Ideias pela manhã

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(P.O.V. Remus)

(02/09/1972)

Eu corria atrás do ruído e nada.

Tentava silencia-lo, mas nada adiantava.

Meus olhos se abriram de repente e eu notei que tudo era só um sonho. Pisquei algumas vezes ao me deparar com o braço de James jogado em cima da minha barriga, a cabeça de Peter usando minha perna direita como travesseiro e a respiração de Sirius rente ao meu pescoço. Como havíamos parado naquelas posições? Ou melhor dizendo, por que estávamos dormindo no chão e completamente espremidos uns contra os outros?

Depois de um tempo assimilando toda aquela situação e lembrando da loucura que fora aquela guerra de travesseiros, me levantei, fazendo com que vários resmungos surgissem. James abraçou Sirius e Peter, e ficaram daquele jeito enquanto eu me arrumava.

Após vários minutos me sentei na cama mais próxima de onde eles estavam e os chamei. Uma vez. Duas vezes. Três vezes. E nada...

- Qual é o problema de vocês em acordar cedo?! Se levantem! – gritei na tentativa de acordá-los e, então, a ideia mais brilhante surgiu em minha mente. – Peter, os elfos estão aqui e querem atacar você! James, a Evans também tá aqui e tá querendo falar com você! Sirius, eu cortei o seu cabelo! – Três rostos se levantaram de uma só vez. Piet saiu correndo em direção ao banheiro, Jay começou a tatear desesperadamente o chão à procura de seu óculos e Six estava apalpando seu cabelo como se sua vida dependesse disso.

- Remus! – Sirius e James exclamaram, revoltados.

- Cadê o meu óculos, pelo amor de Merlin?!

- Bem aqui. – Six entregou para Potter, que imediatamente olhou para a porta na esperança de ver Lily Evans. – Como OUSA dizer que cortou meu cabelo, Remus John Lupin? – Ele se virou para mim, contrariado.

- Era a única forma de te fazer acordar.

- Mas... meu cabelo!

- Six, larga de drama, eu não cortei de verdade.

- Mas...

- Shiuuuu. – Ele arqueou as sobrancelhas e veio até mim.

- Shiu? Shiu?! Remus John Lupin, meu cabelo é a coisa mais sagrada do mundo! Não se brinca com ele!

- Tá bom. Tá bom.

- Pois é, Remus John Lupin... – Sirius se aproximou, sorrindo marotamente.

- Six, o que...?

- Não adianta tentar fugir agora, Rem. A vingança é um prato que se come frio... – disse, avançando com tudo e começando a fazer cosquinhas em mim.

- S... Sirius, não! – A minha gargalhada começou a preencher o ambiente. – Me s... soltaaa.

- Eu não. Você pediu por isso!

- Por que o Sirius tá fazendo cócegas no Remus? – Peter perguntou, olhando receoso pelo vão que deixara na porta.

- Vingança por ter nos acordado daquela forma.

- Tá me dizendo que os elfos não...?

- Não, eles não vieram te atacar, Pettigrew. – Piet imediatamente saiu do banheiro.

- Sirius, pode se vingar por mim também? Fui tapeado!

- Mas é claro, Pietzinho. – Sirius continuou me fazendo rir ainda mais pelas cosquinhas.

- S... Six, para! E... eu não... nunca mais... f... faço isso – gaguejei tanto devido às risadas que não sei como Sirius compreendera qualquer palavra que saíra de minha boca.

Os Marotos (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora