – Preferi ficar calado, porque senti o clima pesar um pouco demais.

- O que vamos fazer aqui exatamente? – perguntou, depois de um longo silêncio.

- Pegadinhas?

- Quais?

- O que quiser, o importante é que seja bem engraçado e louco. Se quiser assustar um pouco, não sou contra. – Sorri.

- A Bennet tinha que ter vindo com você! – ela exclamou, do nada. – Mas não, ela sempre tem que ser certinha e...

- Desculpa, mas de quem você tá falando? – A olhei sem entender nada.

- A fantasia da Lily. – Ela revirou os olhos ao perceber que eu permanecia sem entender. – Ela tá fantasiada de Elizabeth Bennet, uma personagem de um livro trouxa.

- Ah tá...

- Relaxa, eu também não tinha ideia de quem era. – Nós dois rimos.

- Chegamos. – Ela assentiu, sorrindo.

Não foi muito difícil de entrar, e como eu já havia previsto, tudo estava um verdadeiro deserto. Nos separamos e, um tempo depois, eu tinha terminado todo o dormitório masculino. Estava observando a lula gigante, que estava bem ali à vista, enquanto esperava Mary voltar.

- Tudo pronto.

- Deu certo? – Mary sorriu. – Ótimo. Espero que o resto do pessoal tenha conseguido também. Vamos voltar rápido. Já tínhamos arrumado as coisas nos dormitórios da Grifinória, mas não...

- Não conseguiram no feminino? Pode deixar com a gente.

- Valeu. Vamos?

- É, vamos. Não tô muito afim de ser pega olhando pra uma lula, sinceramente, James, que bizarro, justo você? – satirizou.

- Você realmente é uma monstrinha criada pelo Sirius. – Tive que segurar o riso ao ver a careta que ela fez.

- Eu sei.

- Dá pra acreditar que ninguém teve o mínimo de cuidado com o salão? – ouvi alguém falar da entrada e, imediatamente, puxei a capa.

- O que...

- Shiu – sussurrei e passei ao nosso redor.

- Por que tá colocando uma capa na gente? Que porra é essa, James? – cochichou.

- Depois eu explico, Mary, só fica quieta ou vamos ser pegos. – Ela ficou em silêncio e eu também.

Que Merlin nos abençoasse e que o resto do grupo não fosse pego!

...continua no próximo capítulo...

Os Marotos (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora